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Segundo relat�rio divulgado nesta ter�a-feira (3/8) pela institui��o, o aumento � puxado pela alimenta��o em restaurante, que encareceu 3,83% nos �ltimos 30 dias. O grupo abrange tr�s itens: refei��o, lanches e sorvetes. Com acr�scimo de 4,4% no m�s, a refei��o foi o item que mais pressionou a carestia.
O ranking inflacion�rio segue com os alimentos de elabora��o prim�ria (carne, leite, arroz e feij�o), que subiram 2,70%, al�m das bebidas vendidas em bares e restaurantes, que ficaram 1,31% mais caras no m�s.
A alta acumulada em 12 meses � de 8,62%, mais do que o dobro da meta definida pelo Conselho Monet�rio Nacional, de 3,75%.
Ap�s queda de 0,68% em junho, o pre�o da cesta b�sica tamb�m apresentou alta: foi de R$ 553,14 para R$ 568,27, acr�scimo de 2,66%. Os principais respons�veis pelo aumento foram o tomate santa cruz (26,13%), o corte bovino ch� de dentro (2,43%) e o leite pasteurizado (8,15%). Na compara��o com julho do ano passado, quando custava R$ 461,80, a cesta disparou 23%. A marca dos R$ 500 foi rompida em outubro de 2020.
Segundo o gerente de pesquisas do IPEAD-UFMG, Eduardo Antunes, a infla��o reflete a flexibiliza��o das atividades econ�micas em BH que, no in�cio de julho, ampliou o hor�rio de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e liberou a realiza��o de eventos.
“Isso explica principalmente o aumento da alimenta��o fora de casa. Os bares e restaurantes foram reabertos h� pouco tempo com um custo de operacionaliza��o significativamente maior. Afinal, os insumos est�o mais caros, as casas n�o podem funcionar com lota��o total, foi preciso contratar mais empregados. Era de se esperar que esse custo extra fosse repassado ao consumidor”, analisa Antunes.
O pesquisador cita ainda o efeito pandemia, que reduziu o ritmo de produ��o nas f�bricas e ind�strias de forma global, alterando o equil�brio entre oferta e procura. “E temos ainda a valoriza��o do d�lar, comercializado acima de R$ 5. Esse � um fator de encarecimento importante, que afeta praticamente todos os segmentos. O d�lar caro aumenta o custo de mat�rias-primas importadas. Ele tamb�m desequilibra o abastecimento de alimentos no pa�s, pois, entre vender para o mercado interno e exportar para receber em d�lar, o produtor agr�cola prefere exportar”, comenta.
Conforme o relat�rio da Funda��o IPEAD-UFMG, alguns itens baixaram de pre�o, caso dos alimentos in natura (-2,82%), produtos para sa�de e cuidados pessoais (-2,68%), bem como as pe�as de vestu�rio e complementos (-2,67%).
Cinco itens que mais pressionaram a infla��o em julho/2021
- Refei��o 4,4%
- Tarifa, energia el�trica, residencial 4,78%
- Excurs�es 3,6%
- Passagem a�rea 31,58%
- Gasolina comum 1,04%
Cinco itens com maiores quedas de pre�o em julho/2021
- Plano de sa�de individual -5,53%
- Blusa feminina -27,48%
- Hospitaliza��o/Cirurgia -12,88%
- Cal�a comprida masculina -14,28%
- Batata inglesa -16,39%