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Estado de Minas CONJUNTURA

Empr�stimos e seguros ficar�o mais caros por conta do aumento do IOF

Eleva��o do IOF prejudicar� poder de compra das fam�lias e aumentar custo das empresas. Recomenda��o � avaliar com cuidado e postergar contrata��es de cr�dito


19/09/2021 08:40 - atualizado 19/09/2021 08:47

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(foto: CB.DA.Press)
O aumento das al�quotas do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para tentar bancar o novo Bolsa Fam�lia vai prejudicar o poder de compra das fam�lias e tornar ainda mais pesados os custos de opera��o para as empresas, segundo analistas. O IOF incide nas opera��es financeiras envolvendo cr�dito, c�mbio, seguros e at� investimentos. Desta forma, tomar empr�stimos, tanto no caso de pessoas f�sicas quanto jur�dicas, ficar� mais caro.

� o que explica Ricardo Rocha, educador financeiro do Insper. “A majora��o do IOF aumenta o custo efetivo total, especialmente na tomada de cr�dito. A contrata��o de seguros tamb�m fica mais cara. Nas opera��es de c�mbio, h� aumento da tributa��o. O resultado � um custo maior para as transa��es, e quem paga � o consumidor. Toda vez que tem majora��o do IOF, os servi�os financeiros ficam mais caros”, detalha.

Rocha tamb�m explica que, diante da promessa do governo de que o aumento no IOF durar� apenas at� o fim do ano, � natural pensar em postergar a tomada de cr�dito ou a contrata��o de financiamentos. Mas ele acredita que, mesmo assim, a chance � de que a taxa b�sica de juros, a Selic, j� tenha aumentado o suficiente para cobrir qualquer economia feita com IOF at� o in�cio do ano que vem. “No fim das contas, n�o tem para onde fugir”, pontua.

O economista Otto Nogami, que tamb�m leciona no Insper, explica que a alta do IOF impacta diretamente no poder de compra das fam�lias no cen�rio dom�stico. No caso das pessoas jur�dicas, uma das principais consequ�ncias � o encarecimento das atividades, o que pode levar ao repasse de custos aos consumidores e contratantes de servi�os – e, consequentemente, a uma infla��o mais alta.

“O capital de giro fica mais caro, assim como financiar a atividade produtiva, a compra de maquin�rio. Ent�o, na verdade, acaba impactando toda a economia que depende dos servi�os financeiros”, afirma.

“Quando voc� fala de fam�lias, fica mais caro adquirir um eletr�nico, trocar seu carro. O que levou o governo a mexer no IOF � que o brasileiro � um pouco inel�stico em rela��o � taxa de juros. Ele reclama, esperneia, mas sucumbe, porque o desejo de consumir � maior que a insatisfa��o com as taxas”, acrescenta Nogami.

CEN�RIO DESFAVOR�VEL

Diante do cen�rio de alta infla��o e desemprego nas alturas, o economista acredita que a alta inesperada veio na pior hora poss�vel. “Principalmente levando em conta que estamos com perspectiva de queda do PIB e que o IOF acaba contribuindo para um aumento da infla��o. O momento n�o era oportuno, isso gera mais desconfian�a com o governo”, diz o especialista.

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Apesar de o cen�rio ser desfavor�vel, Otto Nogami acredita que o governo manter� a alta no IOF. “A percep��o � que o aumento veio para ficar. O governo est� sem espa�o fiscal nenhum. Se o pa�s tiver retomada, com crescimento da arrecada��o, talvez o governo consiga ajustar para um patamar mais baixo. Mas a hist�ria mostra que, se o governo toma essa decis�o, vai para o esquecimento e fica l�”, afirma.

Ele considera, tamb�m, que o ambiente de incertezas tamb�m torna o momento inoportuno para fazer grandes compromissos financeiros. Em outras palavras, o momento � de poupar. “A recomenda��o ao consumidor � de que n�o � momento de fazer grandes compras. As incertezas s�o grandes, n�o sabemos como 2022 vai ser. Na medida do poss�vel, � melhor postergar financiamentos e tomada de cr�dito”, aconselha.

“� uma boa oportunidade para criar o importante h�bito de poupar para poder consumir posteriormente. Quando estamos falando de um produto que tem valor agregado mais baixo, vale mais a pena esperar, juntar dinheiro e comprar � vista”, completa Nogami.


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