
O objetivo dos sistemas � abarcar diferentes esquemas produtivos para otimizar os usos da terra e fixar carbono no solo e na biomassa vegetal.
De acordo com o pesquisador da Epamig, Fernando Franco, os diferenciais do projeto s�o as condi��es de trabalhar a Integra��o Lavoura, Pecu�ria e Floresta (ILPF) desde o in�cio, al�m da possibilidade de conduzir ensaios em �reas de ILPF estabelecidas h� mais tempo.
"Os Campos Experimentais da Epamig em Patos de Minas e Prudente de Morais possuem �reas de ILPF instaladas h� mais de dez anos. Ent�o, os grandes diferenciais desse projeto s�o as possibilidades de fazer pesquisa nesses sistemas em dois momentos distintos. Caso contr�rio, ter�amos que aguardar uma d�cada para a continua��o dos ensaios", destaca Fernando Franco.
Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria (Embrapa), estima-se que, no Brasil, cerca de 130 milh�es de hectares de pastagens estejam degradados e necessitem de alguma interven��o para reverter o estado em que se encontram. S� no Tri�ngulo Mineiro e no Alto Parana�ba, regi�es que comp�em o bioma Cerrado, existem 2,5 milh�es de hectares de pastagens com algum n�vel de degrada��o.
Como ser�o realizados os ensaios
O primeiro ensaio dos trabalhos � chamado de 'recupera��o de pastagens degradadas pelos sistemas integrados de produ��o’. Fernando Franco enfatiza que a proposta de utilizar sistemas integrados para recupera��o de pastagens significa implanta��o de Integra��o Lavoura, Pecu�ria e Floresta (ILPF); Integra��o Lavoura e Pecu�ria (ILP); reformas de pastagens; florestas plantadas e, ainda, lavouras em monocultivo.
"N�s pretendemos medir o consumo de �gua para produ��o de forrageiras (plantas usadas como fonte de alimento para animais) nesses sistemas integrados, ou seja, vamos analisar o quanto esses sistemas s�o mais eficientes que pastagens degradadas, ou at� mesmo pastagens em monocultura, no que diz respeito � utiliza��o de �gua", afirma Fernando Franco.
O segundo ensaio � denominado ‘recupera��o da pastagem sob o sistema silvopasorial’. As pastagens dos Campos da Epamig em Patos de Minas e Prudente de Morais foram implantadas junto a eucaliptos. Em fun��o do desenvolvimento das �rvores, houve competi��o por �gua, luz e nutrientes, fator que prejudicou o desenvolvimento das pastagens.
Dessa forma, os testes do segundo ensaio consistir�o nos diferentes n�veis de desbaste (retirada de �rvores) de eucalipto para aumentar a disponibilidade de nutrientes, �gua e luz para as forrageiras.
"Nesse ensaio, esperamos que os resultados apontem para os produtores qual � o n�vel m�nimo de desbaste de �rvores necess�rio para a retomada do potencial produtivo das forrageiras estabelecidas em sistemas ILPF", relata Fernando Franco.
O pesquisador conta que o tratamento controle dos dois ensaios ser� a pr�pria pastagem degradada, pois o projeto tem como objetivo demonstrar o potencial de fixa��o de carbono, efici�ncia no uso da �gua e "imput" produtivo quando se converte pastagens degradadas em sistemas integrados de produ��o.
Parceiros do projeto
A pesquisa conta com a parceria de institui��es de ensino, pesquisa e extens�o, como a Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural (Emater-MG), Embrapa, Instituto Federal de Educa��o, Ci�ncia e Tecnologia do Tri�ngulo Mineiro (IFTM), Instituto de Zootecnia, Servi�o Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de S�o Jo�o del-Rei (UFSJ), Universidade Federal do Tri�ngulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal de Uberl�ndia (UFU), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Centro Universit�rio de Patos de Minas (Unipam) e Universidade Vale do Rio Doce (Univale).
Segundo a Epamig, as institui��es v�o envolver alunos, estruturas de laborat�rio e equipamentos nos tr�s ensaios do projeto. J� as empresas parceiras ser�o respons�veis por custear mudas de eucalipto Corymbia citriodora e corretivos de solo.
"Ainda buscamos empresas para participar das opera��es de retirada de eucalipto do ensaio dois. Sabemos que essa � uma atividade onerosa, mas que gera divisas com a venda da madeira. A contrapartida da Epamig ser� ceder a madeira colhida para as empresas parceiras", conclui Fernando Franco.
A pesquisa � financiada pelo programa de apoio a projetos do Projeto Rural Sustent�vel (Cerrado). Mais informa��es s�o obtidas pelo n�mero (34) 3317-7600.
A Epamig � uma empresa vinculada � Secretaria de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).