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Estado de Minas INFLA��O ACELERADA

Semana pode ter novas medidas para conter alta dos pre�os dos combust�veis

Governo dever� notificar postos que n�o reduzirem pre�o do diesel, ap�s lei que altera ICMS, e n�o descarta adotar subs�dios


14/03/2022 04:00 - atualizado 14/03/2022 07:33

Movimento na BR-262, na Grande BH: tanqueiros de Minas avaliam que mudança em tributação estadual sobre o diesel será 'irrisória'
Movimento na BR-262, na Grande BH: tanqueiros de Minas avaliam que mudan�a em tributa��o estadual sobre o diesel ser� "irris�ria" (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press - 9/9/21)

Para tentar conter a escalada dos pre�os dos combust�veis, ap�s os aumentos anunciados pela Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve cobrar, hoje, provid�ncias do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, entre elas a notifica��o dos postos que n�o reduzirem as tabelas do �leo diesel.

No s�bado, o presidente afirmou que a expectativa do governo � de corte de R$ 0,60 no valor do litro do diesel, com a san��o do projeto de lei que altera a cobran�a do Imposto sobre a Circula��o de Mercadorias e Presta��o de Servi�os (ICMS) sobre os combust�veis. Hoje pode ser tamb�m dia decisivo para algumas das associa��es de caminhoneiros, que se articulam para definir de protestos a paralisa��es nas estradas.

 

O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combust�veis e Derivados de Petr�leo de Minas Gerais (Sindtanque-MG) promete anunciar respostas aos reajustes, de acordo com o presidente da entidade, Irani Gomes. “Ningu�m esperava aumentos absurdos como esses, principalmente no caso do diesel. Isso representa uma p� de cal para os transportadores, que h� anos v�m se virando como podem para n�o afundar de vez”, disse.

 

Para o l�der sindical, uma al�quota �nica do ICMS n�o deve bastar para refrear a crise provocada pela escalada do valor do litro. “Essa medida � insuficiente. A redu��o dos pre�os dos combust�veis ser� irris�ria”. A preocupa��o reina, tamb�m, entre as empresas. A Confedera��o Nacional do Transporte (CNT) admitiu que repassar� ao custo das entregas, a despesa com o aumento do diesel.

 

“Estamos atentos e muito preocupados com toda essa situa��o, mas o setor, infelizmente, n�o tem mais quaisquer condi��es de segurar esse aumento, que deve ser repassado imediatamente no valor frete. Do contr�rio, colocaremos em risco a pr�pria sobreviv�ncia de muitas empresas de transporte, fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”, protestou o presidente da CNT, Vander Costa, por meio de nota.

 

Pesado Na expectativa de minimizar os efeitos dos reajustes de pre�os dos combust�veis nas refinarias, o presidente Jair Bolsonaro deposita fichas n�o s� na lei sancionada por ele na noite de sexta-feira, como admitiu que poder� adotar subs�dios sobre os combust�veis. O texto determina a cria��o de al�quota �nica do tributo estadual. O novo �ndice vai valer para os 26 estados e o Distrito Federal.

 

Entretanto, ao visitar, no s�bado, um posto de gasolina em Luzi�nia (GO), ontem, Bolsonaro constatou que a nova lei ainda n�o havia surtido efeito no custo do diesel. “N�o chegou a ordem para baixar R$ 0,60. Deveria ser comunicado. Vou entrar em contato com o ministro de Minas e Energia e verificar o que j� foi feito para notificar o pessoal de que tem que baixar R$ 0,60 no pre�o do diesel, que equivale a uma parte do ICMS e todo o imposto federal que zerei”, disse, a apoiadores e jornalistas.

 

A Petrobras corrigiu os pre�os da gasolina em 18,8% nas refinarias. As distribuidoras, que antes pagavam R$ 3,25 por litro, agora t�m de desembolsar R$ 3,86. O litro do diesel, por sua vez, passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 — 24,9% a mais. Houve, ainda, majora��o de 16,1% no g�s de cozinha. A altera��o determinada pela Petrobras ocorreu um dia ap�s o Congresso ter aprovado as novas diretrizes do ICMS incidente nos combust�veis.

 

Segundo Bolsonaro, se os postos seguirem a nova lei do ICMS, o aumento repassado aos consumidores que abastecem com diesel vai cair de R$ 0,90 para R$ 0,30. Mesmo assim, ele reconheceu que o bolso dos motoristas continua em grande desvantagem. “� muito pesado, mesmo assim, para o caminhoneiro”, afirmou. “A Petrobras n�o tem qualquer sensibilidade com a popula��o. � Petrobras futebol clube — e o resto que se exploda”, sentenciou o presidente.

 

Artes�os repassam custo na Feira Hippie

 

Comerciantes e frequentadores da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena, a tradicional Feira Hippie de Belo Horizonte,  j� sentiram, ontem, o aumento dos pre�os dos combust�veis determinado pela Petrobras nas refinarias e que foi aplicada em postos revendedores ainda na sexta-feira. Repasses da despesa aos produtos finais chegaram �s bancas dos artes�os, dois dias ap�s o an�ncio da Petrobras.

 

Alguns clientes aproveitaram para comprar maior quantidade de itens e evitar viagens repetidas, como Arlene Soares, que em dois domingos por m�s sai de Ipatinga, no Vale do A�o, para fazer compras na Feira Hippie. Arlene disse que reduzir� a frequ�ncia para uma viagem mensal, “sen�o n�o compensar�, porque com aumento de combust�veis, tudo aumenta tamb�m”.

 

Em sua banca de roupas femininas, Patr�cia Soares Chagas do Carmo admitiu ter embutido nas etiquetas os valores pagos a mais por tecidos, aviamentos e acess�rios.  As pe�as s�o produzidas em Capim Branco, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, mas todo o material � adquirido na capital. “J� pagando mais caro no combust�vel e sentindo o aumento nos insumos, a solu��o foi repassar. Agora � planejar menor n�mero de viagens, combinado com aquisi��o maior dos produtos a cada compra, estendendo os prazos de pagamento.”

 

A mesma situa��o � descrita por Samara Aparecida Coelho Martins que produz artesanato em pedra-sab�o na cidade hist�rica de Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas. “N�o h� outra sa�da. O aumento de combust�veis provoca um efeito cascata e nos obriga a repassar esses custos ao consumidor”, justificou.

 

Osvaldo Aparecido de Miranda costuma sair de Raposos, na Grande BH, para comprar artigos pessoais na feira em BH. Ele disse que pode encontrar produtos �nicos e em bom pre�o, mas percebeu que “algumas coisas est�o mesmo mais caras.”


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