
O �ndice de desemprego no Brasil caiu para 10,5% no trimestre de fevereiro a abril, o menor n�vel para esse per�odo desde 2015, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Houve uma redu��o de 0,7 ponto percentual em rela��o ao trimestre de novembro a janeiro (11,2%) e de 4,3 pontos na compara��o com per�odo de fevereiro a abril de 2021, quando a taxa era de 14,8%. Apesar da melhora, o pa�s ainda tem um n�mero grande de desempregados — 11,3 milh�es. E o rendimento m�dio dos trabalhadores � 7,9% menor do que h� um ano, mostrando que os empregos criados t�m oferecido remunera��o mais baixa.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lio Cont�nua (Pnad Cont�nua), o n�mero de pessoas ocupadas no pa�s chegou a 96,5 milh�es, o maior da s�rie hist�rica, iniciada em 2012. Houve alta de 1,1% na compara��o com o trimestre de novembro a janeiro e de 10,3% na compara��o com o mesmo trimestre do ano anterior. Isso equivale a um aumento de 1,1 milh�o de pessoas empregadas no trimestre e de 9 milh�es de ocupados no per�odo de um ano.
J� a popula��o desocupada, estimada em 11,3 milh�es, recuou 5,8% frente ao trimestre anterior, o que significa que 699 mil pessoas voltaram a ter trabalho, nesse per�odo. Na varia��o anual, a queda foi de 25,3%, ou menos 3,8 milh�es de pessoas na fila do desemprego.
"A retra��o da taxa de desemprego vem ocorrendo desde o trimestre encerrado em julho de 2021, em fun��o, principalmente, do avan�o da popula��o ocupada", destacou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa do IBGE.
Segundo analistas, a queda do desemprego reflete o forte desempenho da atividade econ�mica no primeiro trimestre do ano. Entretanto, h� d�vidas sobre a continuidade desse ritmo, uma vez que a alta de juros promovida pelo Banco Central para segurar a infla��o deve impactar a economia no segundo semestre.
Adriana Beringuy explicou que o n�vel de emprego aumentou nos grupamentos de transporte, armazenagem e correio, administra��o p�blica, defesa, seguridade social, educa��o, sa�de humana e servi�os sociais e outros servi�os. Os demais grupamentos ficaram est�veis.
Carteira assinada
Chamou a aten��o o aumento de 11,6%, na varia��o anual, dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado. O n�mero chegou a 35,2 milh�es, um acr�scimo de 3,7 milh�es de pessoas no per�odo de um ano. "Foi mantida a trajet�ria de recupera��o do emprego com carteira, com diversas atividades registrando expans�o, principalmente no com�rcio, repara��o de ve�culos automotores e motocicletas e em informa��o, comunica��o e atividades financeiras, imobili�rias, profissionais e administrativas", afirmou Beringuy.
A coordenadora do IBGE destacou que esse � o maior contingente com carteira assinada desde abril de 2016, e a quarta expans�o consecutiva. Todas as demais posi��es na ocupa��o, como trabalhadores sem carteira no setor privado, conta-pr�pria e empregador, entre outras, mantiveram estabilidade. Assim, a taxa de informalidade caiu de 40,4%, no trimestre anterior, para 40,1% da popula��o ocupada, totalizando 38,7 milh�es de trabalhadores informais.
O rendimento real habitual foi apurado em R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril, apresentando estabilidade frente ao trimestre anterior e queda de 7,9% em rela��o ao mesmo trimestre do ano anterior. Ou seja, a expans�o da formalidade n�o se traduziu em crescimento do rendimento. A massa de rendimento real habitual (R$ 242,9 bilh�es) cresceu frente ao trimestre anterior, mas ficou est�vel na compara��o anual.