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Estado de Minas O DE CIMA SOBE...

Renda m�dia do brasileiro cai e � a menor desde 2012, segundo IBGE

Valor da renda em 2021 foi 7% menor que em 2020; impacto � maior entre mais pobres e moradores das regi�es Norte e Nordeste do pa�s


10/06/2022 12:00 - atualizado 10/06/2022 12:31

Vista do Aglomerado Santa Lucia, em Belo Horizonte
Especialistas contam que a infla��o e o fim do aux�lio emergencial podem explicar a queda na renda m�dia (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Est� cada dia mais dif�cil para o brasileiro conseguir quitar as contas no fim do m�s. O dinheiro est� valendo menos, e o rendimento m�dio dos brasileiros � o menor desde 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) Cont�nua Rendimento, divulgados nesta sexta-feira (10/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). 

De acordo com a pesquisa, o rendimento mensal per capita de 2021 foi de R$1.353, 7% menor que em 2020, primeiro ano da pandemia. O impacto � maior em classes mais baixas. Dois anos atr�s, o valor era de R$1.454. 

Em 2012, ajustando os valores com a infla��o, a renda m�dia equivaleria a R$1.417. Esse n�mero � calculado pela m�dia entre grupos que ganham mais, os que ganham menos e os que tamb�m n�o recebem renda.

A propor��o de pessoas que possuem rendimento caiu de 61% em 2020 para 59,8% em 2021. Mesmo n�mero de 2012, e tamb�m o mais baixo da s�rie hist�rica. 

Entre brasileiros com algum rendimento, o valor tamb�m � o menor desde 2012, e chegou a R$2.265. 
 
As menores m�dias desde 2012 entre as pessoas com rendimento tamb�m foram registradas em aposentadoria e pens�o, com m�dia de R$1.959 e em outros rendimentos (R$ 512).

Mercado de trabalho

O tamanho da popula��o ocupada aumentou entre 2020 e 2021, e saiu de 72,8% para 75,3%. Entretanto, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos foi de R$223,6 bilh�es para R$216,7 bi, uma queda de 3,1%.

Segundo especialistas, a infla��o e a pandemia foram as principais causas para perda de renda e ocupa��o. 

“A pandemia afetou muito o mercado de trabalho em 2020 por causa do isolamento social que teve que ser feito para frear a pandemia. Ent�o, o mercado de trabalho perdeu muita ocupa��o. O mercado de trabalho est� retomando, mas o ritmo ainda est� menor do que o de 2019”, diz a analista da pesquisa Alessandra Scalioni Brito.

Al�m disso, a infla��o reduz o poder de compra do brasileiro. Em 2021, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a infla��o oficial do pa�s, foi de 10,06% - a maior taxa acumulada no ano desde 2015.

Fim do aux�lio emergencial

A propor��o de pessoas que recebem algum aux�lio de programas sociais reduziu em 2021 se comparado a 2020. No primeiro ano da pandemia, o percentual de domic�lios com algu�m recebendo recursos do governo era de 23,7%, que caiu para 15,4% em 2021.

Uma explica��o para essa queda � o fim do aux�lio emergencial, que teve sua �ltima parcela repassada �s fam�lias beneficiadas em outubro de 2021.  

“Foi um benef�cio apenas emergencial. Agora que a gente est� tirando ele, a gente est� vendo que ele cumpriu o papel ali de n�o deixar a renda cair tanto em 2020, mas em 2021 essa queda veio e a desigualdade voltou para o padr�o que estava. As rendas est�o menores e tivemos a quest�o inflacion�ria. Ent�o, estamos em situa��o pior em 2021 em termos de renda”, diz Alessandra.

E o debaixo desce…


Os menores n�meros de renda s�o sentidos de forma mais intensa pelas classes mais baixas, segundo a pesquisa. No ano de 2021, a renda m�dia do 1% mais rico foi 38,4 vezes maior que dos 50% mais pobres. 

Entre os que ganham mais, a renda mensal foi de R$15.940; j� entre os que ganham menos, o n�mero foi de R$ 415.

Essa diferen�a foi a mais baixa em 2020, quando se atingiu o menor valor da raz�o desde 2015. No in�cio da pandemia, a discrep�ncia salarial entre os mais ricos era 34,8 vezes maior que a dos mais pobres. Uma das explica��es para isso, segundo o IBGE, foram os outros rendimentos, como o aux�lio emergencial.

Desigualdade social

Baseado no �ndice de Gini, a desigualdade social cresceu no pa�s entre os dois anos, segundo a pesquisa. Em 2020, o �ndice era de 0,524, que passou para 0,544 em 2021, se considerar toda a popula��o.

Contando apenas ocupados, o indicador ficou praticamente est�vel, e variou apenas de 0,500 para 0,499. 

O �ndice de Gini � um instrumento para medir o grau de concentra��o de renda, apontando a diferen�a entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. O �ndice varia de zero a um, sendo que zero representa a situa��o de igualdade, ou seja, todos t�m a mesma renda. J� o um representa o extremo da desigualdade, ou seja, uma s� pessoa det�m toda a riqueza.


Discrep�ncia entre as regi�es


Segundo a pesquisa, as maiores quedas de rendimento m�dio mensal per capita aconteceram no Norte e Nordeste do pa�s. Na regi�o Norte, a renda saiu de R$966 em 2020 para R$871 em 2021, uma redu��o de 10%. No Nordeste, o impacto foi maior: com uma queda de 12,5% na renda m�dia mensal, os valores foram de R$963 para R$843.

A menor diferen�a foi sentida no Sul do pa�s, com varia��o de 4,8% de um ano para o outro. Em 2020, a renda era de R$1.738, que passou para R$1.656 em 2021. No Sudeste e Centro-Oeste a redu��o ficou entre 5,6% e 5,7%, respectivamente. 

No Sudeste a renda m�dia mensal per capita saiu de R$1.742 para R$1.645, enquanto no Centro-Oeste foi de R$1.626 para R$1.534.

“O mercado de trabalho � mais informalizado no Norte e no Nordeste, ent�o, a renda do trabalho ali tende a ter uma distribui��o mais desigual. As regi�es Norte e Nordeste tendem a receber mais benef�cios de programas sociais e como houve essa mudan�a no aux�lio emergencial, elas foram mais afetadas entre 2020 e 2021. Por isso tiveram esse aumento de desigualdade maior que em outras regi�es”, diz Alessandra.


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