
A infla��o j� apresenta alta de 6,11% no ano e 11,64% nos �ltimos 12 meses. Apesar da varia��o negativa de itens que haviam tido maior peso em meses anteriores – casos da gasolina (queda de 1,19%) e do etanol (recuo de 8,93%) –, os custos com sa�de e cuidados especiais apresentaram eleva��o de pre�os, com alta de 7,66% em junho e 10,97% em 2022.
Os planos de sa�de foram os campe�es na infla��o de junho, com alta de 15,40% e contribui��o de 0,52 ponto percentual (p.p.) na varia��o do IPCA.
"O plano de sa�de veio recompor aquilo que ocorreu nos �ltimos dois anos. Em 2020, ele aumentou cerca de 8,5%, mas em 2021 houve queda de 8,17%, pela n�o utiliza��o dos servi�os, em fun��o da pandemia. Agora, os custos com assist�ncia de sa�de aumentaram muito em rela��o a 2021, o que explica essa varia��o expressiva nos custos", ressalta o economista Eduardo Antunes, da Funda��o Ipead/UFMG.
"Al�m dos planos de sa�de, tivemos o autom�vel novo, que subiu quase 3% e representa uma parcela significativa no m�s. O leite tamb�m subiu bem e avan�ou 11% na infla��o, o que interferiu na infla��o de junho", complementa.
As passagens a�reas encareceram 30,53% no m�s, mas t�m peso de 0,10 pontos percentuais no c�lculo da infla��o. Tamb�m com o mesmo peso de 0,10 p.p., o leite apresentou alta de 10,71%.
Alimentos
Os alimentos de elabora��o prim�ria v�m logo a seguir, com varia��o de 4,16% no m�s e 11,26% no ano. Os alimentos industrializados tiveram infla��o de 1,23% em junho, com varia��o positiva de 9,33% desde janeiro.
Por fim os alimentos in natura tiveram efeito reverso e apresentaram retra��o 3,62% no m�s. Em 2022, no entanto, o item segue com infla��o de 18,47%.
Segundo a Funda��o Ipead/UFMG, o item "encargos e manuten��o nas resid�ncias" apresentou varia��o positiva de 2,37%, o que contribui para infla��o de 5,93% no ano e 9,62% nos �ltimos 12 meses. Os artigos de resid�ncia tiveram alta de 2,06% em junho e 4,51% no ano.
As despesas com vestu�rio tiveram ligeira alta de 0,78% em junho. No ano, a infla��o atingiu a faixa dos 7,80%, enquanto a varia��o nos �ltimos 12 meses foi de 12,91%.
J� as despesas pessoais tiveram aumento de 0,96% no m�s passado, o que leva a uma varia��o de 6,09% em 2022 e 11,57% nos �ltimos 12 meses.
Gasolina
Com a redu��o do PIS/Cofins, impostos federais, a gasolina est� abaixo dos R$ 7 em BH. E a tend�ncia � que o pre�o tenha nova redu��o com a nova al�quota do ICMS, que baixou de 31% para 18% no estado. Nesse sentido, o produto deve jogar o �ndice para baixo a partir do levantamento de julho.
"A gasolina come�ou a cair nos �ltimos dias de junho com a redu��o dos tributos federais. Agora, vai haver redu��o dos tributos estaduais, no caso o ICMS. Esperamos que esses valores cheguem � popula��o e que isso se reflita no �ndice", afirma Eduardo Antunes.
Cesta b�sica
A cesta b�sica em Belo Horizonte se manteve praticamente est�vel (recuo de 0,03%) e custou R$ 680,58. O valor equivale a 56,15% do sal�rio m�nimo, o que mant�m a cesta da capital mineira como uma das mais caras do Brasil.
A pequena queda em compara��o com maio se deve ao recuo do tomate (8,18%), da batata inglesa (5,79%) e do ch� de dentro (0,43%). Produtos como �leo de soja (-1,68%), banana caturra (-1,11%), p�o franc�s (-0,52%) e arroz (-0,99%) tamb�m tiveram retra��o de pre�os.
"H� um 'cabo de guerra' entre os produtos, o que acaba influenciando na infla��o. No m�s passado, houve uma queda mais expressiva, de quase 5%, mas em junho. Agora houve pequena queda. O tomate foi o que mais interferiu, j� que era um dos grandes vil�es e agora segura o pre�o da cesta b�sica", afirma Antunes.
Por sua vez, o feij�o carioquinha foi o item com maior infla��o em junho, com alta de 15,09%. Em 2022, a infla��o do produto j� chega a 39,81%, enquanto a varia��o nos �ltimos 12 meses foi de 28,20%.
J� o leite pasteurizado teve infla��o de 6,60%, contribuindo para aumento de 38,57% em 2022 e de 43,40% nos �ltimos 12 meses.
A manteiga apresentou varia��o positiva de 1,54% em junho, enquanto o caf� mo�do teve infla��o de 1,20%. A farinha de trigo aumentou 0,79%. "A farinha continua muito atrelada ao d�lar e acaba sofrendo varia��o no mercado. No ano, houve aumento de 28%, o que acaba se revertendo nos produtos que s�o usados para a fabrica��o, como o p�o", afirma o economista.