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Estado de Minas INFLA��O

Caf�: pre�o cai em BH, mas consumidor n�o sente essa queda no bolso

Apesar da ligeira queda no pre�o de 2,02% em junho, o pre�o do pacote de caf� continua salgado nos supermercados e nas padarias da capital


15/07/2022 16:52 - atualizado 15/07/2022 17:27

Cafezinho
Pre�o do pacote de caf� chega a R$ 21 em BH e Regi�o Metropolitana (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Se existe algo que n�o pode faltar na mesa do mineiro � o tradicional cafezinho. Mas o pre�o do produto continua salgado para consumidores em Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana.

De acordo com o �ndice dos Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), o caf� mo�do teve alta de 10,99% nos seis primeiros meses de 2022. Nos �ltimos 12, a varia��o � ainda maior, de 43,88%.
 
Apesar da ligeira queda de 2,02% no pre�o em junho, o valor do pacote de caf� continua alto nos supermercados e nas padarias. Tradicionais marcas consumidas s�o encontradas a R$ 19, com reajustes de 40% a 50% em rela��o ao ano passado. Em estabelecimentos da periferia, um pacote de 500g j� chega a R$ 22.
 
 
Algumas raz�es s�o apontadas para a alta expressiva: a valoriza��o do d�lar, o aumento dos custos dos insumos, o volume da safra e o clima. Devido � seca e �s geadas, o caf� ficou mais caro em um ano de colheita que, naturalmente, j� seria mais baixa, pois, em ano �mpar, as quantidades produzidas j� seriam baixas.
 

“O pre�o do caf� � muito relacionado � oferta e ao d�lar. Em abril, houve aumento de 4%, e em maio, a varia��o foi de 1%. Ent�o, a gente consegue observar que agora h� uma desacelera��o e uma queda em junho ligadas � oferta do produto”, analisa o coordenador de pesquisas do IPCA em Belo Horizonte e Grande BH, Ven�ncio Ot�vio Ara�jo. 

"Houve aumento do custo de produ��o do gr�o, o que acaba influenciando nesse aumento, sobretudo no in�cio do ano. Em dezembro do ano passado, o aumento foi de 10%, o que est� ligado �s fortes geadas e secas que influenciaram na produ��o. O produto sentiu as varia��es clim�ticas”, completa o especialista. 

Mineiros sofrem com alta no pre�o do caf�


Os mineiros v�m sofrendo com os altos pre�os, mesmo que o estado seja o maior produtor de caf� no Brasil. Dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Seapa) mostram que no ano passado foram colhidos 21,45 milh�es de sacas, o equivalente a 46% de todo o pa�s.

Com os pre�os em alta, os consumidores fazem esfor�os para continuar adquirindo o cafezinho. “Minha fam�lia consome caf� todo os dias. Com esse valor, por�m, a gente fica desanimado. O ideal seria parar de comprar, mas n�o d�. � preciso economizar em outras coisas, como carne e leite, cujos pre�os tamb�m est�o altos”, afirma a aposentada Marly de Souza, de 67 anos. 

O pedreiro Valter Assis, de 45, admite que tem retirado aos poucos o caf� da cesta b�sica mensal. “Temos de aprender a viver sem ele, j� que tudo est� caro. Eu, por exemplo, tomo caf� no meu trabalho. Assim, economizo ao comprar o p� em casa”, brinca.

 
Comerciantes 


O valor do produto em alta tamb�m afeta profundamente os comerciantes. � o caso da s�cia-propriet�ria do Spiral com Caf�, Camila Dornas, que diz sentir os efeitos da infla��o de produtos como caf�, leite e queijos servidos aos clientes. “Estamos segurando os pre�os na medida do poss�vel para o cliente. Com essa infla��o, nossa margem de lucro � menor, e perdemos faturamento. Ficou mais dif�cil buscar op��es, pois tudo subiu muito”, relata. 

Apesar disso, ela diz que o movimento de consumidores no estabelecimento n�o diminuiu em raz�o da tradi��o do local. “Estamos aqui h� 16 anos. Para ter sucesso, � preciso ter um bom caf�. Se servirmos um caf� ruim, os clientes v�o sentir. Nosso movimento ainda est� bom. Fico pensando outros estabelecimentos cujo movimento esteja fraco. N�o est� f�cil para ningu�m”, afirma. 


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