
Bras�lia – As contas do governo central tiveram um super�vit de R$ 19,3 bilh�es no m�s de julho, o segundo melhor resultado de toda a s�rie hist�rica, abaixo apenas de julho de 2011, informou o Tesouro Nacional nessa ter�a-feira (30/8). O resultado positivo demonstra que o governo arrecadou mais do que gastou no m�s passado. O dado inclui as contas do Tesouro Nacional, da Previd�ncia e do Banco Central.
No primeiro semestre, o governo j� havia registrado um super�vit de R$ 53,6 bilh�es. Com o resultado de julho, o resultado das contas ficou ainda mais positivo, alcan�ando R$ 73,1 bilh�es. Nessa compara��o, o saldo � o melhor para o per�odo desde 2012, j� descontados os efeitos da infla��o.
A proje��o oficial do Minist�rio da Economia, atualizada em 22 de julho, indica que as contas do governo central encerrar�o o ano com um rombo de R$ 59,4 bilh�es – dos quais R$ 35,4 bilh�es se devem a gastos efetivos do governo, enquanto o restante � provocado por uma opera��o cont�bil para encerrar a disputa judicial pelo Campo de Marte.
Embora negativo, o resultado seria bem menor do que o autorizado pela Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO), que permite um d�ficit de at� R$ 170,5 bilh�es. No entanto, o pr�prio ministro Paulo Guedes (Economia) e seus auxiliares destacam que o resultado efetivo das contas em 2022 deve ser positivo, gra�as ao crescimento significativo das receitas.
Em julho, a Receita Federal registrou arrecada��o de R$ 171,3 bilh�es, o que representa um recorde para o m�s. A equipe econ�mica conta tamb�m com ganhos extraordin�rios, como o pagamento de mais dividendos de estatais.
Os dados divulgados pelo Tesouro ontem tamb�m mostram avan�o significativo na arrecada��o total do governo. O desempenho foi ajudado por um recebimento de R$ 6,9 bilh�es em dividendos da Petrobras, al�m da maior arrecada��o de tributos.
A receita total teve um crescimento real de 8,7% em julho ante igual m�s de 2021, enquanto as despesas tiveram uma queda de 17,9%, j� descontada a infla��o.Os gastos ca�ram principalmente por causa de um efeito de compara��o, pois em julho de 2021 houve o pagamento de parte do 13º de aposentados e pensionistas do INSS. Neste ano, os repasses foram antecipados para abril e maio.
Tamb�m houve uma redu��o de R$ 3,5 bilh�es em termos reais nos gastos com pessoal, devido ao congelamento salarial do funcionalismo. No acumulado do ano, a receita total avan�ou 15,1%, enquanto a despesa caiu 1,9%, sempre em termos reais.