Pessimistas, belo-horizontinos pretendem usar o 13� para pagar d�vidas

Pagar contas atrasadas e quitar d�vidas ser� o principal destino do 13º sal�rio dos belo-horizontinos. Pessimistas com a situa��o da economia, apenas 2,75% dos moradores da capital pretendem usar esse dinheiro para viajar, menos do que no auge da pandemia do coronav�rus.

Apenas 51,9% dos consumidores ouvidos v�o receber o 13º neste ano. Destes, 37,6% pretendem pagar contas atrasadas e quitar d�vidas; 28,4%, poupar o dinheiro; 7,34% v�o realizar investimentos; e 6,42% n�o sabem o que v�o fazer quando o sal�rio cair na conta.

Compras de fim de ano (4,59%), dar entrada ou antecipar parcelas de financiamentos (3,67%), poupar para gastos escolares em 2023 (2,75%), viajar (2,75%), pagar impostos no ano que vem (1,83%) e presentes de Natal (0,92%) s�o os �ltimos objetivos de utiliza��o do benef�cio.

Viajar �, desde que a pesquisa come�ou em 2015, um dos principais objetivos de quem vai gastar o 13º. Neste ano, sem restri��es de circula��o de pessoas e com destinos tur�sticos a pleno vapor, a expectativa, de 2,75%, � menor que no auge da pandemia da COVID-19, no final de 2020, quando foi de 3,42%.

 

A maioria dos belo-horizontinos est�o pessimistas com a economia.

O �ndice de Confian�a do Consumidor, que avalia a percep��o dos consumidores sobre a situa��o econ�mica do pa�s, infla��o, emprego, situa��o financeira da fam�lia e a pretens�o de compra, ficou em 40,97 pontos, entre 0 (pessimismo total) e 100 (otimismo total).

Houve um aumento do ano passado para c�, quando o �ndice ficou em 34,84 pontos. A melhoria foi mais expressiva na percep��o sobre emprego (33,75) e infla��o (29,76), que subiram 84% e 46%, respectivamente, no per�odo. Mesmo assim, ambos continuam menores que 50 pontos, marcador que separa o pessimismo do otimismo.

A pretens�o de compra est� em 42 pontos, considerada baixa. Vestu�rio e cal�ados representam 24% dos produtos que as fam�lias pretendem consumir neste m�s, bem acima dos outros grupos – 8,57% em turismo, 6,67% em eletrodom�sticos, 6,67% em m�veis, 5,71% em ve�culos e outros.

Os dados s�o do Instituto de Pesquisas Econ�micas Administrativas e Cont�beis de Minas Gerais (Ipead), da Faculdade de Ci�ncias Econ�micas (Face) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foram ouvidos 210 consumidores, com recortes de sexo e renda familiar representativos do total da popula��o da capital.