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Estado de Minas DINHEIRO CARO

Juros banc�rios nas alturas

Com eleva��o de 10 pontos percentuais em 12 meses, taxa m�dia do cr�dito livre chega a 42,4% ao ano, a maior desde novembro de 2017


29/11/2022 04:00 - atualizado 29/11/2022 07:29

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Para pessoas f�sicas, o destaque de outubro foi para o cart�o de cr�dito, cujas taxas tiveram alta de 5,2 pontos percentuais no m�s, alcan�ando 95% ao ano (foto: Divulga��o - 21/1/19)

Bras�lia – A taxa m�dia de juros das concess�es de cr�dito livre teve alta de 10 pontos percentuais nos �ltimos 12 meses e chegou a 42,4% ao ano em outubro. Trata-se do maior patamar desde novembro de 2017 (42,6% ao ano), ou seja, em quase cinco anos. No m�s, o aumento foi de 1,7 ponto percentual, segundo as Estat�sticas Monet�rias e de Cr�dito divulgadas ontem pelo Banco Central (BC).

Nas novas contrata��es para empresas, o custo m�dio do cr�dito atingiu 23,5% ao ano, alta de 0,5 ponto percentual no m�s e 4,6 pontos percentuais em 12 meses. Nas contrata��es com as fam�lias, o custo m�dio do cr�dito alcan�ou 56,6% ao ano, aumento de 2,6 pontos percentuais no m�s e 13,4 pontos percentuais em 12 meses.
No cr�dito livre, os bancos t�m autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. J� o cr�dito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, � destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcr�dito.
 
No caso do cr�dito direcionado, a taxa para pessoas f�sicas ficou em 10,8% ao ano em outubro, varia��o positiva de 0,1 ponto percentual no m�s e alta de 3,1 pontos percentuais em 12 meses. Para as empresas, a taxa subiu 0,4 ponto percentual no m�s e caiu 1 ponto percentual em 12 meses, indo para 9,8% ao ano. Assim, a taxa m�dia no cr�dito direcionado chegou a 10,6% ao ano, alta de 0,2 ponto percentual no m�s e de 2,1 pontos percentuais em 12 meses.

SELIC

A alta dos juros banc�rios m�dios ocorre em um momento em que a taxa b�sica de juros da economia, a Selic, est� em seu maior n�vel desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano, definida pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom). Em mar�o do ano passado, o BC iniciou um ciclo de aperto monet�rio, em meio � alta dos pre�os de alimentos, de energia e de combust�veis.
 
A Selic � o principal instrumento usado pelo BC para alcan�ar a meta de infla��o. Em outubro, a infla��o subiu 0,59%, ap�s tr�s meses de defla��o. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Para novembro, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que � a pr�via da infla��o, tamb�m teve aumento de 1,17%.
A entidade avalia que a alta na Selic tem sido repassada para as taxas finais de diferentes modalidades de cr�dito e n�o descarta a possibilidade de novos aumentos caso a infla��o n�o caia como o esperado. A eleva��o da taxa b�sica ajuda a controlar a infla��o porque causa reflexos nos pre�os, j� que juros mais altos encarecem o cr�dito e estimulam a poupan�a, contendo a demanda aquecida.

CART�O DE CR�DITO

Para pessoas f�sicas, o destaque do m�s foi para o cart�o de cr�dito, cujas taxas tiveram alta de 5,2 pontos percentuais no m�s e 30,4 pontos percentuais em 12 meses, alcan�ando 95% ao ano. No cr�dito rotativo, que � aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cart�o e dura 30 dias, houve alta de 8,8 pontos percentuais em outubro e aumento de 57,3 pontos percentuais em 12 meses, indo para 399,5% ao ano. Ap�s os 30 dias, as institui��es financeiras parcelam a d�vida. Nesse caso do cart�o parcelado, os juros ca�ram 1,1 ponto percentual no m�s e subiram 11,9 pontos percentuais em 12 meses, para 184,5% ao ano.
 
No cheque especial, o aumento foi de 1,8 ponto percentual em outubro e de 4,3 pontos percentuais em 12 meses, indo para 132,5% ao ano. J� o cr�dito consignado teve eleva��o de 2,2 pontos percentuais no m�s e 7,9 pontos percentuais em 12 meses (27,6%). E os juros do cr�dito pessoal n�o consignado subiram 1,9 ponto percentual  no m�s de outubro e variaram 0,1 ponto percentual para baixo em 12 meses (83,5% ao ano).

ALTA PROCURA

Mesmo com a manuten��o dos juros em alta, em outubro, o estoque de todos os empr�stimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,214 trilh�es, com aumento de 1% em rela��o a setembro. O resultado refletiu, a redu��o de 0,1% no saldo das opera��es de cr�dito pactuadas com pessoas jur�dicas (R$ 2,097 trilh�es) e o aumento de 1,8% no de pessoas f�sicas (R$ 3,117 trilh�es).
 
Nas compara��es com iguais per�odos do ano anterior, o incremento no volume de cr�dito evidenciou desacelera��o ao passar de 16,4% em setembro para 15,8% em outubro. Por segmento de cr�dito, o BC observou arrefecimento tanto no crescimento interanual do volume de cr�dito para empresas, que passou de 11,5% para 10,4%, quanto no destinado �s fam�lias, 20,1% para 19,7%, na mesma ordem. O saldo do cr�dito correspondeu a 54,9% do Produto Interno Bruto (PIB), que � a soma de todos os bens e servi�os que o pa�s produz.
 
O cr�dito ampliado ao setor n�o financeiro, que � o cr�dito dispon�vel para empresas, fam�lias e governos independentemente da fonte (banc�rio, mercado de t�tulo ou d�vida externa) alcan�ou R$ 14,568 trilh�es, crescendo 1,5% no m�s e 10,8% em 12 meses.

ENDIVIDAMENTO

De acordo com o BC, a inadimpl�ncia (considerados atrasos acima de 90 dias) tem se mantido est�vel h� bastante tempo, com pequenas oscila��es, e registrou 3% em outubro. Nas opera��es de cr�dito livre para pessoas f�sicas, est� em 5,9% e para pessoas jur�dicas em 2%. O endividamento das fam�lias, rela��o entre o saldo das d�vidas e a renda acumulada em 12 meses, ficou em 49,9 em setembro, n�vel que reflete o aumento das concess�es de empr�stimos. Houve estabilidade no m�s e alta de 2,4% em 12 meses.
Com a exclus�o do financiamento imobili�rio, que pega um montante consider�vel da renda, ficou em 31,7% no m�s de setembro.
 
J� o comprometimento da renda, rela��o entre o valor m�dio para pagamento das d�vidas e a renda m�dia apurada no per�odo ficou em 28,7% em setembro, crescimento de 1% no m�s e 3,3% em 12 meses, recorde da s�rie iniciada em janeiro de 2005. Para esses �ltimos dados, h� uma defasagem maior do m�s de divulga��o, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).


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