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Estado de Minas ECONOMIA

Bolsa sobe ap�s decis�o de Gilmar Mendes sobre Bolsa Fam�lia

Gilmar decidiu que a manuten��o do Aux�lio Brasil pode ocorrer pela abertura de cr�dito extraordin�rio e que essas despesas n�o se incluem no teto de gastos


19/12/2022 20:31 - atualizado 19/12/2022 20:34

Bolsa de Valores
�ndice de a��es registrou valoriza��o de 1,83%, aos 104.739 pontos, com as maiores altas de empresas mais voltadas � economia dom�stica (foto: Alessandro Shinoda/Folhapress)
A Bolsa de Valores brasileira teve uma sess�o de ajuste ap�s a queda acumulada na semana passada e operou no campo positivo nesta segunda-feira (19), na esteira de decis�o do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, de conceder liminar que retira o Bolsa Fam�lia da regra do teto de gastos.

 

O �ndice de a��es registrou valoriza��o de 1,83%, aos 104.739 pontos, com as maiores altas de empresas mais voltadas � economia dom�stica, que nas �ltimas semanas sofreram em um cen�rio de aumento dos juros projetados pelo mercado que impacta o valor futuro esperado de lucro para as companhias na Bolsa.

 

Entre as maiores altas do dia, os pap�is da Via avan�aram cerca de 16,2%, os da Americanas subiram 12,6%, e os do Magazine Luiza, 10,1%.

 

"Numa primeira leitura, o governo eleito saiu fortalecido no embate de negocia��es com o Congresso, o que aumentou o apetite ao risco e a curva dos juros futuros cedeu. Nada melhor para as empresas do setor de varejo, j� que mostravam elevado desconto", disse Jo�o Frota Salles, analista da Senso Investimentos em nota.

 

O ministro Gilmar Mendes decidiu neste domingo (18) que a manuten��o no pr�ximo ano do Aux�lio Brasil pode ocorrer pela abertura de cr�dito extraordin�rio e que essas despesas n�o se incluem nos limites do teto de gastos. No governo do presidente eleito, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), o benef�cio voltar� a se chamar Bolsa Fam�lia.

 

Leia mais: Gilmar Mendes decide que Bolsa Fam�lia pode ficar fora do teto de gastos

 

"Na pr�tica, Mendes apenas permite o Bolsa Fam�lia n�o fique sujeito ao teto em caso de descumprimento das regras de arcabou�o fiscal", disse �tore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

 

"O impacto fiscal tende a ser menor que o da PEC de Transi��o ao se restringir ao Bolsa Fam�lia de R$ 600/m�s, mas ainda � preciso compreender melhor os detalhes da medida e como isso afeta a tramita��o do projeto na C�mara", apontam os analistas da XP.

 

Sanchez, da Ativa, avalia que, economicamente, a decis�o do ministro do STF � melhor que a PEC da Gastan�a, pela avalia��o de que o impacto ficaria restrito aos R$ 150 bilh�es do Bolsa Fam�lia apenas por um ano.

 

Segundo o economista da Ativa, a medida amplia a expectativa sobre a aprova��o da PEC nesta ter�a.

 

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda que a negocia��o do governo eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT) com o Congresso Nacional pela aprova��o da PEC continua, apesar da decis�o do ministro do STF.

 

"A negocia��o permanece, � importante para o pa�s apostar na boa pol�tica, na negocia��o, na institucionalidade para a gente dar robustez para a pol�tica econ�mica que vai ser anunciada e que vai aplacar os �nimos e mostrar que o Brasil vai estar no rumo certo a partir de 1º de janeiro", afirmou.

 

O an�ncio de novos membros da equipe econ�mica do ministro da Fazenda do governo eleito tamb�m segue no radar dos agentes financeiros nesta semana.

 

O futuro ministro da Fazenda anunciou nesta segunda-feira (19) a subprocuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi Ruas de Almeida, para o comando da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) do governo eleito de Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

 

Na �ltima ter�a-feira (13), Haddad j� havia anunciado dois nomes de seu secretariado. O ex-banqueiro Gabriel Gal�polo ser� o secret�rio-executivo da pasta, o segundo cargo mais importante do minist�rio, e o economista Bernard Appy ocupar� uma secretaria especial para a reforma tribut�ria, �rea na qual ele � especialista.

 

Ainda entre os destaques da sess�o, as a��es Boa Vista disparavam ao redor de 50% nesta segunda-feira ap�s a empresa de servi�os financeiros e de cr�dito receber uma proposta da norte-americana Equifax para combina��o de neg�cios.

 

J� o d�lar � vista oscilou em alta frente ao real ao longo de toda a sess�o e encerrou os neg�cios em leve alta de 0,15%, a R$ 5,30 na venda, em um dia de maior avers�o ao risco no exterior.

 

Nas Bolsas dos Estados Unidos, os principais �ndices de a��es voltaram a registrar queda, dando continuidade � trajet�ria de baixa da semana anterior.

 

O S&P 500 recuou 0,90% e o Nasdaq cedeu 1,5%, enquanto o Dow Jones caiu 0,5%.

 

Na semana passada, os mercados globais acumularam perdas na esteira na esteira das sinaliza��es transmitidas pelas autoridades monet�rias globais indicando um cen�rio � frente com novas altas de juros para combater a persistente press�o inflacion�ria.

 

"A semana dos bancos centrais trouxe para parte do mercado um sinal amargo de que as pol�ticas monet�rias devem sim permanecer contracionistas, apesar dos sinais recentes de arrefecimento de infla��o e atividade econ�mica", disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

 

Embora tenha reduzido o ritmo de alta dos juros de 0,75 ponto percentual nas �ltimas reuni�es para 0,50 ponto no encontro desta quarta, o banco central dos EUA (Federal Reserve) disse que espera aumentar ainda mais a taxa b�sica de juros e que deve mant�-la elevada por mais tempo do que o previsto anteriormente, sinalizando que seus esfor�os para conter a infla��o alta provavelmente significar�o um crescimento maior no desemprego e uma poss�vel recess�o.

 

Na Europa, o sentimento de avers�o ao risco tamb�m predomina, depois que o BCE (Banco Central Europeu) aumentou as taxas de juros pela quarta vez consecutiva nesta quinta-feira, embora em magnitude menor do que em suas duas �ltimas reuni�es.

 

O banco central dos 19 pa�ses da zona do euro aumentou a taxa de juros que paga sobre os dep�sitos banc�rios de 1,5% para 2%, afastando-se ainda mais de uma d�cada de pol�tica monet�ria ultrafrouxa.

 

Ainda assim, a decis�o marcou uma desacelera��o no ritmo de aperto depois de altas de 0,75 ponto percentual em cada uma das duas reuni�es anteriores do BCE, que prometeu novos aumentos e apresentou planos para drenar dinheiro do sistema financeiro como parte de sua luta contra a infla��o.

 

"O Conselho do BCE considera que as taxas de juros ainda ter�o que subir significativamente a um ritmo constante para atingir n�veis suficientemente restritivos para garantir um retorno oportuno da infla��o � meta de 2% a m�dio prazo", disse o BCE.

 

A autoridade monet�ria europeia tamb�m elevou suas proje��es de infla��o para a zona do euro e disse que o crescimento dos pre�os permaneceria acima de sua meta de 2% ao longo de um horizonte de proje��o que agora se estende at� 2025

O banco agora v� a infla��o no bloco em 6,3% no pr�ximo ano, em compara��o com as expectativas de 5,5% feitas em setembro. Sua previs�o para 2024 foi aumentada de 2,3% para 3,4% enquanto que, em sua primeira estimativa para 2025, o BCE v� a infla��o em 2,3%.

 

Ao mesmo tempo, o crescimento econ�mico sofrer� muito no pr�ximo ano como resultado da guerra na Ucr�nia, particularmente por seu impacto na eleva��o dos pre�os da energia.

 

O BCE v� agora o crescimento do PIB em 0,5% no pr�ximo ano, em compara��o com os 0,9% previstos em setembro, enquanto que em 2024, est� previsto um crescimento inalterado de 1,9%. Em 2025, o BCE prev� um crescimento de 1,8%.

 


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