Pre�os dos medicamentos deve ter reajuste entre 5,6% e 6,8% no m�s que vem. Alta � anual e deve ser anunciada nos pr�ximos dias. Energia tamb�m vai subir
A professora Terezinha Ribas diz que ter� de mudar o planejamento e cotar custos com novos aumentos nos pre�os dos f�rmacos
Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Pres
As contas devem ficar mais caras para os mineiros e o aperto no bolso j� tem data marcada. Em abril, entra em vigor em todo o pa�s o reajuste anual no pre�o dos rem�dios determinado pela C�mara de Regula��o do Mercado de Medicamentos (Cmed). Para os rem�dios a expectativa � de um reajuste entre 5,6% e 6,8%.
Diante do cen�rio, a sa�da � focar no planejamento para adequar o or�amento ao aumento das despesas. Na �rea hospitalar de Belo Horizonte, um trajeto comum entre os transeuntes � sair dos consult�rios em dire��o �s farm�cias. Quem precisa de medicamentos de uso cont�nuo j� tem separado no or�amento uma por��o para a compra dos rem�dios e, a partir de abril, precisar� separar um espa�o a mais para essa finalidade.
� o caso da aposentada Almerinda Maria de Souza, de 75 anos. “O pre�o j� aumenta todo m�s. Meu marido toma medicamento controlado e gastamos uns R$ 300 todo m�s, ent�o com o aumento fica caro. Depende muito das drogarias tamb�m, tem rem�dio que � mais barato em uma, outro que � mais barato em outra. A� fa�o esse planejamento”, conta.
O reajuste � baseado nos �ndices de infla��o acumulados do ano anterior e, embora pese no bolso dos consumidores, ser� menor a partir de abril do que em 2022. No ano passado, as cifras nas prateleiras das drogarias tiveram aumento m�dio de 10,89%. Alguns medicamentos tiveram o pre�o alterado em at� 18%.
Os rem�dios n�o s�o a �nica despesa essencial que deve pesar no bolso. O valor cobrado da energia el�trica em Minas Gerais passar� por reajuste neste ano e os consumidores j� come�am a se preparar para mudan�as de rotina.
“Nem estava sabendo desse aumento. Tudo que sobe afeta nosso or�amento, tenho que fazer meu planejamento. Muda nosso comportamento, voc� tira certas coisas do card�pio. Chega at� a ter atrito, voc� tem que discutir para gastar menos energia, para os filhos ficarem menos tempo no chuveiro”, brinca a professora Terezinha Ribas, de 63 anos.
Como economizar
A mudan�a de comportamento citada pela professora Terezinha � apontada como um ponto de partida para viabilizar o planejamento financeiro diante de um aumento de custos.
Para o economista Gelton Pinto Coelho, membro efetivo do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), aten��o a detalhes de consumo na rotina � ponto b�sico para n�o ser pego desprevenido pela subida nos pre�os.
“� importante mudar h�bitos que geram desperd�cios. Quando voc� faz uma lista de compras, por exemplo, se organiza melhor o que precisamos de fato, voc� pode ir a supermercados diferentes, comparar pre�os. Tem alguns elementos sazonais que s�o importantes de perceber. A segunda e a terceira semana do m�s s�o sempre melhores para as compras do que a primeira e a �ltima pelo per�odo do recebimento dos sal�rios. O com�rcio tende a se ajustar a esse contexto e isso afeta no pre�o”, exemplifica.
Como s�o gastos indispens�veis e, muitas vezes, fixos, o aumento no pre�o dos medicamentos pode exigir cortes em outros custos do or�amento. Ainda assim, alguns h�bitos podem ajudar a mitigar os efeitos do reajuste, como explica o economista.
“� indicado procurar medicamentos gen�ricos, que mant�m a qualidade e s�o mais baratos do que os produtos dos grandes laborat�rios. No caso por exemplo de idosos, que t�m uma depend�ncia maior de rem�dios, ou de diab�ticos e hipertensos, as farm�cias populares e os postos de sa�de costumam fornecer os medicamentos, � importante checar a disponibilidade. Como s�o rem�dios de uso cont�nuo isso afeta muito na renda se for computado todo m�s”, afirma.
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