Notas de d�lares montadas como um leque
Nos Estados Unidos, o resultado da reuni�o do Fomc (comit� que se re�ne para definir os juros) sai �s 15h00 (hor�rio de Bras�lia). A decis�o do Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) est� prevista para ser divulgada depois das 18h00.
�s 9h02 (hor�rio de Bras�lia), o d�lar � vista avan�ava 0,04%, a R$ 5,2475 na venda.
Na B3, �s 9h02 (hor�rio de Bras�lia), o contrato de d�lar futuro de primeiro vencimento subia 0,07%, a R$ 5,2595.
A Bolsa e o d�lar fecharam pr�ximos da estabilidade nesta ter�a-feira (21). Durante o dia, o mercado chegou a seguir uma tend�ncia mais positiva, seguindo o exterior. Mas novas cr�ticas do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) ao Banco Central voltaram a acender um sinal de alerta entre os investidores.
O Ibovespa fechou o dia em leve alta de 0,07%, a 100.998,13 pontos. O d�lar comercial � vista teve desempenho parecido, com avan�o de 0,09%, a R$ 5,247. A moeda chegou a atingir os R$ 5,21 na m�nima do dia.
No mercado de juros, o comportamento dos investidores foi parecido. Nos contratos para janeiro de 2024, a taxa saiu dos 12,98% do fechamento desta segunda-feira (20) para 13,02% ao ano. Para janeiro de 2025, os juros subiram de 12,08% para 12,13%. Nos contratos para janeiro de 2027, a taxa ficou praticamente est�vel, passando de 12,44% para 12,45%.
O presidente Lula voltou a pressionar o Banco Central e atacar a Selic (taxa b�sica de juros) no Brasil, afirmando que � uma "irresponsabilidade" mant�-la no patamar de 13,75%. Lula disse que vai continuar "batendo" e "tentando brigar" para que ela possa ser reduzida.
Lula tamb�m voltou a atacar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, embora n�o o tenha citado nominalmente. O chefe do Executivo afirmou que n�o pode demiti-lo, pois depende do Senado para encerrar o seu mandato. No entanto, acrescentou que ele n�o se importa com os termos previstos na legisla��o que prev� a autonomia do BC.
Outro ponto de cautela para os investidores est� nas incertezas sobre os par�metros para as novas regras fiscais. Este fator foi decisivo para a queda do Ibovespa nesta segunda-feira (20), e segundo analistas, boa parte da cautela em rela��o ao an�ncio j� foi colocada nos pre�os dos ativos locais.
O presidente Lula indicou nesta ter�a-feira que o governo n�o vai ter pressa para apresentar a nova regra fiscal, que dever� ser tornada p�blica ap�s a volta da viagem presidencial � China, de 26 a 31 de mar�o.
Lula afirmou que o pacote n�o pode ser anunciado antes dele e do ministro Fernando Haddad (Fazenda) sa�rem em viagem, sem prestarem os esclarecimentos necess�rios. No entanto, ressaltou que a proposta j� est� "madura".
A indefini��o em torno dos par�metros est� por tr�s do adiamento do an�ncio oficial. Segundo interlocutores ouvidos pela Folha, h� uma s�rie de decis�es estrat�gicas pendentes, que s�o determinantes para saber qual espa�o o governo ter� para gastar no futuro.
As a��es da Petrobras ajudaram o Ibovespa a manter a ligeira alta no fechamento. O petr�leo subia pelo segundo dia seguido, depois da cota��o cair quase 12% na semana passada. O barril do tipo Brent tinha alta de 2% �s 17h00 (hor�rio de Bras�lia). Os pap�is ordin�rios e preferenciais da estatal seguiram de perto este ritmo, fechando tamb�m com altas na casa dos 2%.
Os bancos subiram, refletindo o maior al�vio dos investidores com a situa��o do sistema financeiro internacional. Os desdobramentos da compra do Credit Suisse pelo UBS e a atua��o das autoridades para salvar bancos americanos em apuros justificam a rea��o mais positiva nesta ter�a.
Janet Yellen, secret�ria do Tesouro dos EUA, afirma que novas medidas podem ser tomadas para proteger os correntistas em caso de fuga de recursos em bancos menores. Segundo Yellen, os �ltimos movimentos das autoridades americanas mostraram um "compromisso resoluto de tomar as medidas necess�rias para garantir que as economias dos correntistas e o sistema banc�rio permane�am seguros."
At� mesmo a a��o do First Republic Bank, que at� ontem acumulava queda de 90% em mar�o, nesta ter�a recuperou parte destas perdas e subiu quase 30%. Os pap�is de grandes bancos do pa�s, como Goldman Sachs, JPMorgan, Morgan Stanley e Citigroup, avan�aram entre 2% e 3%.
Em Nova York, o �ndice Dow Jones fechou em alta de 0,98%. O S&P 500 subiu 1,30%, e o Nasdaq encerrou o dia com avan�o de 1,58%.
As bolsas na Europa tamb�m subiram. O Euro Stoxx 50 fechou em alta de 1,51%. Destaque tamb�m para o FTSE 100, da Bolsa de Londres, com alta de 1,79%, e o DAX, de Frankfurt, que avan�ou 1,75%.
Os pap�is de bancos brasileiros, que sofreram menos que seus pares internacionais na semana passada, seguem a tend�ncia de alta. Destaque para a a��o preferencial do Ita� Unibanco, que fechou em alta de 2,30%, e para a Unit do Santander Brasil, com alta de quase 2%.
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