Jean Paul Prates diz que Petrobras tenta mitigar a volatilidade dos pre�os dos combust�veis
"� mais um evento de volatilidade [sobre os pre�os]", afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista durante ap�s evento organizado pelo Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro. "Vamos acompanhar, tentando mitigar a volatilidade para manter os pre�os mais ou menos est�veis."
Em relat�rio divulgadonesta segunda, analistas do banco Goldman Sachs dizem ver pouca probabilidade, neste momento, de impactos significativos no balan�o de oferta e demanda e nos estoques de petr�leo, que s�o os principais direcionadores do mercado.
A grande preocupa��o, por�m, � com a escalada do conflito para outras regi�es, principalmente, o Ir�, um dos maiores produtores da regi�o. O pa�s vinha ampliando sua produ��o, lembram os analistas do Goldman Sachs, que estimam alta de US$ 1 por barril a cada 100 mil barris de petr�leo iraniano a menos.
"As coisas podem piorar dependendo de um maior envolvimento do Ir� que parece ter sido o principal apoiador do Hamas", diz o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). "O receio no mercado de petr�leo � o Ir� fechar o Estreito de Ormuz e, nesse caso, teremos uma crise sem precedentes.
O CBIE avalia que as cota��es internacionais do petr�leo seguir�o pressionadas durante a semana, revertendo tend�ncia de recuo observada na semana passada, que trouxe al�vio ao mercado depois que o Brent chegou a tocar os US$ 95 por barril.
A Petrobras decidiu n�o seguir a escalada do final de setembro e operou semanas com elevadas defasagens em rela��o �s cota��es internacionais. Nesta segunda, Prates afirmou que a pol�tica comercial da estatal tem condi��es de suportar cen�rios de grande volatilidade.
Ele n�o descartou, por�m, aumentos nos pre�os internos caso as cota��es do petr�leo permane�am muito tempo em elevados patamares. "Se tiver que ter ajuste, a gente vai fazer ajuste", afirmou, lembrando que gasolina e diesel vivem hoje situa��es diferentes no mercado global.
Enquanto o mercado de gasolina convive com excesso de estoques e margens comprimidas, o diesel enfrenta cortes de produ��o, estoques em queda e margens elevadas.
Na abertura do mercado desta segunda, o pre�o m�dio do diesel nas refinarias da estatal estava R$ 0,44 por litro abaixo da paridade de importa��o calculada pela Abicom (Associa��o Brasileira dos Importadores de Combust�veis). Na m�dia nacional, a diferen�a era de R$ 0,32 por litro.
J� na gasolina, praticamente n�o h� defasagem entre o pre�o m�dio praticado pela Petrobras e a paridade calculada pela Abicom. Na semana passada, o produto nacional chegou a passar dias mais caro do que os pre�os internacionais.
A Petrobras n�o mexe nos pre�os da gasolina e do diesel desde 16 de agosto. Nesse per�odo, as cota��es do petr�leo dispararam para acima dos US$ 90 e o mercado de diesel foi pressionado pelo corte das exporta��es russas, j� revisto.
Prates defendeu, por�m, que a estabilidade dos pre�os internos dos combust�veis � um sinal de que a nova pol�tica comercial da Petrobras � bem-sucedida, ao combinar componentes nacionais de custos e efici�ncias log�sticas da empresa para absorver parte da alta.
Embora n�o relevante na produ��o de petr�leo, Israel tem participa��o no mercado global de g�s natural, o que levou os pre�os futuros do combust�vel a dispararem nesta segunda, depois que o pa�s pediu � Chevron que suspendesse opera��es em um campo por raz�es de seguran�a.
Segundo o Goldman Sachs, a parada do campo de retira do mercado cerca de 1,5% da oferta global de g�s natural liquefeito, o que pode ampliar os riscos ao consumidor europeu, dependendo da dura��o do conflito.
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