O Secret�rio de Estado de Sa�de de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirmou, nesta segunda-feira (18), que a hidroxicloroquina continuar� sendo recomendada no estado apenas nos casos graves de COVID-19. Na �ltima sexta-feira (15), o Minist�rio da Sa�de divulgou uma nota informando que a droga, usada no combate � mal�ria e doen�as autoimunes, ser�, em breve, oficialmente indicada tamb�m para o tratamento de quadros leves de infec��o pelo novo coronav�rus. A decis�o contraria estudos recentes que apontam que a subst�ncia n�o � eficaz contra a doen�a , al�m de estar associada ao aumento de mortes entre os pacientes que a utilizaram.
O secret�rio, contudo, se esquivou quando questionado sobre o que pensa a respeito do cen�rio instaurado no Brasil com a sa�da de Nelson Teich do Minist�rio da Sa�de, que pediu demiss�o na �ltima sexta (15), permanecendo menos de um m�s no cargo. Citando o governador Romeu Zema (sem partido), Amaral se ateve a dizer que est� focado em seu trabalho em Minas e que pretende manter a boa rea��o com o governo federal.
Testagem
A despeito dos alertas de pesquisadores das federais de Minas e de Ouro Preto, que chamam aten��o para o perigo da flexibiliza��o do isolamento social diante do baixo �ndice de testagem do estado - 78 testes para cada 100 mil habitantes, a segunda menor taxa do Brasil - o dirigente segue firme na defesa do programa Minas Consciente. Liberado em 30 de abril �s prefeituras mineiras, o projeto coordena a retomada gradual das atividades econ�micas no estado.
Amaral reafirmou a confian�a na estrat�gia adotada pela secretaria para medir a expans�o da pandemia em Minas - calcada sobretudo, na ocupa��o de leitos de UTI. Ele refor�ou tamb�m sua avalia��o feita na �ltima quinta (14) � imprensa de que n�o � o momento de ampliar a testagem da popula��o mineira.
"Recebemos esses testes do Minist�rio da Sa�de (...) e � importante acompanharmos e preservarmos esses exames, para que n�o faltem no futuro. Nos parece que seja precoce, neste momento, testarmos demasiadamente a sociedade, de forma que n�o haja impacto t�o grande nas mudan�as de conduta que estamos tendo", defendeu.
Dados removidos
H� cinco dias, o boletim da SES-MG optou por parar de divulgar o total de casos suspeitos, o que dificulta para a imprensa e para a popula��o, em geral, acompanhar quantas notifica��es s�o efetivamente testadas. Na �ltima quarta (13), o �ndice de testagem era pr�ximo de 11% das notifica��es. Questionada pelo Estado de Minas, a SES-MG nega que a aus�ncia dessa informa��o fira qualquer princ�pio de transpar�ncia. O �rg�o alega que retirou o indicador do informe epidemiol�gico porque ele "n�o preenche, em sua integralidade, crit�rio para investiga��o laboratorial".
A SES-MG esclareceu ainda que quais s�o os grupos testados em Minas. S�o eles:
- amostras provenientes de unidades sentinelas com s�ndrome gripal ou com s�ndrome respirat�ria grave;
- todos os casos de s�ndrome respirat�ria aguda grave hospitalizados;
- todos os �bitos suspeitos
- profissionais de sa�de e de seguran�a p�blica sintom�ticos
- De uma forma amostral, p�blicos de unidades fechadas em situa��o de surto, como asilos e hospitais.
