
Em julgamento realizado nesta quinta-feira (26/11), o seguran�a Paulo Henrique Pardin de Oliveira foi condenado a 11 anos de pris�o pela morte do fisiculturista Allan Guimar�es Pontelo, de 25 anos. O homic�dio ocorreu em 2017 numa casa de shows no bairro Olhos D'�gua, na Regi�o Oeste da capital. A senten�a foi aplicada pela ju�za Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG).
Paulo Henrique foi acusado de participa��o no crime de assissinato com o emprego de asfixia, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da v�tima. A den�ncia apontou que o r�u estava armado, com for�a de reserva, ao lado de outros dois seguran�as que trabalhavam no local. Os dois colegas de Paulo Henrique foram condenados 16 anos e seis meses de reclus�o em regime fechado por participa��o no crime.
Na �poca do crime, o laudo feito pela Pol�cia Civil apontou como causa da morte “asfixia mec�nica por constri��o extr�nseca do pesco�o”. O corpo da v�tima contava com v�rias les�es.
De acordo com o processo, Paulo Henrique teria participado da abordagem da v�tima e, durante as agress�es, teria impedido que outras pessoas se aproximassem dela para socorr�-la, ou seja, garantindo que ningu�m presenciasse os fatos.
Segundo a den�ncia, os seguran�as da boate tinham como h�bito a realiza��o de abordagens truculentas e violentas a pessoas que frequentavam a casa de show. No momento em que encontravam drogas, liberavam os clientes sem que o fato fosse levado ao conhecimento das autoridades competentes. Ao se recusar a passar pelo procedimento, Allan foi espancado violentamente, com socos e chutes, imobilizado e estrangulado at� a morte.
Umas das testemunhas, amigo da v�tima, contou � Justi�a que presenciou Allan saindo com os dois seguran�as do banheiro. Os dois funcion�rios afirmaram no momento que o cliente “havia feito coisa errada” e mostraram um envelope pequeno com alguns comprimidos.
Ele tamb�m contou que a v�tima usava drogas sint�ticas nessas festas e, naquela noite, tinha lhe fornecido metade de um comprimido. A testemunha tamb�m afirmou que o fisiculturista foi conduzido para uma �rea restrita onde ele n�o p�de entrar e, cerca de uma hora depois, foi informado de que ele estava sem vida em uma ambul�ncia na parte de fora da casa de show. Antes de ser asfixiado, a v�tima teria levado chutes e v�rios socos.