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Estado de Minas JUSTI�A

Pai de fisiculturista morto em BH espalha outdoors �s v�speras de novo j�ri

Julgamento dos dois suspeitos de envolvimento na morte de Allan Pontelo est� marcado para 6 de dezembro


25/11/2021 15:16 - atualizado 25/11/2021 15:50

Outdoor com os dizeres: 'Fisiculturista morto. Assassinado por segurança na boate Hangar em 2017. Clamamos por justiça. Julgamento 06/12/2021. Policial ou segurança privada???'
Outdoor, em Contagem, pedindo justi�a pela morte do fisiculturista (foto: D�nio Pontelo/Arquivo pessoal)
Quatro anos depois, ser�o julgadas mais duas pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do fisiculturista Allan Guimar�es Pontelo, de 25 anos, espancado dentro da antiga boate Hangar 667, no Bairro Olhos D’�gua, Regi�o Oeste de Belo Horizonte. O j�ri est� marcado para 6 de dezembro, no F�rum Lafayette, Regi�o Centro-Sul da capital. 

 

 


Para lembrar o caso e pedir por justi�a, o pai do jovem voltou a espalhar outdoors em Contagem, na Regi�o Metropolitana de BH, onde a fam�lia vive.

De acordo com a assessoria de comunica��o do F�rum, v�o a j�ri popular Fabiano de Ara�jo Leite e Delmil Ara�jo Dutra. Eles devem se sentar no banco dos r�us �s 8h40, no 1º Tribunal do J�ri, por homic�dio qualificado por motivo torpe, com emprego de tortura e mediante recurso que dificultou a defesa da v�tima.

Allan foi assassinado em 2 de setembro de 2017. Segundo a den�ncia apresentada pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), os denunciados, agindo intencionalmente, mataram o fisiculturista por asfixia.

O jovem havia seguido at� o banheiro da boate e l� foi abordado pelos seguran�as Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal, que o levaram contra sua vontade para uma �rea restrita onde ele passou por uma revista � procura de drogas. Como Allan resistiu, a dupla passou a espancar a v�tima violentamente, com empurr�es, socos e chutes, imobilizando-a e a estrangulando at� a morte. O laudo de necr�psia apontou como causa da morte “asfixia mec�nica por constri��o extr�nseca do pesco�o”.

No relato do juiz que aceitou a den�ncia contra os acusados, consta que a dupla de seguran�as agiu com o apoio de Paulo Henrique Pardim de Oliveira e Fabiano de Ara�jo Leite (que seria policial militar), que asseguraram a continuidade da agress�o e impediram que terceiros se aproximassem para socorrer a v�tima. Os dois estariam a servi�o de retirar dinheiro dos caixas da boate.

Al�m dos quatro, tamb�m foi denunciado Delmir Ara�jo Dutra, que seria coordenador da seguran�a. Relatos da pol�cia que foram anexados ao processo d�o conta de que ele chegou ao local das agress�es junto com os socorristas. Mas, na �poca, foi dito que a conduta dele precisava ser melhor explicitada ao longo da instru��o do processo.

Em agosto do ano passado, William e Carlos Felipe foram condenados a 16 anos de pris�o, em primeira inst�ncia. Meses depois, em novembro, foi a j�ri Paulo Henrique, que pegou 11 anos de reclus�o pelo crime.

“Que sirva de exemplo para que policiais n�o fiquem trabalhando nessas casas noturnas, pegando bico. Trazer meu filho de volta n�o vai n�o, mas, que pelo menos, sirva de exemplo”, diz D�nio Pontelo, pai de Allan. “Dia 24 de dezembro era anivers�rio dele, � complicado”, lembra, comovido.

Outdoors e manifesta��o


Assim como fez em anos anteriores desde a morte do filho, ele solicitou a coloca��o de tr�s outdoors em Contagem sobre o caso. “Policial ou seguran�a privada?”, questiona o texto que aparece nas instala��es. Ainda segundo D�nio, ele pretende organizar uma manifesta��o na porta do F�rum no dia do j�ri de Fabiano e Delmir.

O advogado �rcio Quaresma, que representa Delmir Ara�jo, disse que a defesa vai negar a autoria dele no crime. Segundo ele, uma das principais testemunhas � o delegado que investigou o caso. “Ele disse no relat�rio, e no julgamento do caso do William (que tamb�m era cliente de Quaresma) que Delmir n�o tem absolutamente nada a ver com isso”, enfatiza o defensor. 

J� Alexandre Marques de Miranda, advogado de Fabiano de Ara�jo Leite, contesta a alega��o do MPMG de que seu cliente estaria trabalhando como seguran�a da boate, no dia do crime. Mas confirma que o r�u � policial militar. 

“Em nenhum momento o Fabiano estava fazendo seguran�a de qualquer pessoa. Ele era um cliente da casa naquele dia, estava l� como uma pessoa comum”, afirma Miranda, que tamb�m � presidente da Comiss�o de Direito Militar da OAB-MG. 

Segundo o defensor, Fabiano n�o presenciou nenhuma conduta que pudesse indicar a circunst�ncia que acabou culminando com o falecimento do fisiculturista. 

“A �nica coisa que foi vista foram os seguran�as conduzindo o Allan. Houve sim uma contenda entre eles, mas nada que fosse nem de longe imaginar que ele pudesse morrer. Ele n�o teve qualquer participa��o em circunst�ncias que pudessem culminar com a morte do Allan. Inclusive ele n�o presenciou nada que indicasse que isso fosse acontecer”, completou. 

O assistente de acusa��o e advogado da fam�lia do fisiculturista, Geraldo Magela de Carvalho Lima, espera que os respons�veis pelo crime sejam punidos. 

“A expectativa � de que aconte�a do mesmo modo que ocorreu nos outros j�ris. Quem tiver responsabilidade que seja responsabilizado por isso, para acabar este cap�tulo ruim na vida da fam�lia.” 

Ele conta que � um momento dif�cil para os pais do jovem, que est�o revivendo o fato novamente. 

“Em dezembro agora � o anivers�rio dele (Allan), dia 24. O julgamento foi muito pr�ximo, ent�o, n�o deixa de ficar aquele sentimento de ang�stia, saudade. Mas, o que a fam�lia pede � s� justi�a mesmo, a puni��o dos respons�veis, para saber que, pelo menos, houve justi�a no caso concreto.”
 
*Estagi�ria sob supervis�o da editorassistente Vera Schmitz 


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