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Estado de Minas SALVO DA SUJEIRA

Fot�grafo resgata na Lagoa da Pampulha p�ssaro preso em polui��o

Bem-te-vi n�o conseguiu voar devido � grossa camada de sujeira que cobre o espelho d'�gua. Sujeira no cart�o-postal de BH aumentou devido �s chuvas


05/01/2022 06:00 - atualizado 05/01/2022 08:09

sequência de fotos mostra pássaro sobre a água verde escura e poluída da Lagoa da Pampulha tenta voar na manhã desta terça-feira (4/1)
Sequ�ncia de fotos mostram dificuldade do p�ssaro para tentar fugir da sujeira na Pampulha (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O fot�grafo do Estado de Minas Leandro Couri flagrou na manh� dessa ter�a-feira (4/1) um bem-te-vi preso na grossa camada de polui��o que encobre a Lagoa da Pampulha e conseguiu resgatar a ave, que quase se afogou. Chuvas aumentaram o n�mero de lixo despejado na Pampulha, o que agravou processo conhecido como eutrofiza��o, associado ao excesso de nutrientes na �gua origin�rios do lan�amento de esgoto.

Confira o relato do resgate

“Ver a natureza � deriva nas �guas polu�das da Lagoa da Pampulha me emocionou e at� fez com que eu largasse meus equipamentos para salvar este Bem-te-vi que lutava para sobreviver no espelho d’�gua na manh� dessa ter�a-feira.

Ele e outro p�ssaro revoavam um trecho pr�ximo � Igrejinha. Mas ao tocar o espelho d'�gua, esse bem-te-vi foi sugado pelo denso creme verde de sujeira intensa e mau cheirosa que cobre as �guas da Pampulha nesta �poca do ano.

Como ele ainda estava longe para ser resgatado, fotografei a sequ�ncia de sua luta para tentar vencer a grossa polui��o que o prendeu ap�s o pouso. Ao se aproximar da margem, estendi um galho de �rvore que estava no ch�o para tentar ajud�-lo. De in�cio, ele relutou em subir, mas ap�s muito esfor�o, consegui resgatar a ave e deix�-la na grama da lagoa.

pássaro sobre a água verde escura e poluída da Lagoa da Pampulha tenta voar na manhã desta terça-feira (4/1)
Ave ficou presa na sujeira que encobre a Lagoa da Pampulha e quase se afogou (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Salvo, mas ainda exausto da luta contra o tapete verde de polui��o que quase o fez se afogar, o p�ssaro ficou ali, quieto, com um ar de assustado, enquanto eu tentava limpar a sujeira que grudou na barra das minhas cal�as.

Por ora, estamos bem. Sei que o ato foi m�nimo, mas ainda bem que o vi.”


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