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Estado de Minas ATEN��O

COVID-19: maioria dos internados em MG n�o se vacinou ou tomou s� a 1� dose

Grupo representa quase 86% dos pacientes em leitos p�blicos de enfermaria e 80% dos que est�o nas UTIs em Minas, aponta a SES


20/01/2022 06:00 - atualizado 20/01/2022 14:21

UTI COVID da Santa Casa
Leito de UTI COVID-19 na Santa Casa, durante o pico da doen�a em 2020: institui��o constata que o tempo de interna��o tem sido menor atualmente (foto: Douglas Magno/AFP - 1�/6/20)
A acelera��o dos casos de COVID-19 tem preocupado e lotado vagas destinadas a pacientes com quadros respirat�rios nos hospitais. Autoridades, especialistas e os dados mais recentes mostram que a maior parte dos internados n�o completou o esquema vacinal ou s�o pessoas acima de 75 anos, ou ainda, t�m muitas comorbidades associadas.

N�meros referentes �s interna��es por COVID-19 em Unidades de Terapia Intensiva e leitos cl�nicos da rede do SUS compilados pela Secretaria de Estado de Sa�de ontem confirmam o peso da vacina��o para evitar casos graves: 80% dos internados em UTI s�o n�o vacinados ou tomaram apenas uma dose de imunizante, mesmo perfil de 85,8% dos que est�o recebendo atendimento em enfermarias.

De acordo com os dados, extra�dos ontem do Sivep-Gripe, que concentra informa��es enviadas pelos munic�pios, dos 437 pacientes internados em leitos SUS de UTI COVID-19, 324 (74,14%) n�o foram vacinados, 26 (5,97%) tomaram somente uma dose de imunizante  e 87 (19,9%) receberam duas inje��es ou dose �nica (Janssen) . Nos leitos de enfermaria, s�o 2.236 pacientes internados, dos quais 1.750 (78,26%) n�o tomaram nenhuma dose de imunizante, 144 (6,44%) receberam apenas a primeira e 324 (14,49), duas ou a dose �nica.
 
“S�o pacientes que, na maioria, n�o est�o com a vacina��o completa. Ou ent�o est� completa, mas muitos s�o idosos ou com muitas comorbidades”, explica o m�dico infectologista Estev�o Urbano, integrante do Comit� COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, com base em suas observa��es sobre o quadro na capital mineira. A press�o nos hospitais � forte, mas o panorama � diferente do observado em outros picos da pandemia com prazos menores de interna��o e menos mortes, observa o especialista e institui��es de sa�de.
 
Est�v�o Urbano observa tamb�m que o tempo de interna��o dos infectados tem sido menor se comparado com os outros picos de contamina��o, como em mar�o e abril do ano passado e no in�cio da pandemia, entre abril e junho de 2020. “A gente tem notado que a taxa de mortalidade est� menor. A gente est� conseguindo salvar mais pessoas do que na primeira onda. Isso pode ser efeito de algum resqu�cio de vacina��o ou de um melhor tratamento que aprendemos a fazer com o tempo, mas tamb�m eventualmente porque talvez a cepa seja um pouco mais branda”, observa Urbano.
 
O m�dico refor�a que os cuidados contra a prolifera��o do coronav�rus e outros v�rus respirat�rios devem permanecer. “O que temos que fazer para evitar aumento de interna��es � reduzir a exposi��o. Isso significa n�o aglomerar e usar m�scara sempre”, enfatiza.

Na Santa Casa


Na ter�a-feira, a ocupa��o de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Santa Casa BH, no Bairro Santa Efig�nia, ultrapassou o percentual de 97% em virtude do aumento das interna��es para tratamento de casos respirat�rios graves. Ontem, a taxa s� caiu devido ao aumento de leitos que foi feito para dar conta dos pacientes com sintomas respirat�rios. A enfermaria ficou em 92% num total de 111 leitos (na ter�a eram 84) e 95% de taxa de ocupa��o no Centro de Terapia Intensiva (CTI), que disp�e de 40 vagas. A unidade informou que at� o fim do dia de ontem mais 10 vagas de enfermaria seriam disponibilizadas.
 
De acordo com a Santa Casa BH, entre esses pacientes internados, alguns testaram negativo para a COVID-19, podendo ser v�timas de outros v�rus respirat�rios, como influenza (gripe). A m�dia de idade global dos pacientes com s�ndrome respirat�ria � de 60 anos. Para as mulheres, a m�dia � de 62 e para os homens, 59. No caso dos pacientes positivos para COVID-19, a m�dia � de 60 anos entre homens e mulheres.
 
Al�m disso, o hospital informou que mais de 50% dos pacientes apresentam alguma comorbidade, como hipertens�o, diabetes, pneumopatias (asma, DPOC), doen�as vasculares, obesidade cr�nica (as mesmas que comumente apareciam nos meses anteriores).
 
O per�odo de interna��o realmente diminuiu, como apontado pelo infectologista. Nas �ltimas semanas, o paciente tem ficado no hospital, em m�dia, por quatro dias. Nos outros picos, o tempo passava de uma semana. A unidade refor�ou que os assistidos t�m se recuperado com mais facilidade. “Os tempos de interna��o e �bitos reduziram com o avan�ar da vacina��o”, informou a institui��o, em nota.
 
Questionada se os pacientes internados est�o com a vacina��o em dia, a Santa Casa BH se limitou a dizer que “n�o tem essa informa��o compilada, uma vez que ela n�o � importante para as decis�es gerenciais da institui��o, ficando reservada apenas � intera��o do m�dico com o paciente.”

Quadro na capital


Apesar de ter sido feito num cen�rio ainda n�o marcado pelo avan�o da �micron no mundo – cepa mais transmiss�vel, mas aparentemente menos fatal que as anteriores – o levantamento mais recente da Prefeitura de BH, do fim do ano passado, j� mostrava os efeitos da vacina��o para conter casos graves. Os dados apontavam que  81% dos internados com COVID-19 em hospitais da Rede SUS e Suplementar (rede particular) n�o haviam se imunizado contra a doen�a. Entre os internados vacinados, cerca de 60% haviam tomado apenas uma dose. A an�lise foi feita cruzando duas bases de dados, onde s�o registrados casos confirmados, pessoas vacinadas e interna��es. Foram considerados os dados de janeiro de 2021, quando se iniciou a vacina��o na capital, at� o final de novembro.
 
Os dados tamb�m indicavam que a efic�cia das vacinas se reflete na redu��o global do n�mero de interna��es. Considerando os meses de mar�o e abril de 2021 – per�odo mais cr�tico da pandemia – eram 8.202 internados pela doen�a. J� nos meses de setembro e outubro, eram 835 internados. � medida que faixas et�rias e grupos priorit�rios foram concluindo o esquema vacinal, as interna��es reduziram.
No per�odo entre mar�o e abril, a faixa et�ria com maior n�mero de internados era a de 60 a 69 anos, com 1.953 pacientes. J� em setembro e outubro, quando as pessoas dessa faixa et�ria j� haviam recebido a segunda dose, eram 193 internados.

Novos leitos


A Prefeitura de Belo Horizonte abriu, ontem, mais 83 leitos COVID-19 na Rede SUS-BH. Foram ampliados 75 leitos de enfermaria e outros oito de UTI destinados � doen�a. Ainda assim, a taxa de ocupa��o total, que inclui as redes SUS e Suplementar, segue no n�vel vermelho, com 74,5% e 89,1% respectivamente. A Secretaria Municipal de Sa�de refor�a que pacientes com quadros gripais, ainda sem resultado para a COVID-19, tamb�m podem estar internados nos leitos de UTI e Enfermaria dedicados � doen�a, j� que os sintomas s�o semelhantes.
 
O �ndice de transmiss�o (Rt) da COVID-19 permanece elevado, em 1,19. Ou seja, cada grupo de 100 pessoas infectadas transmitem o coronav�rus para outras 119. At� o momento, 306.248 pessoas tiveram a doen�a confirmada na capital e 7.133 morreram. H� 5.255 pacientes em acompanhamento. Os recuperados somam 293.860.

Eduardo de Menezes


A Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que administra o Hospital Eduardo de Menezes – institui��o p�blica especializada em infectologia e refer�ncia nos casos de coronav�rus – n�o informou o perfil dos pacientes internados. Ontem, a unidade chegou a registar 100% de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19, repetindo o cen�rio de ter�a-feira. A enfermaria tamb�m tem alta taxa de ocupa��o: 82%.
 

Comit� avalia situa��o em BH

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, se reuniu ontem com o Comit� de Enfrentamento � COVID-19 para avalia��o da pandemia na capital. O encontro se repetir� nos pr�ximos dias para analisar a situa��o na cidade e discutir dois temas espec�ficos: a falta de um cronograma de chegada de vacinas para o p�blico de 5 a 11 anos de idade e os crit�rios que ser�o adotados pela prefeitura para a libera��o de alvar�s para os eventos privados de carnaval. No encontro de ontem, estiveram ao lado do chefe do Executivo, o vice-prefeito Fuad Noman; o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto; e os m�dicos infectologistas Estev�o Urbano, Carlos Starling e Una� Tupinamb�s, integrantes do comit�. Um novo balan�o ser� feito na quarta-feira. Por enquanto, a prefeitura n�o prev� fechamento do com�rcio n�o-essencial. O prefeito Alexandre Kalil j� havia prorrogado o estado de calamidade p�blica at� 31 de mar�o.

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Confira respostas a 15 d�vidas mais comuns

Guia r�pido explica com o que se sabe at� agora sobre temas como risco de infec��o ap�s a vacina��o, efic�cia dos imunizantes, efeitos colaterais e o p�s-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar m�scara? Posso pegar COVID-19 mesmo ap�s receber as duas doses da vacina? Posso beber ap�s vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.

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