
Em uma das grava��es, detentos mostram fogo em colch�es dentro de uma cela. De acordo com a pol�cia, a situa��o j� foi controlada. Nos �udios, � poss�vel ouvir detentos afirmarem que os "botas", termo usado para se referir aos agentes prisionais, mandaram eles incendiarem as celas.
Ainda n�o est� esclarecido se o motim foi provocado pela paralisa��o dos profissionais de seguran�a p�blica em protesto contra o Governo de Minas. Os agentes pressionam para que o Estado se posicione sobre o n�o cumprimento com um acordo de 2019, que previa reajuste escalonado, com total de 41% at� 2021. O �ltimo seria em setembro do ano passado, mas somente 13% deste total foi efetivado.
Em consequ�ncia, os detentos est�o sem visitas de familiares nas unidades prisionais e tamb�m suspensos do banho de sol. O Estado de Minas tentou contato com a Secretaria de Estado e de Justi�a e Seguran�a P�blica de Minas (Sejusp-MG), mas n�o obteve �xito.
Ainda nesta sexta, o Minist�rio P�blico recomendou ao Departamento Penitenci�rio do Estado e ao Sindicato dos Policiais Penais (Sindppen-MG), a ado��o imediata das provid�ncias necess�rias para a retomada dos servi�os nos pres�dios mineiros, como entrega de correspond�ncias, banho de sol, escoltas, atendimento a advogados e visitas. O �rg�o tamb�m recomendou "o fim das a��es abusivas decorrentes da greve j� reconhecida como ilegal pelo Tribunal de Justi�a de Minas Gerais". Conforme a Promotora de Justi�a, Cl�udia do Amaral, as a��es devem ser tomadas no prazo de 24 horas.
Um �udio que tamb�m circula em grupos de mensagens dos agentes de seguran�a, supostamente gravado por um representante de um sindicato, alerta os servidores em manifesta��o para manterem o foco no protesto e deixarem de lado o posicionamento da justi�a.
"Se o sindicato for multado, que seja penhorado, vendemos carros, colheres. � um CNPJ. Vamos focar no que interessa e manter a tropa firme pois a vit�ria est� pr�xima".
Nessa quinta-feira (24), o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais acatou a��o civil p�blica proposta pelo Estado em desfavor do Sindicato dos Policiais Penais e determinou o fim da paralisa��o dos servidores que atuam diretamente na seguran�a p�blica em Minas.
Em caso de descumprimento, haver� multa di�ria de R$ 100 mil limitada a R$ 10 milh�es. Ainda de acordo com a relatora, desembargadora Albergaria Costa, est� agendado para as 14h30 do dia 3 de mar�o a realiza��o de uma audi�ncia de concilia��o.
Em resposta, o governo de Minas Gerais anunciou ontem que vai reajustar em 10,06% os sal�rios de todas as categorias do funcionalismo p�blico. O �ndice corresponde � recomposi��o das perdas que a infla��o causou nos vencimentos dos servidores. O aumento � geral e ser� dado a partir de maio. O governador Romeu Zema (Novo) prometeu, ainda, enviar outro projeto � Assembleia para ampliar o abono fardamento pago aos agentes.
Lideran�as e sindicatos ligados �s for�as de seguran�a mantiveram nesta sexta o movimento de paralisa��o com um grande protesto na Cidade Administrativa. O �ndice de recomposi��o salarial foi considerado baixo pela categoria.