Belo-horizontinos usam m�scara nas ruas, apesar de n�o ser mais obrigat�rio
A partir desta sexta-feira (4/3), uso de m�scaras em ambientes abertos n�o � mais obrigat�rio na capital mineira; nas ruas, muita gente segue de m�scara
Ana Paula Aguiar caminha de m�scara na Pra�a Sete, Regi�o Central de BH (foto: Gladyston Rodrigues/D.A Press/E.M)
“N�o me sinto segura'', lamentou a cabeleireira, Ana Paula Aguiar, de 44 anos, enquanto ajeitava a m�scara em seu rosto. A partir desta sexta-feira (4/3), o uso de m�scaras em ambientes abertos n�o � mais obrigat�rio em Belo Horizonte.
Na agitada Pra�a Sete, regi�o central da capital, no entanto, muitas pessoas seguiam de m�scara na manh� de hoje. Ao lembrar dos meses em quarentena, no in�cio de 2020, Ana Paula se entristece. “Foi t�o dolorido, t�o sofrido. N�s ficamos de porta fechada, sem trabalhar mesmo, por isso n�o confio em andar sem m�scara”.
No primeiro dia do decreto, maioria segue de m�scara na movimentada Pra�a Sete (foto: Gladyston Rodrigues/D.A Press/E.M)
Liberdade conquistada
Para dispensar a obrigatoriedade do uso de m�scara em ambientes abertos, a PBH considerou uma s�rie de fatores, entre eles a redu��o da taxa de transmiss�o da COVID-19 em Belo Horizonte - al�m da redu��o dos casos que exigem interna��es hospitalares e do �ndice de 83% da popula��o completamente imunizada.
Tami� Gon�alves afirma estar sem m�scara por se tratar de um ambiente aberto e defende o uso do acess�rio em locais fechados (foto: Gladyston Rodrigues/D.A Press/E.M)
A nova medida � fruto de mais de dois anos de trabalho dos profissionais de sa�de, da ci�ncia, �rg�os p�blicos e da pr�pria popula��o que, em sua maioria, cumpriu os protocolos de seguran�a necess�rios.
“A flexibiliza��o contribui para retomarmos, com cautela, o senso de liberdade. J� se passou muito tempo de pandemia”, comentou Tami� Gon�alves, de 24 anos.
Para a jovem, por�m, o decreto n�o justifica o abandono dos protocolos sanit�rios. “N�o podemos perder as medidas de preven��o que j� foram constru�das at� aqui”, reiterou.
Sentada na Pra�a da Liberdade, ao ar livre, Tami� n�o usava m�scara. “Estou sentada sozinha, em ambiente aberto. Mas me preocupa aglomera��es sem uso de m�scara”.
J� Lilian Cristina Felix Lopes, de 39 anos, comenta que se sente segura para retirar a m�scara em ambientes abertos. Mas "acha cedo ainda". Auxiliar de servi�os gerais, a m�scara � sinal de seguran�a em ambientes fechados, como o pr�dio em que trabalha no Bairro Sagrada Fam�lia, na parte Leste da capital.
Lilian Lopes se sente segura para andar sem m�scara, mas acha que ainda � cedo (foto: Gladyston Rodrigues/D.A Press/E.M)
Flexibiliza��o � consequ�ncia do avan�o da vacina��o
No Pa�s, o avan�o da vacina��o tem contribu�do significativamente para a redu��o dos casos de COVID-19. Na luta contra a pandemia, a imuniza��o � pe�a-chave para a retomada da normalidade.
Na Pra�a da Liberdade, mesmo ao ar livre, Matheus Pereira segue de m�scara (foto: Gladyston Rodrigues/D.A Press/E.M)
Em Belo Horizonte, mais de 80% da popula��o recebeu duas doses ou a dose �nica da vacina. Quanto � dose de refor�o, ou terceira dose, 42% da popula��o j� completou o ciclo vacinal. Os dados foram publicados pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), nesta quinta-feira (3/3).
Para Matheus Pereira, de 19 anos, a vacina trouxe um suspiro de al�vio para a fam�lia. Apesar de estar de m�scara em ambiente aberto, o jovem acredita que j� era hora de flexibilizar a obrigatoriedade do acess�rio.
“Me preocupava no in�cio, por ter pessoas idosas em casa, mas agora n�o mais. Todas est�o vacinadas”, afirmou, orgulhoso. Matheus acredita, por�m, que o uso da m�scara em ambientes fechados deve ser mantido.
M�rcio Ant�nio Silva, de 68 anos, � morador do bairro Sagrada Fam�lia (foto: Gladyston Rodrigues/D.A Press/E.M)
M�rcio Ant�nio Silva, de 68, � morador do Bairro Sagrada Fam�lia, e tamb�m afirma que s� se sente tranquilo por conta da vacina. Na rua, se permite baixar um pouco a m�scara para respirar, mas n�o tira a m�scara do rosto.
"Concordo com a flexibiliza��o, mas com responsabilidade. Me vacinei, fico mais tranquilo, por�m, s� fico sem m�scara em casa", enfatiza.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.
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