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Estado de Minas FLEXIBILIZA��O

Popula��o de BH respira aliviada sem m�scaras, mas m�dicos pedem aten��o

Decreto que dispensa uso da prote��o facial em ambientes fechados � comemorado pela popula��o; especialistas lembram lacuna na vacina��o infantil


27/04/2022 18:51 - atualizado 27/04/2022 19:40

Moradores da Região Metropolitana de BH esperam ônibus em terminal do Move, no Centro da capital.
Apesar da libera��o das m�scaras em espa�os fechados, uso no interior dos �nibus continua valendo (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 27/4/22)
Ao longo de mais de dois anos de pandemia, as m�scaras foram equipamentos essenciais no esfor�o de diminuir a dissemina��o do coronav�rus e tamb�m um s�mbolo da presen�a da COVID-19 na vida cotidiana. O an�ncio de que elas deixam de ser obrigat�rias tamb�m em locais fechados de Belo Horizonte a partir desta quinta-feira (28/4) foi recebido pela popula��o com al�vio - sinal de que o momento mais cr�tico foi, de vez, deixado para tr�s. Apesar do avan�o, especialistas fazem ressalvas a respeito da libera��o e pedem cautela.



Com os n�meros da pandemia controlados, muitos moradores da capital esperavam ansiosamente o an�ncio de que as m�scaras seriam liberadas de forma mais ampla. � o caso da estudante Ester Souza, de 17 anos, que v� na medida um sinal de que a doen�a est� controlada. "Vai ser um al�vio, depois de dois anos em que muita coisa aconteceu, porque a doen�a chegou do nada e deixou todo mundo com medo. Agora, estamos mais leves, mais tranquilos e vacinados", diz.

A an�lise dos especialistas sobre a desobriga��o, no entanto, � reticente. Para o m�dico e presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Est�v�o Urbano, tirar a m�scara, neste momento, � uma decis�o compreens�vel, embora demande cuidados.

"� muito importante manter m�scara no transporte p�blico e nos hospitais. E, principalmente, [nos rostos dos] grupos de maior risco, [como] idosos e gestantes. O ideal, talvez, seja manter as m�scaras. � muito c�clico: pa�ses que tiraram de forma r�pida tiveram um rebote", afirma o especialista, que comp�s o comit� montado pela prefeitura para monitorar o avan�o da infec��o na capital.

Em Belo Horizonte, a libera��o das m�scaras em ambientes fechados est� atrelada ao avan�o da vacina��o infantil. Rec�m-empossados, o prefeito Fuad Noman (PSD) e a secret�ria de Sa�de, Cl�udia Navarro, fizeram apelos aos pais para acelerar a imuniza��o. Dados de ontem apontam que apenas 35,9% dos jovens entre 5 e 11 anos receberam a segunda inje��o - entre os maiores de 12 anos, o refor�o foi aplicado em 65,4%. Embora reconhe�a que a cidade ainda n�o atingiu o "n�vel ideal" de cobertura vacinal, Cl�udia garante que houve consider�vel avan�o.

"Em 17 de mar�o, 13,3% das crian�as haviam tomado a segunda dose", lembrou, durante entrevista coletiva, em compara��o aos quase 36% atuais. "Um dos motivos � exatamente essa tentativa de conscientiza��o dos pais, dos respons�veis, sobre a vacina��o da crian�a".



Na vis�o de Una� Tupinamb�s, infectologista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a necessidade de expandir a imuniza��o � uma das lacunas que precisam de preenchimento.

"Ainda temos a popula��o com a terceira dose aqu�m do ideal e estamos atravessando o outono-inverno. Temos que levar em considera��o o que acontece na Europa, na �sia e nos EUA, onde est� tendo aumento de casos", pontua. Embora n�o creia em subida vertiginosa dos n�meros, como visto no in�cio de 2021, Una� pede aten��o redobrada. "Temos que tomar cuidado, porque h� um aumento de casos ao redor do mundo".

Una� diz que esperaria mais um tempo para definir pela retirada das m�scaras. Apesar disso, considera positiva a decis�o de manter o uso do aparato para circula��o em hospitais e embarque no transporte coletivo.

No Rio de Janeiro, as prote��es faciais em locais foram desobrigadas no m�s passado. Como mostrou o Estado de Minas, a decis�o veio a reboque de campanha de imuniza��o nas escolas.

Para Cl�udia Helena, 45, gerente de loja em BH, a decis�o da prefeitura veio em momento adequado. "Os �ndices da pandemia j� est�o bem baixos e a expectativa era poder tirar a m�scara. A vacina tamb�m ajudou muito. Foi em uma hora certa".

Entenda as exce��es


Embora j� fa�am planos para abrir os sorrisos em estabelecimentos, pr�dios comerciais, filas banc�rias e outros ambientes fechados, os belo-horizontinos sabem que, em determinados locais, precisam se manter em alerta. Cidad�os ouvidos pela reportagem garantem que v�o continuar com os rostos cobertos em casas de sa�de e durante os trajetos de �nibus.

"Enquanto precisar,vamos usar. O �nibus � um lugar fechado e com n�mero grande de gente entrando e saindo. �s vezes, dentro do �nibus, os passageiros est�o ignorando a m�scara. As empresas t�m que colocar os avisos", pede.

Cl�udia Helena cr� que o uso de m�scaras por todos os frequentadores dos hospitais ser� essencial para impedir, tamb�m, a dissemina��o de outros v�rus, como o da gripe.

"A m�scara n�o vai ser uma coisa assustadora de ver outra pessoa usando", assinala.

Una� Tupinamb�s, por sua vez, defende a extens�o da restri��o a outros espa�os privados. "Em supermercados, drogarias e sacol�es, por serem fechados, seria interessante a gente manter o uso de m�scaras", exemplifica.

Os terminais de embarque para viagens situados em Belo Horizonte v�o seguir diretrizes distintas. Enquanto a rodovi�ria vai se adequar � flexibiliza��o municipal e permitir a circula��o de pessoas "desmascaradas", no Aeroporto Internacional de BH, s� � poss�vel andar descoberto pelo sagu�o. Nas �reas de embarque e durante os voos, o uso de m�scara segue obrigat�rio.

 

A gerente de loja Cláudia Helena exibe a máscara no rosto
Cl�udia Helena garante que vai continuar usando m�scara no transporte p�blico (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 27/4/22)
 

Estabelecimentos podem pedir o uso de m�scaras?


A partir de amanh�, com a edi��o do decreto liberando as m�scaras, uma pergunta pode ganhar corpo: estabelecimentos t�m a prerrogativa de pedir aos clientes que cubram os rostos, sob pena de pedir a sa�da deles do ambiente? Marcelo Mantuano, advogado especialista em direito empresarial, diz que sim, porque espa�os comerciais podem ter regras pr�prias que, nem sempre, s�o leis.

"N�o existe nenhuma lei que obrigue as pessoas a usar camisa, mas existem locais que impedem a entrada de pessoas sem camisa, por exemplo", explica. "O que n�o poderia � o oposto: liberar as m�scaras quando elas eram obrigat�rias pela lei do munic�pio", emenda.

 

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