
Na manh� de hoje, as procuradoras da Rep�blica Mirian Moreira Lima, Aldirla Pereira de Alburquerque, Juliana de Azevedo Santa Rosa C�mara, Henrique Martins de Menezes, e os assistentes de acusa��o Roberto Tardelli e Aline de Carvalho Giacomoni, apresentaram aos jurados fotos das v�timas e registros de liga��es telef�nicas, que constam nos autos do processo, para pedir a Ant�rio M�nica.
A procuradora da Rep�blica Gustavo Torres destacou a frieza dos r�us ao mandarem matar fiscais que apenas estavam fazendo seu trabalho. “As mortes de Erat�stenes, Jo�o e Ailton foram vistas como mero efeito colateral diante da impossibilidade de chegar at� Nelson, visto que o mandante ainda dobrou a recompensa”, afirmou. Ela destacou, ainda, que a estrutura desse tipo de crime � blindada para encobrir os mandantes.
O procurador da Rep�blica Henrique Martins de Menezes avalia que Ant�rio seria o mais interessado na morte dos fiscais. Ele sustenta que um ve�culo igual ao da mulher do r�u foi visto no local onde estavam os executores dos assassinatos e os intermedi�rios do crime. “N�o h� mais como negar a presen�a desse Marea”, destaca. O assistente de acusa��o Roberto Tardelli apresentou registros de liga��es telef�nicas envolvendo o r�u. “Ant�rio � o topo da pir�mide. Estamos falando daquele que est� atr�s da cortina”, disse.
A defesa do fazendeiro, representada pelo advogado Marcelo Leonardo, destrinchou as provas apresentadas pelo Minist�rio P�blico (MP) na tentativa de desqualificar a principal prova da acusa��o: a presen�a de Ant�rio M�nica na reuni�o que culminou na senten�a de morte dos fiscais, em 2004. “Ele caiu de paraquedas no local. Depois de morto Chico Pinheiro foi invocado para colocar o Ant�rio na cena. Isso s� aconteceu quando os executores fecharam acordo com o MP para reduzir suas penas”, afirmou.
Ele ainda atribuiu a demora do processo ao Minist�rio P�blico. “Eles n�o quiseram que ele fosse julgado antes dos pistoleiros. Quem � respons�vel pela impunidade n�o � a defesa, � o MP que deixou os verdadeiros autores desse crime dormirem em casa”, disse. O advogado tamb�m destaca que n�o h� registro de amea�a de Ant�rio ao fiscal do trabalho. “Nelson nunca disse que Ant�rio o amea�ou”, pontuou.
O advogado de defesa questiona o fato de os promotores terem descartado o depoimento do ex-delegado Ant�nio Celso Santos, que n�o ratificou o envolvimento de Ant�rio como mandante do crime. “O trabalho dele s� serve para condenar outros. Todo trabalho foi usado e aplaudido pelo MP na condena��o dos executores e intermedi�rios do crime. Agora o trabalho dele n�o serve mais”, destaca.