
Ap�s tr�s meses de investiga��o, a Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu a investiga��o do caso de contamina��o de petiscos que causou a morte de mais de 50 c�es em todo o pa�s durante este ano. Ao todos, quatro pessoas da Tecno Clean Industrial, empresa de Contagem, foram indiciados.
Segundo a Pol�cia Civil, a Tecno Clean comprava os elementos monoetilenoglicol, subst�ncia t�xica a humanos e animais, e propilenoglicol, qu�mico que pode ser usado em produtos para consumo de pets, da empresa A&D Qu�mica, de Aruj�-SP.
Uma identifica��o incorreta de r�tulos gerou o enviou do produto que poderia ser usado apenas no ramo industrial para a produ��o de petiscos.
celular apreendido h� conversas entre o funcion�rio da A&D e da Tecno Clean em que a A&D deixa claro que o produto vendido poderia ser apenas usado no ramo industrial.
Em entrevista coletiva, a delegada Dan�bia Soares, respons�vel pelo inqu�rito, explicou que no “Dessa forma, independente de ser uma pr�tica comum entre as empresas (a troca de r�tulos) a Pol�cia Civil entendeu que a Tecno Clean assumiu o risco do resultado, quando possivelmente trocou os r�tulos”.
A delegada ainda explicou que a interdi��o e a suspens�o das atividades da Tecnoclean n�o competem � Pol�cia Civil e, sim, ao Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa).
Ela deixou claro que a Pol�cia Civil apura somente a quest�o criminal dos acontecimentos.
Os quatro funcion�rios da Tecno Clean foram indiciados por falsifica��o na produ��o de petiscos. Segundo a delegada, se comprovado o dolo ou a culpa dos indiciados, eles podem pegar de 10 anos a 15 anos de cadeia.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Tecno Clean e com a A&D Qu�mica, mas ainda n�o obteve resposta.
Rotulagem incorreta
No final de novembro, o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) divulgou que a contamina��o dos petiscos aconteceu devido � incorreta identifica��o de lotes de monoetilenoglicol, subst�ncia t�xica a humanos e animais, como se fossem lotes de propilenoglicol, qu�mico que pode ser usado em produtos para consumo de pets.
No entanto, na �poca, a pasta n�o informou qual empresa seria a respons�vel pela troca.
“A incorre��o desta identifica��o levou ao uso de produto extremamente t�xico na fabrica��o de petiscos, em quantidades muito acima das doses que s�o consideradas fatais”, afirmou o Minist�rio.
No dia 28 de setembro, a Ag�ncia de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), que tamb�m apura o caso, afirmou que as investiga��es apontaram a exist�ncia de uma “rede de distribui��o e venda dos lotes de propilenoglicol com ind�cios de contamina��o”. Na �poca, a pasta notificou cinco empresas que tinham comprado o componente que estaria contaminado.
Ainda de acordo com a Anvisa, tamb�m foi identificado que as empresas da �rea de produtos qu�micos retiram o r�tulo original dos produtos da fabricante e colocam novas informa��es de rotulagem, com dados pr�prios. Com isso, a pasta explicou que a rastreabilidade de origem e poss�veis compradores � dificultada.
Mortes de cachorros
Em Minas Gerais, a delegada confirmou 14 mortes de c�es que comemoram os petiscos contaminados. Mas a Pol�cia Civil acredita que esse n�mero seja maior devido a casos subnotificados, j� que alguns tutores que n�o registraram formalmente a den�ncia e que somente comentaram sobre as mortes nas redes sociais.
A delegada acredita que pelo menos 50 animais morreram em todo o Brasil por causa da intoxica��o.