
Segundo dados da SES, a cobertura acumulada entre meninas, crian�as e adolescentes, entre 2014 e 2020 � de 66,12%. J� a cobertura entre os meninos, na faixa de 11 a 14 anos, entre 2017 e 2020, chegou a 54,27%. A recomenda��o atual do Minist�rio da Sa�de (MS) prev� que todos os meninos de 9 a 14 anos sejam imunizados contra HPV, a mudan�a passou a valer em setembro de 2022.
“A amplia��o da faixa et�ria para o sexo masculino d� continuidade � oferta gradativa desse imunobiol�gico, j� proposta em 2014, igualando a recomenda��o j� em curso para as meninas na faixa et�ria de 9 a 14 anos”, explica a coordenadora estadual do Programa de Imuniza��es da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Gusm�o.
Em n�mero absolutos, 4.075.582 crian�as e adolescentes receberam a primeira dose da vacina contra o Papilomav�rus Humano (HPV) no estado, enquanto a segunda dose foi aplicada em 2.385.537 do p�blico alvo. Os dados alertam para uma cobertura abaixo do preconizado pelo MS, que corresponde a 80% nos grupos aptos a receberem o imunizante.
O secret�rio de Estado de Sa�de, Fabio Baccheretti, ressalta que a vacina��o na idade certa � ideal para se proteger pela vida toda e evitar a contamina��o. “Temos vacinas sobrando nos postos porque menos da metade dos adolescentes tomaram duas doses. Vamos garantir mais uma prote��o para a sa�de das nossas crian�as e adolescentes”, alerta o secret�rio”, destaca.
HPV
Estima-se que o Brasil tenha de 9 a 10 milh�es de pessoas infectadas pelo Papilomav�rus Humano, um pat�geno que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou les�es precursoras de c�ncer, como o de colo de �tero, garganta ou �nus.
A Infec��o Sexualmente Transmiss�vel (IST) � cercada por tabus que ajudam a explicar a baixa cobertura vacinal. “A vacina induz � prote��o, n�o induz � atividade sexual. � importante que se vacinem antes de iniciar a fase de atividade sexual justamente para diminuir a circula��o dessas doen�as, assim como se vacina contra a gripe antes do inverno”, ressalta Jandira Lemos, presidente da Regional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm-MG).
A infec��o causa verrugas de tamanhos vari�veis, sendo que, nos homens, � mais comum na glande e na regi�o do �nus. Em mulheres, os sintomas mais recorrentes aparecem na vagina, na vulva, na regi�o do �nus e no colo do �tero.
A principal forma de transmiss�o desse v�rus � via sexual, mas para ocorrer o cont�gio, a pessoa infectada n�o precisa apresentar sintomas. No entanto, quando a verruga � vis�vel, o risco de transmiss�o se torna maior. O uso da camisinha durante a rela��o sexual geralmente impede a transmiss�o do v�rus, que tamb�m pode ser transmitido para o beb� durante o parto.
Atualmente, existem mais de 200 tipos conhecidos de HPV. A doen�a � conhecida como condiloma acuminado ou, popularmente, como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista.
Esquema vacinal
O esquema vacinal contra a HPV compreende a aplica��o de duas doses em um intervalo de seis meses. A crian�a pode receber a segunda dose mesmo depois de completar 15 anos, mas � essencial que se tenha tomado a primeira at� 14 anos, 11 meses e 29 dias.
Al�m de crian�as de 9 a 14 anos, tamb�m devem ser vacinados grupos de risco com condi��es cl�nicas especiais:
- Pessoas de 9 a 45 anos de idade vivendo com HIV/Aids;
- Transplantados de �rg�o s�lidos e medula �ssea;
- Pacientes oncol�gicos.
Nesses casos devem ser administradas tr�s doses da vacina, com intervalo de 2 meses entre a primeira e a segunda dose, e 6 meses entre a primeira e a terceira dose. Para a vacina��o desses grupos, � necess�rio haver prescri��o m�dica.