
Vele lembrar que o movimento grevista estava marcado para come�ar nesta ter�a-feira, mas foi adiado diante de uma possibilidade de di�logo. Nesse sentido, representantes do sindicato e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) se reuniram nesta tarde em encontro mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG). Por�m, n�o houve concilia��o entre as partes, e um novo encontro foi marcado para as 14h30 desta quarta-feira.
Durante assembleia promovida pelo Sindimetro das 18h �s 20h, os metrovi�rios concordaram em deflagrar o movimento grevista nesta quarta, independentemente da nova rodada de negocia��es que foi agendada.
“N�s realizamos uma assembleia com uma grande participa��o dos trabalhadores, que est�o muito indignados com a posi��o da empresa de tentar fazer com que eles assumam seus postos de trabalho (...). A greve continuar� com paralisa��o total”, disse o Sindimetro por meio de sua assessoria.
Por outro lado, em nota, a CBTU informou que foram contratados 80 funcion�rios terceirizados para atender os usu�rios do transporte durante o per�odo de carnaval, que vai at� 26 de fevereiro. Ainda conforme a companhia, as contrata��es foram acordadas com o sindicato da categoria em reuni�o na �ltima sexta-feira (10/2). Na mesma ocasi�o foi definida a compensa��o de dias de greve de dezembro para os empregados que trabalharem durante o carnaval.
Categoria questiona concess�o do metr� � iniciativa privada
De acordo com o diretor da Federa��o Nacional dos Metrovi�rios, Pablo Henrique, a greve � uma forma de pressionar pela revoga��o do leil�o do metr� da capital e contra, consequentemente, a concess�o do transporte.
Mesmo com as constantes reivindica��es da categoria, o leil�o aconteceu em 22 de dezembro, quando o metr� de BH foi arrematado por R$ 25.755.111 pela empresa paulista Comporte Participa��es S/A. O edital prev� a moderniza��o da linha 1 e a cria��o de uma nova linha.
Antes do leil�o, os metrovi�rios de BH questionaram, especialmente, o pre�o fixado em R$ 19,3 milh�es pelo governo no lance inicial. "Al�m das 35 composi��es, n�s temos 19 esta��es, quatro subesta��es de energia, 29 quil�metros de leito ferrovi�rio e as edifica��es ao longo do trecho. A CBTU est� sendo oferecida a pre�o de banana", avaliou o Sindimetro na ocasi�o.
O investimento projetado, ao logo de 30 anos de concess�o, � de R$ 3,7 bilh�es. Deste montante, R$ 3,2 bilh�es v�m dos cofres p�blicos, sendo R$ 2,8 bilh�es de aporte da Uni�o e R$ 440 milh�es do estado. O restante fica a cargo da empresa vencedora da licita��o.
As tentativas para frear a concess�o do metr� da capital n�o partiram somente dos funcion�rios da CBTU, mas de outras institui��es. No in�cio de dezembro, membros do PT acionaram a Justi�a Federal para pedir a suspens�o do processo.
De acordo com o documento, a verba de R$ 2,8 bilh�es dos cofres federais criaria uma despesa futura, tendo que ser assumida pelo novo governo. O pedido aponta que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impediria medidas desta natureza nos �ltimos dois quadrimestres da gest�o de Jair Bolsonaro (PL).
Por�m, o pedido foi negado j� que, na avalia��o do juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Regi�o (TRF 1), n�o existe o "alegado desvio de finalidade em rela��o ao cr�dito especial", uma vez que o montante est� contemplado no or�amento para o pr�ximo governo.