
As manifesta��es foram registradas em v�rias cidades de Minas. Em Belo Horizonte, servidores se reuniram na Pra�a da Esta��o, no Centro da cidade, com cartazes e bal�es em homenagem a Rafaela. Depois, eles sa�ram de �nibus at� Barbacena, no Campo das Vertentes, onde �s 19h v�o participar da missa de s�timo dia da agente. O mesmo ato foi repetido em Muria�, Ub� e Montes Claros.
“� uma luta contra o ass�dio. Nosso objetivo � que a Pol�cia Civil tome provid�ncia para punir esses assediadores. N�o podemos aceitar criminosos praticando crimes contra os pr�prios policiais”, disse o diretor do Sindicato dos Escriv�es de Pol�cia do Estado de Minas Gerais (SINDEP-MG), Marcelo Horta.
Tamb�m nesta manh�, a Pol�cia Civil concedeu uma entrevista coletiva sobre o caso. A investiga��o est� sendo acompanhada de perto pela chefe da institui��o, Let�cia Gamboge, que esteve em Ant�nio Carlos, com a fam�lia de Rafaela.
Para o Delegado Alexsander Soares Diniz, chefe da Delegacia de Barbacena, a investiga��o � complicada e exige muita aten��o por parte dos agentes. “Este � um caso muito s�rio e muito triste, que marca a hist�ria da Pol�cia Civil mineira”, disse.

Relembre o caso
Rafaela Drumond, de 32 anos, foi v�tima de suic�dio. Na �ltima sexta-feira (9), ela estava na casa dos pais, em Campo das Vertentes, na regi�o do Campo das Vertentes, quando tirou a pr�pria vida.
A escriv� trabalhava em uma delegacia em Caranda�. Nos �ltimos meses, Rafaela teve mudan�as em sua personalidade, passando a ficar mais retra�da e calada. O fato chegou a incomodar os pais que, ap�s uma conversa com ela, foram informados de que ela estava estudando para um concurso de Delegada da institui��o.
Semanas atr�s, Rafaela chegou a denunciar casos de ass�dio moral e sexual dentro da delegacia em que era lotada. Imagens e �udios que circulam nas redes sociais mostram relatos da policial que, em alguns deles, detalha os ass�dios que sofria. Ela tamb�m reclamava das escalas de trabalho e da falta de folgas. “Ele ficava dando em cima de mim. Teve um povo que foi beber depois da delegacia, pessoal tinha mania disso de fazer uma carne. Ele come�ou a falar na minha cabe�a, e eu ficava com cara de deboche, n�o respondia esse grosso. De repente ele falava que pol�cia n�o � lugar de mulher. No fim das contas, ele me chamou de piranha”, disse ela em um dos �udios.
O caso � investigado pela Pol�cia Civil. Em nota, a institui��o informou que um procedimento disciplinar e um inqu�rito foram instaurados para apurar as den�ncias.