Dois ter�os dos US$ 150 bilh�es anuais de lucros gerados pelo trabalho for�ado, ou seja US$ 99 bilh�es, prov�m da explora��o sexual para fins comerciais, enquanto os restantes US$ 51 bilh�es resultam da explora��o econ�mica, incluindo o trabalho dom�stico (US$ 8 bilh�es), a agricultura (US$ 9 bilh�es) e outras atividades econ�micas (US$ 34 bilh�es), como a constru��o, as ind�strias, as minas e os servi�os de utilidade p�blica.
O trabalho for�ado implica um elemento de coa��o, ou seja, a v�tima exerce a atividade sem ter dado consentimento pr�vio e sem liberdade para deixar de faz�-la, esclarece a OIT, sediada em Genebra.
Outra conclus�o � que 44% das v�timas migraram dentro ou fora das fronteiras internacionais antes de serem submetidas ao trabalho for�ado.
Em n�meros absolutos, a regi�o �sia-Pac�fico tem o maior n�mero de trabalhadores for�ados (no setor privado e no Estado), com 11,7 milh�es de v�timas (56%).
Seguem-se a �frica (18%), a Am�rica Latina (9%), os pa�ses da Europa Central e do Sudeste e a Comunidade dos Estados Independentes, formada por ex-rep�blicas sovi�ticas (7%), os pa�ses desenvolvidos e da Uni�o Europeia (7%) e o Oriente M�dio (3%).
A OIT conclui tamb�m que foi registrado um recuo no trabalho for�ado imposto pelo Estado (autoridades p�blicas, Ex�rcito ou for�as paramilitares, participa��o compulsiva em trabalhos p�blicos e trabalhos for�ados na pris�o).
"Devemos agora focar-nos nos fatores socioecon�micos que deixam as pessoas vulner�veis ao trabalho for�ado no setor privado ", disse, em entrevista, Beate Andrees, diretora do Programa de A��o Especial da OIT para Combater o Trabalho For�ado.