
O ex-ativista de esquerda italiano Cesare Battisti, que ficou 40 anos foragido, admitiu que � respons�vel por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, al�m de ter ferido gravemente tr�s pessoas e praticado diversos roubos para autofinanciar-se, informa a imprensa italiana nesta segunda-feira, 25.
Em sua confiss�o � Justi�a Italiana, ele afirmou que mentiu sobre sua participa��o nos assassinatos e assaltos pelos quais foi condenado na It�lia para poder ser recebido por l�deres de esquerda nos v�rios pa�ses pelos quais passou, tendo enganado inclusive o ex-presidente brasileiro Lu�s In�cio Lula da Silva.
Battisti disse ao procurador Alberto Nobili, respons�vel por investigar sua fuga, que usou as declara��es de inoc�ncia para "obter apoios da extrema esquerda na Fran�a, no M�xico, no Brasil e do pr�prio Lula". "N�o tive nenhuma cobertura oculta", acrescentou.
O italiano tamb�m garantiu que n�o cometeu nenhum crime para se manter no Brasil, onde trabalhou inclusive como porteiro.
Na confiss�o, Battisti tamb�m afirmou que j� sabia que as coisas mudariam para ele com a ascens�o de Jair Bolsonaro.
A admiss�o de culpa de Battisti foi divulga pelo procurador-chefe de Mil�o, Francesco Greco, em entrevista coletiva. "Com essa admiss�o, ele esclarece muitas pol�micas, rende honras �s for�as de ordem e � magistratura de Mil�o e reconhece que atuou neste anos de maneira brutal", completou Greco.
A admiss�o de culpa de Battisti foi divulga pelo procurador-chefe de Mil�o, Francesco Greco, em entrevista coletiva. "Com essa admiss�o, ele esclarece muitas pol�micas, rende honras �s for�as de ordem e � magistratura de Mil�o e reconhece que atuou neste anos de maneira brutal", completou Greco.
Repercuss�o
Pouco depois da divulga��o da not�cia sobre o reconhecimento de Battisti, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, comentou o caso em sua conta no Twitter.Battisti, "her�i" da esquerda, que vivia col�nia de f�rias no Brasil proporcionada e apoiada pelo governo do PT e suas linhas auxiliares (PSOL, PCdoB, MST), confessou pela 1� vez participa��o em 4 assassinatos quando integrou o grupo terrorista Prolet�rios Armados pelo Comunismo.
%u2014 Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 25, 2019
"Battisti, 'her�i' da esquerda, que vivia col�nia de f�rias no Brasil proporcionada e apoiada pelo governo do PT e suas linhas auxiliares (PSOL, PCdoB, MST) confessou pela 1ª vez participa��o em 4 assassinatos", escreveu o presidente.
"Por anos denunciei a prote��o dada ao terrorista, aqui tratado como exilado pol�tico. Nas elei��es, firmei o compromisso de mand�-lo de volta � It�lia para que pagasse por seus crimes. A nova posi��o do Brasil � um recado ao mundo: n�o seremos mais o para�so de bandidos!", completou Bolsonaro em uma segunda mensagem.
Bolsonaro publicou tamb�m uma foto do italiano ladeado de parlamentares de esquerda, entre eles o petista Eduardo Suplicy (PT) e os psolistas Ivan Valente, Chico Alencar e Jos� Nery.
Foragido da Justi�a italiana por quase 40 anos, Battisti chegou ao Brasil em 2004 e viveu clandestinamente at� ser preso no Rio, em 2007. No �ltimo dia de seu segundo mandato, no entanto, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva concedeu asilo pol�tico para o italiano e impediu sua extradi��o.
O status, no entanto, foi retirado pelo presidente Michel Temer no ano passado, o que levou o italiano a deixar o Pa�s. Ele foi preso na Bol�via no in�cio deste ano e desembarcou em Roma no dia 14 de janeiro.
De acordo com o procurador antiterrorismo Alberto Nobili, Battisti, de 64 anos, afirmou que "fala (apenas) do que � respons�vel e n�o falar� (dos poss�veis crimes) de mais ningu�m".
"Guerra justa"
"Tenho no��o do mal que fiz e pe�o desculpas aos parentes (das v�timas)", disse Battisti no interrogat�rio de nove horas, destacando, no entanto, que, na ocasi�o, as escolhas lhe pareciam corretas e que se tratava de uma "guerra justa". Battisti integrava o grupo Prolet�rio Armados pelo Comunismo e foi condenado por quatro assassinatos cometidos entre 1977 e 1979.
Na It�lia, foi primeiro condenado por participa��o em bando armado e oculta��o de armas a 12 anos e 10 meses de pris�o em 1981. Mais de uma d�cada depois, em 1993, teve a pris�o perp�tua decretada pela Justi�a de Mil�o, em raz�o de quatro homic�dios hediondos. (Com ag�ncias internacionais).