China registra novos casos de COVID-19 no momento em que Europa reabre suas fronteiras

A China registrou, neste domingo (14), um aumento de casos de COVID-19, refor�ando os temores de um ressurgimento da pandemia no pa�s, no momento em que v�rios pa�ses europeus se preparam para reabrir suas fronteiras.

Segundo as autoridades chinesas, 57 novos casos confirmados de contamina��o por coronav�rus foram identificados em 24 horas, incluindo 36 em Pequim, o maior n�mero di�rio desde abril. Esta � uma not�cia preocupante para o resto do mundo, que teme uma segunda onda da pandemia, que continua a assolar a Am�rica Latina.

Gra�as a controles rigorosos, uso de m�scara e opera��es de confinamento, a epidemia estava sob controle na China, onde o novo coronav�rus apareceu no final do ano passado em Wuhan (centro).

Mas um novo foco de contamina��o foi detectado no sul de Pequim no mercado atacadista de Xinfadi, que vende carne, peixe e legumes, entre outras coisas. Uma descoberta que resultou no confinamento de 11 �reas residenciais nas proximidades.

Um homem de 56 anos, que trabalha como motorista de �nibus no aeroporto e que foi ao mercado de Xinfadi antes de adoecer, est� entre os casos relatados neste domingo.

Centenas de policiais civis e militares, muitos deles usando m�scaras e luvas, foram vistos no s�bado por jornalistas da AFP perto do mercado de Xinfadi.

Todas as pessoas que trabalham neste mercado ou que visitaram o local desde 30 de maio devem passar por um teste de triagem, assim como os moradores dos bairros vizinhos.

"As pessoas est�o assustadas", disse um vendedor de frutas e legumes � AFP em outro mercado da cidade.

Em algumas �reas de Pequim, os moradores se enclausuram em suas casas e as lojas e restaurantes estavam fechados neste domingo.

Europa reabre suas fronteiras

A preocupa��o na China ocorre no momento em que na Europa, onde a doen�a est� em forte decl�nio, Alemanha, B�lgica, Fran�a e Gr�cia restabelecem a livre circula��o na manh� de segunda-feira (15) com todos os pa�ses da Uni�o Europeia. A �ustria far� o mesmo segunda-feira � meia-noite.

Na Fran�a, o presidente Emmanuel Macron far� um discurso solene esta noite, enquanto os pedidos para acelerar o processo de desconfinamento se multiplicaram nos �ltimos dias no pa�s, onde o coronav�rus matou 29.398 pessoas, mas o n�mero de pacientes continua a diminuir.

Na It�lia, que reabriu suas fronteiras desde 3 de junho, dois novos focos de coronav�rus foram detectados nos �ltimos dias em Roma, um em um hospital e o outro em um pr�dio.

E o Ir� anunciou neste domingo mais de 100 mortes por COVID-19 em 24 horas, o que n�o acontecia em dois meses e eleva o balan�o da epidemia a 8.837 mortos no pa�s.

Com um total de 42.720 mortes registradas at� a noite de s�bado (13), o Brasil � o segundo pa�s mais afetado pela COVID-19, atr�s dos Estados Unidos (115.347 mortos em mais de dois milh�es de casos).

No total, o coronav�rus matou mais de 430.000 pessoas e infectou mais de 7,7 milh�es de pessoas no planeta, segundo balan�o compilado pela AFP de fontes oficiais.

Seu epicentro est� agora na Am�rica Latina, onde, al�m do Brasil, a situa��o est� piorando em pa�ses como M�xico e Chile, enquanto em Honduras o sistema hospitalar est� "� beira do colapso", alertou o professor Marco Tulio Medina, da Universidade Nacional.

Na �ndia, que registrou quase 9.000 mortes e mais de 300.000 casos confirmados do novo coronav�rus, os corpos se acumulam nos necrot�rios, porque as equipes dos cemit�rios e cremat�rios n�o conseguem acompanhar o ritmo de mortes.

De acordo com a imprensa indiana, muitas pessoas morrem ap�s serem recusadas nos hospitais.

Acusados de gerenciarem mal a crise da sa�de ou de agirem com atraso, os governos ocupam o banco dos r�us em quase todo o mundo.

No Chile, o ministro da Sa�de renunciou no s�bado ap�s uma semana de pol�mica sobre o aumento do n�mero de casos de coronav�rus e a metodologia de contagem.

Retorno dos turistas

Na It�lia, onde a epidemia matou mais de 34.000 pessoas, o primeiro-ministro Giuseppe Conte pediu no s�bado a prepara��o de um plano de recupera��o econ�mica "corajoso".

Enquanto isso, os turistas retornam em grande n�mero a Veneza, por ocasi�o da reabertura do Pal�cio Ducal.

"� uma emo��o muito forte, como um primeiro dia de aula", testemunhou Maria Cristina Gribaudi, presidente da Funda��o dos Museus C�vicos de Veneza.

A Gr�cia tamb�m est� "pronta para receber turistas neste ver�o" com seguran�a, assegurou o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis.

Quanto � Uni�o Europeia, ela garantiu no s�bado seu fornecimento de vacinas contra o novo coronav�rus, concluindo um acordo com o grupo farmac�utico AstraZeneca, que garante o fornecimento de 300 milh�es de doses quando uma vacina for descoberta.