
"Dadas as muta��es que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a �micron se propague pelo mundo � elevada", afirmou a organiza��o, ao mesmo tempo que destacou que at� o momento nenhuma morte foi associada � muta��o.
"Em fun��o das caracter�sticas podem existir futuros picos de covid-19, que poderiam ter consequ�ncias severas", acrescentou a OMS em um documento t�cnico, que tamb�m apresenta conselhos �s autoridades para tentar frear seu avan�o. No momento ainda persistem muitas d�vidas sobre a virul�ncia e transmissibilidade da variante.
A �micron foi identificada pela primeira vez na semana passada na �frica do Sul.
O pa�s da �frica registrou nas �ltimas semanas um r�pido aumento dos cont�gios: no domingo foram 2.800 novos casos, contra 500 da semana anterior. Quase 75% das infec��es contabilizadas nos �ltimos dias foram provocadas pela nova variante.
"Embora a �micron n�o seja clinicamente mais perigosa e que os primeiros sinais ainda n�o sejam alarmantes, provavelmente veremos um aumento de casos devido � velocidade de transmiss�o", disse o epidemiologista sul-africano Salim Abdool Karim, que prev� que o pa�s alcan�ar� 10.000 novos casos di�rios de coronav�rus at� o fim de semana.
V�rios pa�ses j� detectaram casos vinculados a esta variante, incluindo Reino Unido, Alemanha, Canad�, Holanda e Israel. E a lista aumentou nesta segunda-feira, com o an�ncio de cont�gios em Portugal, �ustria e Esc�cia.
Reuni�o do G7
Nesta segunda-feira (29/11), os ministros da Sa�de do G7 (Fran�a, Estados Unidos, Canad�, Alemanha, It�lia, Jap�o e Reino Unido) se reunir�o "para discutir a evolu��o da situa��o sobre a �micron", em um encontro organizado em car�ter de urg�ncia em Londres, que tem a presid�ncia tempor�ria do G7.
"Sabemos que estamos em uma corrida contra o tempo", disse a presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, antes de destacar que os fabricantes de vacinas precisam de "duas a tr�s semanas" para avaliar se as vacinas existentes continuam sendo eficazes contra a nova variante.
O conselheiro do governo dos Estados Unidos para a pandemia, Anthony Fauci, afirmou que continua "acreditando que as vacinas existentes devem fornecer um grau de prote��o contra casos severos de covid".
A covid-19 j� provocou 5,2 milh�es de mortes no mundo desde a detec��o na China em dezembro de 2019, segundo o balan�o estabelecido pela AFP.
O an�ncio da detec��o da nova variante provocou p�nico e em poucas horas muitos pa�ses, incluindo Estados Unidos, Indon�sia, Ar�bia Saudita e Reino Unido, adotaram restri��es aos visitantes procedentes do sul da �frica.
Estas medidas foram consideradas um "castigo" pelas autoridades sul-africanas.
"� totalmente lament�vel, infeliz e inclusive triste que at� pa�ses africanos tenham adotado restri��es de viagens", afirmou o porta-voz do minist�rio das Rela��es Exteriores, Clayson Monyela.
Na �frica, Angola, Ilhas Maur�cio, Ruanda e Seychelles interromperam os voos procedentes da �frica do Sul. O pa�s teme consequ�ncias para sua economia e, em particular, o turismo.
Nesta segunda-feira, o Jap�o anunciou o fechamento de suas fronteiras para visitantes do exterior, apenas tr�s semanas depois de flexibilizar algumas restri��es. Israel, com um caso da nova variante confirmado no pa�s, tamb�m proibiu a entrada em seu territ�rio de cidad�os estrangeiros.
E na Austr�lia, o governo suspendeu os planos de reabrir as fronteiras para determinados trabalhadores e estudantes.
"Com a variante �micron detectada em v�rias regi�es do mundo, a aplica��o de restri��es de viagens para a �frica � um ataque � solidariedade global", declarou o diretor para a �frica da OMS, Matshidiso Moeti.
Sintomas leves
Poucos dias depois do an�ncio por cientistas da �frica do Sul sobre a descoberta da nova variante, que tem mais muta��es que as anteriores detectadas do coronav�rus, o hospital Bambino Gesu de Roma conseguiu a primeira "imagem" da �micron e confirmou que efetivamente tem mas muta��es que a delta, mas isto n�o significa que � mais perigosa, de acordo com os pesquisadores
Angelique Coetzee, presidente da Associa��o M�dica Sul-Africana declarou � AFP que observou 30 pacientes nos �ltimos 10 dias que testaram positivo para covid-19 e se recuperaram sem a necessidade de hospitaliza��o. O principal sintoma foi o cansa�o.
V�rios pa�ses refor�aram as restri��es, inclusive com o retorno dos confinamentos, como �ustria e Holanda, onde aconteceram protestos, incluindo alguns que terminaram em confrontos violentos.
No Reino Unido, na ter�a-feira entrar�o em vigor novas regras sanit�rias, incluindo o uso de m�scaras em estabelecimentos comerciais e nos transportes p�blicos, assim como restri��es para os passageiros procedentes do exterior.
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