
Depois de uma longa batalha na Col�mbia, Martha Sep�lveda morreu no s�bado (08/10) por meio da eutan�sia.
A mulher tinha esclerose lateral amiotr�fica (ELA), uma doen�a grave e incur�vel, e morreu aos 51 anos no Instituto Colombiano de Dor (Incodol), na cidade de Medell�n. A informa��o foi revelada por meio de um comunicado do Laborat�rio de Direitos Econ�micos, Sociais e Culturais, , que atua nas causas dos direitos humanos.
Desde @DescLABcol celebramos la vida de #MarthaSepulveda y su legado.
La lucha por tomar el control sobre el fin de la vida contin�a y no acabar� hasta que podamos acceder a una muerte m�dicamente asistida de acuerdo con su voluntad y sin barreras. #MarthaTomaElControl pic.twitter.com/O5rXalEBHX
"Martha Sep�lveda concordou com a eutan�sia e morreu de acordo com sua ideia de autonomia e dignidade", disse a organiza��o.
"Martha partiu agradecida com todas as pessoas que a acompanharam e a apoiaram, que oraram por ela e trocaram palavras de amor e empatia durante esses meses dif�ceis", acrescentou o comunicado.Na Col�mbia, a eutan�sia foi descriminalizada em 1997, mas s� se tornou lei em 2015.
Em julho de 2021, o Tribunal Constitucional do pa�s estendeu o direito a uma morte digna para aqueles que sofrem de "intenso sofrimento f�sico ou mental" devido a uma les�o ou doen�a incur�vel. E o caso de Martha Sep�lveda havia se tornado o primeiro em que a eutan�sia foi autorizada em um paciente sem uma doen�a terminal.
Sep�lveda receberia a eutan�sia em 10 de outubro. Por�m, o Instituto Colombiano de Dor, a cl�nica particular que tratava dela, anunciou a suspens�o do procedimento 36 horas antes.
O argumento foi que a Comiss�o Cient�fica Interdisciplinar pelo Direito de Morrer com Dignidade "decidiu por unanimidade pelo cancelamento do procedimento", ao determinar que "o crit�rio de terminalidade n�o foi cumprido como tinha sido considerado pela primeira comiss�o" que avaliou o caso.
Por�m, a Justi�a colombiana revogou essa suspens�o do procedimento no fim de outubro e ordenou que o Instituto Colombiano de Dor cumprisse "com o estabelecido com a comiss�o cient�fica interdisciplinar para morrer dignamente" em uma decis�o de 6 de agosto.
Nessa resolu��o, um painel de especialistas determinou que a paciente cumpria "com os requisitos para exercer seu direito de morrer com dignidade por meio da eutan�sia", disse o juiz.
O magistrado considerou que o Incodol violou "os direitos fundamentais de morrer com dignidade, a uma vida digna, ao livre desenvolvimento da personalidade e da dignidade humana de Martha Sep�lveda", e determinou que fosse fixada uma nova data para a eutan�sia.
O caso gerou um amplo debate no pa�s sobre o direito pela op��o da morte assistida.
Em uma entrevista em setembro � Caracol TV, Sep�lveda contou sobre o seu desejo de morrer.
"Sobre o plano espiritual, estou totalmente tranquila (...) Serei covarde, mas n�o quero mais sofrer, estou cansada. Luto para descansar", declarou. Ela acrescentou que a certeza de que logo morreria dava "tranquilidade".
Ela disse ainda: "Sou cat�lica e me considero uma pessoa muito crente. Mas Deus n�o quer me ver sofrer". "Com a esclerose lateral no estado em que est�, a melhor coisa que pode me acontecer � que eu descanse".
Desde que foi diagnosticada com ELA, a fam�lia dela disse que a vida de Sep�lveda havia se transformado em um tormento. A not�cia de que ela poderia acabar com isso foi um al�vio, disse o filho dela Federico � BBC News Mundo. Leia a entrevista completa.
Segundo caso de eutan�sia em paciente que n�o � terminal
Na sexta-feira (07/01), um dia antes da eutan�sia ser aplicada a Sep�lveda, um outro paciente se tornou o primeiro a receber o procedimento no pa�s, e na Am�rica Latina, sem ter uma doen�a terminal.
Victor Escobar, um motorista colombiano de 60 anos, sofria de v�rias doen�as degenerativas incur�veis: doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica (DPOC) e hipertens�o, al�m de ter sofrido dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs), em 2007 e 2008.
Na juventude, ele tinha sofrido um acidente de carro que fez com que passasse por tr�s cirurgias na coluna.
Nos �ltimos anos de vida, ele tinha diversos problemas de mobilidade e precisava de oxig�nio diariamente.
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