
As for�as de seguran�a israelenses est�o realizando opera��es para resgatar ref�ns feitos por militantes palestinos e retomar �reas que foram atacadas no s�bado (7/10).
Os militares disseram que as tropas recuperaram o controle de 22 locais no sul de Israel, mas ainda h� combates ativos em outros oito lugares.
Segundo o governo, mais de 100 indiv�duos foram sequestrados e s�o mantidos ref�ns. O n�mero de feridos passa de 2 mil.
Ap�s o ataque surpresa, Israel fez opera��es militares e lan�ou m�sseis na Faixa de Gaza, que � governada pelo Hamas. At� o momento, foram registradas 400 mortes e 2,2 mil feridos na regi�o, de acordo com as autoridades palestinas.
Um porta-voz do governo de Israel declarou que "o pa�s est� em guerra e se esfor�a para reassumir o controle total do territ�rio e das comunidades invadidas pelo Hamas".
Nas �ltimas horas, o grupo militante liban�s Hezbollah tamb�m se envolveu nos combates, dizendo estar por tr�s dos ataques na regi�o do Monte Dov, uma extens�o de terra reivindicada por Israel, L�bano e S�ria. Israel respondeu fazendo disparos contra o L�bano.
No Egito, dois turistas israelenses e um guia tur�stico eg�pcio foram mortos a tiros em Alexandria, aparentemente por um policial.
Veja a seguir o que se sabe sobre o conflito e as rea��es de l�deres internacionais sobre o confronto que est� em andamento.


O in�cio do conflito
Nas primeiras horas do s�bado, final do feriado judaico de Sucot, dezenas de homens armados do grupo palestino Hamas se infiltraram no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza.
Tamb�m foram registrados disparos de milhares de foguetes vindos de Gaza, que � governada pelo Hamas.
V�deos compartilhados nas redes sociais mostram supostos militantes palestinos atirando em transeuntes nas ruas da cidade israelense de Sderot.
Logo ap�s os primeiros ataques, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou um v�deo nas redes sociais dizendo que o pa�s estava "em guerra".
“Convoquei os chefes do sistema de seguran�a, e antes de mais nada os instru� a limpar os assentamentos dos terroristas que se infiltraram — esta opera��o est� acontecendo agora", declarou ele.
O ex�rcito israelense afirma que um comandante foi morto.
"O Comandante da Brigada Nahal, Coronel Jonathan Steinberg, foi morto hoje durante um confronto com um terrorista adjacente a Kerem Shalom", afirmou o comunicado do ex�rcito.
Kerem Shalom � o �nico ponto de passagem comercial entre Gaza e Israel, com um posto de controle totalmente controlado pelo ex�rcito israelense.
Jonathan Steinberg, que era do Kibbutz Shomria [comunidade agr�cola onde os membros compartilham a propriedade da terra e dos recursos], estava a caminho do local de um tiroteio em que seus soldados estavam envolvidos, de acordo com o comunicado. Ele foi confrontado por um militante e morto a tiros, diz o comunicado.


O ministro da Defesa de Israel disse que o Hamas “cometeu um grave erro e lan�ou uma guerra” contra o pr�prio pa�s.
“As tropas [israelenses] est�o lutando contra o inimigo em todos os locais”, acrescentou Yoav Gallant. “O Estado de Israel vencer� esta guerra."
Pouco depois, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o seu povo tem o direito de se defender contra o “terror dos colonos e das tropas de ocupa��o”.

Ref�ns e contra-ataque
O vice-chefe do gabinete pol�tico do Hamas, Saleh al-Arouri, afirmou que "oficiais de alta patente" do Ex�rcito de Israel foram capturados
Ele disse ao canal Al Jazeera que “o que est� em nossas m�os libertar� todos os prisioneiros” em Israel — uma aparente refer�ncia aos palestinos detidos em pris�es israelenses.
“H� muitos palestinos mortos e muitos israelenses mortos, bem como prisioneiros, e a batalha ainda est� no auge”, disse al-Arouri.
O porta-voz tamb�m declarou que o Hamas est� pronto para enfrentar uma incurs�o terrestre israelense em Gaza, que ele descreveu como “o melhor cen�rio para resolvermos o conflito contra o inimigo”.
A informa��o foi depois confirmada pelas For�as de Defesa de Israel (IDF). O �rg�o n�o falou em n�meros exatos, mas confirmou que soldados e civis est�o entre os ref�ns.
Os militares israelenses tamb�m realizaram um contra-ataque na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas. Foram lan�ados m�sseis e bombas, que deixaram mais de 300 mortos, incluindo crian�as, e mais de 1900 feridos at� o momento.
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Evento 'sem precedentes'
Para Jeremy Bowen, editor de Internacional da BBC News, os �ltimos acontecimentos em Israel n�o tem precedentes nos mais de 15 anos desde que o Hamas ganhou controle sob a faixa de Gaza.
"O ataque ocorre depois de meses de viol�ncia e tens�o crescente entre israelenses e palestinos, embora a maior parte dos conflitos esteja concentrada na Cisjord�nia, que � o territ�rio ocupado por Israel desde 1967, que se estende entre Jerusal�m e a fronteira com a Jord�nia", escreve ele.
"A situa��o atual vai evoluir rapidamente e � prov�vel que se agrave. Uma grande quest�o � o que acontece agora — n�o apenas nos arredores de Gaza — mas tamb�m em Jerusal�m e na Cisjord�nia, onde h� meses se verifica uma viol�ncia cada vez mais profunda."
J� Frank Gardner, correspondente de seguran�a da BBC News, avalia que "os eventos das �ltimas horas revelam uma colossal falha de intelig�ncia de Israel".
"O pa�s possui uma das redes de intelig�ncia mais extensas e sofisticadas do Oriente M�dio. Israel mant�m informantes em grupos militantes n�o apenas nos territ�rios palestinos, mas tamb�m no L�bano, na S�ria e em outros locais."
"O Hamas conseguiu planejar e lan�ar este ataque cuidadosamente coordenado contra Israel, aparentemente em total sigilo", escreve Gardner.
"Israel retaliar� com for�a maci�a, como se espera. Mas os israelenses se perguntar�o agora por que � que os espi�es do pa�s n�o previram e alertaram sobre esse ataque."


Rea��es pelo mundo
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, denunciou relatos de civis feitos ref�ns. Ele classificou o ato como uma viola��o do Direito Internacional e exigiu a liberta��o deles.
Borrell publicou nas redes sociais: "A not�cia de civis mantidos como ref�ns em casa ou em Gaza � terr�vel. Vai contra o Direito Internacional. Os ref�ns devem ser libertados imediatamente."
"Esta viol�ncia horr�vel deve parar imediatamente. O terrorismo e a viol�ncia n�o resolvem nada."
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, declarou estar "chocado pelos ataques promovidos pelo Hamas contra cidad�os israelenses".
O presidente franc�s, Emmanuel Macron, condenou veementemente os ataques, e expressou “total solidariedade com as v�timas, as fam�lias e os entes queridos".
J� a ministra de Rela��es Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que “a viol�ncia e os m�sseis contra civis inocentes devem parar agora”.
A presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu o ataque como “terrorismo na sua forma mais desprez�vel”.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou o apoio a Israel.
"O terrorismo nunca � justificado. Israel tem o direito de defender a si mesmo e ao seu povo. Os Estados Unidos alertam contra qualquer outra parte hostil a Israel que procure obter vantagens nesta situa��o. O apoio da minha administra��o � seguran�a de Israel � s�lido e inabal�vel", declarou Biden.
J� representantes das Rela��es Exteriores da R�ssia pediram "modera��o" aos envolvidos.


O l�der supremo do Ir�, Ali Khamenei, deu apoio ao ataque palestino a Israel.
“Parabenizamos os combatentes palestinos”, disse Rahim Safavi, segundo a ag�ncia de not�cias ISNA.
“Apoiaremos os combatentes at� � liberta��o da Palestina e de Jerusal�m”, afirmou ele.
No Brasil, o presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse estar "chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas v�timas".
"Ao expressar minhas condol�ncias aos familiares das v�timas, reafirmo meu rep�dio ao terrorismo em qualquer de suas formas."
J� o Minist�rio das Rela��es Exteriores do Brasil divulgou uma nota em que "condena a s�rie de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza".
"Ao reiterar que n�o h� justificativa para o recurso � viol�ncia, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem m�xima conten��o a fim de evitar a escalada da situa��o."
"O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º anivers�rio dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deteriora��o grave e crescente da situa��o securit�ria entre Israel e Palestina. Na qualidade de Presidente do Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas, o Brasil convocar� reuni�o de emerg�ncia do �rg�o."
"O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solu��o de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e seguran�a, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gest�o do conflito n�o constitui alternativa vi�vel para o encaminhamento da quest�o israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negocia��es de paz", conclui o texto.