
Israel, que bombardeia sem tr�gua o enclave palestino em resposta ao ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, intensificou os ataques como prel�dio para uma prov�vel ofensiva terrestre.
Os ataques israelenses durante a noite mataram 140 pessoas, segundo o movimento islamista que controla a Faixa de Gaza.
O Hamas tamb�m anunciou 5.791 pessoas morreram no territ�rio desde o in�cio da guerra, incluindo 2.360 crian�as. O movimento tamb�m citou 16.297 feridos.
Em Jerusal�m, Macron se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pediu a liberta��o de todos os ref�ns sob poder do Hamas.
O presidente franc�s tamb�m prop�s que a coaliz�o internacional criada em 2014, sob lideran�a dos Estados Unidos, para combater o grupo Estado Isl�mico na S�ria e no Iraque "tamb�m possa lutar contra o Hamas".
Macron tamb�m fez um apelo ao Ir�, que apoia o Hamas, e a seus aliados para que "n�o abram novas frentes" de batalha, ao mesmo tempo que pediu a retomada do "processo pol�tico com os palestinos".
Macron tamb�m deve visitar Ramallah, na Cisjord�nia ocupada, onde ser� o primeiro l�der ocidental desde o in�cio da guerra a ter uma reuni�o com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. E tamb�m h� a possibilidade de um encontro com o rei Abdullah II da Jord�nia, segundo a presid�ncia francesa.
A Autoridade Palestina n�o tem nenhum poder na Faixa de Gaza desde que o Hamas tomou o controle no territ�rio em 2007.
- Duas ref�ns libertadas -
O Hamas libertou na segunda-feira duas ref�ns sequestradas em 7 de outubro em Israel: Yocheved Lifshitz, de 85 anos, e Nurit Kuper, de 79, duas mulheres israelenses.
Uma americana e sua filha foram libertadas na sexta-feira passada.
Lifschitz declarou nesta ter�a-feira � imprensa em Tel Aviv que viveu "um inferno" e foi "agredida" ao ser sequestrada no kibutz Nir Oz. "Os caras me bateram no caminho. N�o quebraram minhas costelas, mas me machucaram e eu tive dificuldade para respirar".
"Eles nos trataram bem" no cativeiro, disse Lifshitz, que passou mais de duas semanas sequestrada na Faixa de Gaza. Ela contou que um m�dico visitava os ref�ns a cada dois ou tr�s dias e entregava medicamentos.
Quase 220 ref�ns israelenses, estrangeiros ou dupla cidadania foram identificados por Israel. Eles foram levados pelo Hamas para a Faixa de Gaza ap�s o ataque cometido em pleno 'shabbat', o dia de descanso semanal dos judeus.
Centenas de combatentes do Hamas invadiram em 7 de outubro o territ�rio de Israel procedentes de Gaza, em um ataque sem precedentes desde a cria��o do Estado de Israel em 1948.
Mais de 1.400 pessoas morreram, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.
"Queremos desmantelar completamente o Hamas: seus dirigentes, seu bra�o militar e seus mecanismos de funcionamento", afirmou o comandante do Estado-Maior israelense, Herzi Halevi, ao lado de v�rios homens armados, em um v�deo publicado na rede social X.
Israel imp�e um bloqueio terrestre, mar�timo e a�reo na Faixa de Gaza desde que o Hamas, considerado um grupo terrorista por Estados Unidos, Uni�o Europeia e Israel, tomou o poder em 2007.
"Vemos que o fogo (dos foguetes) a partir de Gaza est� diminuindo, mas n�o devemos hesitar. � uma estrat�gia do inimigo para nos fazer dormir", disse o porta-voz do Ex�rcito israelense, general Daniel Hagari.
- "Tr�gua humanit�ria" -
A ajuda internacional come�ou a chegar a partir do Egito, atrav�s da passagem de fronteira de Rafah, o �nico ponto de acesso � Gaza que n�o est� sob controle de Israel.
Quase 50 caminh�es com produtos b�sicos entraram no territ�rio desde s�bado, mas a ONU considera que seriam necess�rios ao menos 100 por dia.
Macron defendeu uma "tr�gua humanit�ria que possa levar a um cessar-fogo", segundo a presid�ncia francesa. O governo dos Estados Unidos, no entanto, exige que o Hamas liberte os ref�ns antes de qualquer discuss�o sobre uma tr�gua.
Desde 15 de outubro, o Ex�rcito israelense pede aos civis do norte da Faixa de Gaza, onde os bombardeios s�o mais intensos, que fujam para o sul.
Ao menos 1,4 milh�o de palestinos fugiram de suas resid�ncias desde o in�cio da guerra, segundo a ONU.
V�rios moradores de Khan Yunis, uma cidade no sul da Faixa de Gaza, disseram a um correspondente da AFP na ter�a-feira que perderam parentes, incluindo crian�as, no bombardeio durante a noite.
"Meu irm�o era farmac�utico e tinha 10 filhos, todos foram queimados", disse Mahdi Mohammed al-Farra, 50 anos, que perdeu os dois irm�os e seus filhos.