Preven��o � o melhor rem�dio

Nunca se falou tanto em preven��o e no cuidado com a sa�de. E n�o � para menos. Desde o in�cio da pandemia da COVID-19 no Brasil, as pessoas ficaram em isolamento social e, entre outros motivos, por medo de contamina��o pelo v�rus adiaram consultas, exames de rotina e checapes. 

Com isso, o n�mero de doen�as e �bitos por outras enfermidades, que n�o o coronav�rus, que poderiam ser evitadas, aumentou consideravelmente no pa�s.

 

� fato que o mundo enfrenta uma crise sanit�ria entre as mais graves na hist�ria da humanidade. O novo coronav�rus se espalhou rapidamente, sem eleger classes sociais, g�nero, idade ou localidades mais ou menos desenvolvidas.

Mas as consequ�ncias beiram o imponder�vel – � dif�cil entender como a pandemia afeta a sociedade, em diversas situa��es nas quais influencia.

 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), por exemplo, cerca de 40% dos brasileiros sofrem com algum tipo de doen�a cr�nica, o que representa mais de 57 milh�es de pessoas.

S�o desequil�brios com alta taxa de mortalidade, no que se faz essencial o acompanhamento m�dico. O problema � que o receio sobre a possibilidade de contrair a COVID-19 tem feito muita gente deixar de procurar o sistema de sa�de para controle das mais diversas patologias.

Um quadro de desinforma��o que tem aumentado o n�mero de tratamentos interrompidos, com efeitos graves, em muitos casos, ainda mais considerando que a presen�a de comorbidades piora os sintomas do v�rus. A COVID-19 � perigosa, sim, por�m as outras doen�as n�o devem ser negligenciadas.

 

� o caso das doen�as cardiovasculares. O m�dico cardiologista Marcus Bol�var destaca que os fatores de risco s�o bem conhecidos, mas poucos s�o o que se preservam adequadamente.

“Como resultado, as doen�as cardiovasculares s�o as principais causas de morte em todo o mundo, incluindo o Brasil. Entre n�s, ocorrem mais de 1.100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 90 segundos.”

 

No caso mortalidade por c�ncer, um estudo divulgado pela Universidade de Kingston, no Canad�, aponta que o risco de morte pela enfermidade aumenta a cada m�s de atraso para o in�cio do tratamento.

A demora de 12 semanas para a realiza��o de cirurgias de c�ncer de mama, por exemplo, aumenta o risco de morte em 26%, enquanto um atraso de oito semanas aumenta em 17%.

Outro exemplo que aponta para a import�ncia da preven��o � o diabetes. De acordo com dados do Atlas do Diabetes da Federa��o Internacional do Diabetes (IDF), cerca de 16,8 milh�es de adultos t�m a doen�a no Brasil. O pa�s �, inclusive, o quinto maior em casos da doen�a. A proje��o � que at� 2030 esse n�mero chegue a 21,5 milh�es.

 

Cuidar da sa�de � responsabilidade de todos. Nesta edi��o, o especial Medicina do Futuro debate com especialistas a import�ncia do checape e dos exames de rotina, em todas as fases da vida, a adequa��o de hospitais e consult�rios para atender com seguran�a neste momento de pandemia, o foco das universidades no ensino da preven��o e dos cuidados com a sa�de f�sica e mental, e aponta como uma mudan�a no estilo de vida e na ado��o de h�bitos mais saud�veis pode ajudar a prevenir doen�as e a viver com mais qualidade.