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Estado de Minas PREVEN��O

Exames peri�dicos e h�bitos de vida influenciam na sa�de dos olhos

Especialistas alertam que os cuidados devem fazer parte da rotina


06/12/2020 06:00 - atualizado 07/12/2020 13:21

Juliana Guimarães, médica oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, diz que o monitoramento dos olhos permite identificar doenças precoces(foto: Arquivo pessoal)
Juliana Guimar�es, m�dica oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimar�es, diz que o monitoramento dos olhos permite identificar doen�as precoces (foto: Arquivo pessoal)


O �ltimo relat�rio global da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) aponta que cerca de 39 milh�es de pessoas sofrem com a cegueira no mundo. Ainda segundo os dados da entidade, aproximadamente 246 milh�es s�o afetadas pela perda moderada ou severa de vis�o.

No Brasil, estima-se que 1,5 milh�o de pessoas sejam cegas, dos quais a maioria dos casos – entre 60% e 80% – s�o evit�veis e/ou trat�veis, o que significa que cerca de 800 mil brasileiros enxergariam normalmente se tivessem se tratado adequadamente.
 
“Os n�meros t�m aumentado exponencialmente devido ao aumento da popula��o, envelhecimento, mudan�as no estilo de vida e falta de acesso a cuidados, principalmente em pa�ses subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, como � o caso do Brasil. Assim, para evitar que doen�as que afetam a vis�o se instalem, � de suma import�ncia que os cuidados oculares sejam mantidos em dia”, afirma a m�dica oftalmologista especialista em c�rnea e lente de contato Tatiana Loures Miranda, do Instituto Vizibelli.
 
Nesse sentido, Juliana Guimar�es, m�dica oftalmologista especialista em retina e neurovis�o do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimar�es, frisa que, para manter a sa�de ocular em dia, � importante que os pacientes se submetam a consultas regulares desde o in�cio da jornada da vida.

“J� diz a sabedoria popular: � melhor prevenir do que remediar. Portanto, por meio do monitoramento dos olhos pode-se reconhecer doen�as precoces e, tamb�m, saber como se comportar para evitar patologias na vis�o.”
 
Tatiana Loures Miranda, médica oftalmologista do Instituto Vizibelli, destaca que os olhos são espelho da saúde do corpo humano(foto: Arquivo pessoal)
Tatiana Loures Miranda, m�dica oftalmologista do Instituto Vizibelli, destaca que os olhos s�o espelho da sa�de do corpo humano (foto: Arquivo pessoal)
 
 
O monitoramento da sa�de ocular come�a pelo conhecido ‘teste do olhinho’, feito em beb�s rec�m-nascidos nos primeiros dias de vida. “O exame serve n�o s� para investigar altera��es oftalmol�gicas, mas tamb�m � capaz de detectar doen�as como tumores, altera��es metab�licas como diabetes, alguns tipos de anemia e at� mesmo maus-tratos”, explica Juliana Guimar�es.
 
Outra fase importante na sa�de ocular � o in�cio da idade escolar. Isso porque o crescimento dos olhos ocorre na primeira inf�ncia. E pelo fato de as crian�as apresentarem o globo ocular proporcionalmente pequeno, boa parte delas tendem a apresentar hipermetropia nessa fase.

“� muito importante acompanhar essa evolu��o para ter certeza que isso vai regredir, como ocorre em grande parte dos casos”, explica a oftalmologista do Hospital de Olhos.
 
Al�m disso, Juliana Guimar�es destaca que h� um importante marco para a sa�de ocular: aos 7 anos, pois, depois dessa idade, algumas condi��es s�o praticamente imposs�veis de corrigir.

Ela explica que, nessa condi��o, a crian�a � capaz de enxergar com um dos olhos, e por isso n�o apresenta qualquer altera��o de comportamento detect�vel pelos pais ou professores, mas pode estar perdendo a vis�o de um dos olhos de forma irrevers�vel.
 
“A crian�a que sempre enxergou mal n�o sabe comunicar isso aos pais, por isso n�o podemos pensar que est� tudo bem, porque elas n�o queixam emba�amento ou outros sintomas. Al�m disso, nesta mesma fase da inf�ncia ocorre o per�odo de alfabetiza��o e os esfor�os visuais recorrentes em sala de aula e diante das telas de computadores e smartphones”, destaca a especialista em retina e neurovis�o.
 
Segundo Juliana Guimar�es, em caso de irrita��o, coceira, diminui��o da vis�o e/ou vermelhid�o, � importante procurar assist�ncia m�dica. Enjoos em viagens de carros, dores de cabe�a muito fortes ap�s esfor�os visuais prolongados e alta sensibilidade � luz tamb�m podem ser um alerta.

Tratamentos


Conforme Tatiana Loures, a boa not�cia � que, al�m de a maioria das condi��es serem evit�veis ou trat�veis, h�, atualmente, diferentes tipos de tratamentos para quase todos os casos e graus de acometimento da vis�o.

“Temos a cirurgia de catarata, que avan�a cada dia mais em seguran�a, tecnologia e resultado. As novas tecnologias das lentes implant�veis visam hoje restaurar a vis�o para longe e perto, possibilitando uma vis�o quase semelhante a que o paciente tinha na juventude”, explica, acrescentando que outras cirurgias, como de retina, glaucoma e cirurgia refrativa para remo��o de grau, est�o cada vez menos invasivas e com t�cnicas, lasers e resultados cada vez melhores.
 
O estudante de direito Henrique de Oliveira Freitas Rosa, de 22 anos, se submeteu a umas dessas cirurgias, e com sucesso. Ele conta que essa foi uma escolha pessoal, haja vista que desde os 13 anos fazia uso de �culos de grau e/ou lentes de contato, em raz�o do diagn�stico de miopia e astigmatismo.
 
“Hoje, depois da cirurgia, aumentei os cuidados. Tenho que me policiar sempre na hora de co�ar os olhos, pingar col�rio ou l�grima artificial frequentemente e fa�o consultas semestrais. E, para mim, isso � muito importante, porque, �s vezes, achamos que a vis�o n�o est� atrapalhando muito no dia a dia, mas quando colocamos os �culos, por exemplo, percebemos que, sim, faz falta”, conta.

Altera��es


De acordo com Tatiana Loures, os olhos podem ser considerados como uma esp�cie de espelho da sa�de do corpo humano. N�o � toa, segundo ela, os exames oculares s�o capazes de diagnosticar a presen�a de doen�as sist�micas, sendo as altera��es neste �rg�o, as primeiras manifesta��es do acometimento da enfermidade.
 
“Esse diagn�stico pode, na maioria das vezes, ser feito na consulta de rotina, n�o sendo necess�rio nem mesmo exames especiais”, afirma a especialista, que relaciona, ainda, o olho ao corpo humano. Para ela, apesar de os olhos serem uma estrutura pequena, al�m de respons�veis, em suas palavras, por um dos sentidos mais nobres – a vis�o –, eles t�m, em comunh�o com o organismo, diversas fun��es.
 
“Isso � ainda mais evidente nos dias de hoje, j� que � por meio deles (os olhos) que temos expressado nossas emo��es, uma vez que estamos cobertos por m�scaras. Por isso, � muito importante a avalia��o peri�dica com um m�dico especializado em diversas fases da vida, a fim de permitir a detec��o de doen�as oculares e potencializar o sucesso nos tratamentos. Vamos sorrir com os olhos e deixar que eles sejam, al�m de espelhos do corpo, o espelho da alma, livre de doen�as e com a melhor funcionalidade que puder ter”, diz.

 

O que pode e o que n�o pode?


Para garantir que a sa�de ocular esteja sempre em dia, al�m de consultas regulares ao oftalmologista, � importante que o paciente esteja atento e tome v�rios cuidados. Confira

Nunca!


»Esfregue ou coce os olhos

»Toque os olhos sem lavar as m�os

»Use �culos de grau de outra pessoa ou �culos de sol sem prote��o ideal

»Passe pomadas ou use col�rios sem prescri��o m�dica

»Olhe diretamente para o sol

»Fique per�odos prolongados com os olhos fixos na tela do computador ou celular, principalmente crian�as


Sempre!


»Utilize �culos de sol com fator de prote��o contra raios UV

»Garanta que os ambientes utilizados para leitura e estudo sejam iluminados corretamente

»Use �culos de prote��o quando for nadar no mar ou na piscina e ao praticar esportes

»Limpe e armazene �culos e lentes de contato da forma recomendada

Fonte: Juliana Guimar�es, m�dica oftalmologista e especialista em retina e neurovis�o 

*Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram


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