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Estado de Minas #PraEntender

V�deo: Entenda como funcionam as vacinas e por que elas s�o importantes

Saiba as origens do movimento antivacina e quais s�o os riscos da volta de doen�as consideradas erradicadas


06/11/2020 12:40

Durante a pandemia de COVID-19, a corrida pela descoberta de uma vacina contra o v�rus Sars-CoV-2 virou obsess�o para cientistas e governantes. A briga, que era para ser contra a doen�a, acabou se voltando contra a pr�pria vacina, com trocas de acusa��es infundadas e boicotes ao processo de produ��o, aprova��o e aplica��o do imunizante. Com isso, vacinas e campanhas de imuniza��o se tornaram palco de discuss�es que envolvem obrigatoriedade ou n�o e efic�cia. Fizemos este v�deo #PraEntender a import�ncia das vacinas, o surgimento delas e as doen�as que foram extintas justamente porque as pessoas foram vacinadas.


A onda negacionista contra as vacinas surgiu no Reino Unido, em 1998, quando o m�dico Andrew Wakefield publicou um estudo apontando uma suposta rela��o entre a tr�plice viral e o desenvolvimento de autismo. O argumento apresentado pelo m�dico, no entanto, era infundado e ele sequer tinha autoriza��o do conselho m�dico brit�nico para fazer testes cl�nicos. O suposto estudo foi desmentido v�rias vezes e desautorizado pela sociedade m�dica.

S� que nas redes sociais as ideias de Wakefield conquistaram adeptos e a consequ�ncia dessa onda negacionista estamos vendo agora, alguns anos depois, quando doen�as consideradas erradicadas come�aram a retornar e a matar.


O perigo da onda antivacinas
Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm), aponta o perigo do ressurgimento de doen�as erradicadas por causa do movimento antivacina. “O risco � de retorno de doen�as que j� tinham sido eliminadas e tamb�m de doen�as controladas. Um exemplo � o retorno do sarampo, que era uma doen�a eliminada do Brasil. Ela retorna por causa das baixas coberturas vacinais e entre os motivos das baixas coberturas vacinais est�o a desinforma��o, as fake news e os movimentos antivacinas”, afirma.

Segundo dados da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), em 2016 o sarampo era considerado erradicado no Brasil, mas em 2018 a situa��o mudou e boletins apontaram para um surto. A entidade informou que a m�dia brasileira de imuniza��o tinha ca�do de 99% entre 2010 e 2017 para 84% em 2018.


Como as vacinas funcionam
As vacinas s�o subst�ncias formadas por agentes patog�nicos, de v�rus ou bact�rias, vivos ou mortos. Elas s�o respons�veis por estimular a produ��o de anticorpos, que s�o as prote�nas que atuam na defesa do organismo e combatem agentes patog�nicos causadores de infec��es.

O presidente da Sociedade Brasileira de Imuniza��es, Juarez Cunha, explica o funcionamento das vacinas dentro do corpo humano. “As vacinas v�o simular a doen�a natural, ent�o, a partir do momento que aplico uma vacina, o organismo vai desenvolver anticorpos e formar aquele ex�rcito de prote��o. Quando a pessoa vacinada entrar em contato com a doen�a natural, o corpo j� ter� desenvolvido os anticorpos e isso vai levar a uma prote��o �quela doen�a”, diz Cunha. 

A primeira vacina
No s�culo 10, sugest�es da pr�tica de inocula��o para combater a var�ola j� tinham sido registradas. Mas foi o ingl�s Edward Jenner que descobriu um imunizante contra a doen�a, no s�culo 18. O brit�nico fez uma experi�ncia que comprovou que, ao colocar a secre��o de algu�m com a doen�a em outra pessoa saud�vel, esta desenvolvia sintomas bem mais leves e se tornava imune � doen�a. 

Jenner chegou a essa conclus�o a partir de experimentos com outra doen�a, a cowpox, um tipo de var�ola que acometia vacas. Ele percebeu que as pessoas que ordenhavam adquiriam imunidade � var�ola humana, desde que tivessem sido infectadas pela var�ola bovina. Apesar de enfrentar uma certa resist�ncia na �poca, em pouco tempo a descoberta foi reconhecida e se espalhou pelo mundo. Em 1799, foi criado o primeiro instituto vac�nico em Londres e, em 1800, a Marinha brit�nica come�ou a adotar a vacina��o. 

 
Revolta da Vacina
Em 1904, a semana de 10 de novembro ficou conhecida como o maior motim do Rio de Janeiro justamente por causa de uma vacina��o. Naquela �poca, a cidade tinha pouco saneamento b�sico, com esgoto a c�u aberto e lixo nas ruas, ambiente que propiciava o surgimento de algumas epidemias, inclusive a de var�ola. O presidente Rodrigues Alves, deu in�cio, ent�o, a diversas medidas para melhorar o saneamento e urbanizar a cidade. Uma das atitudes foi a campanha do m�dico sanitarista Oswaldo Cruz para obrigar a popula��o a se vacinar para prevenir a var�ola. 

Entretanto, a falta de informa��o da popula��o sobre a efic�cia e seguran�a das vacinas causou um grande descontentamento e as pessoas sa�ram �s ruas protestando, mobiliza��o apelidada de Revolta da Vacina. O governo se sentiu coagido a voltar atr�s e retirou a obrigatoriedade. Quatro anos depois, por�m, o Rio enfrentou uma grav�ssima epidemia de var�ola e a popula��o se mobilizou novamente, desta vez para se vacinar.

(*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Rafael Alves)


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