
“Os hospitais ga�chos, entre p�blicos e privados, t�m o compromisso de disponibilizar toda a sua estrutura para atendimento de casos de COVID-19, porque estamos na fase mais cr�tica, que precisa de atitudes mais dr�sticas”, falou Arita Bergmann.
A advert�ncia da secret�ria de Sa�de ocorreu em reuni�o com prefeitos de cidades ga�chas. O governo estadual detalhou n�meros e apontou o caos se avizinhando aos munic�pios no Rio Grande do Sul. "N�o haver� leitos, especialmente de UTI, para atender a demanda, que � crescente. Crescente a ponto de nos deixar com uma lista de espera", explicou Arita. “Essa escalada (de casos) que, se for comparar, eu j� estou enxergando o pico do Everest. Estamos aqui apavorados”, complementou.
capital Porto Alegre. Entre quarta e quinta-feira, o n�mero de doentes aguardando nas emerg�ncias passou de 64 para 117 - um crescimento de 83%. O estado confirmou mais 120 �bitos no Rio Grande do Sul nas �ltimas 24h. A apresenta��o da administra��o estadual projetou at� 200 mortes por dia em mar�o. Dessa forma, 6 mil pessoas perderiam a vida no m�s. O n�mero corresponde � metade do total de �bitos dos �ltimos 12 meses. Em 2020, a m�dia di�ria de interna��es era de cerca de 20. Atualmente, s�o 230 admiss�es hospitalares causadas pelo v�rus.
A conjuntura exposta pelo governo ga�cho � de colapso iminente. Dados estaduais apontam que a fila de pacientes com COVID-19 � espera de vaga em leitos de UTI quase dobrou na Relatos de hospitais ga�chos d�o conta do aumento acelerado de interna��es por coronav�rus. A ocupa��o das UTIs por pessoas com a doen�a � a maior desde o in�cio da pandemia. S�o 404 doentes recebendo tratamento intensivo at� essa quinta-feira. “Quer�amos mostrar um dado que, para n�s, � alarmante, alarmante, que 60% dos pacientes que chegam � UTI v�o � �bito. Morrem. E, hoje, parece que esse n�mero, parece n�o, esse n�mero inclusive est� aumentado. Sem considerar que muitos n�o chegar�o nos leitos de UTi, porque n�s n�o teremos leitos de UTI”, apontou Arita.
Na reuni�o com os prefeitos, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que ir� suspender a cogest�o nas bandeiras do mapa de distanciamento controlado no estado a partir deste s�bado. A medida, v�lida inicialmente por uma semana, obriga regi�es a cumprirem regras determinadas pelo estado. Segundo Leite, em dezembro, com uma ‘situa��o menos grave’, a decis�o tomada foi pela extin��o dessa forma de ger�ncia e esse � o �nico caminho a ser tomado atualmente. “Na �ltima segunda-feira o entendimento n�o foi esse. Mas quero deixar claro que entendo que agora precisamos de um comando �nico”, pontuou.
Demanda de leitos mais que dobra
A secret�ria da Sa�de apresentou a evolu��o da ocupa��o de leitos cl�nicos e de UTI nas �ltimas semanas no Rio Grande do Sul. No dia 24 de janeiro, o estado tinha 2.383 pessoas internadas com a doen�a. Um m�s depois, nesta quinta, o n�mero havia passado para 4.925 pacientes, uma alta de 206%. A estrutura estadual opera com 91,8% da capacidade m�xima de ocupa��o de leitos cr�ticos.
O governador Eduardo Leite citou proje��es apontando a necessidade de abrir 7 mil vagas cr�ticas para atendimento aos pacientes no estado, o que “� absolutamente invi�vel”, segundo ele. Diante da dificuldade em criar novos leitos, a secret�ria da Sa�de Arita Bergmann ressaltou que solicitou aos hospitais o uso de todos os espa�os poss�veis nas unidades de sa�de para receber pacientes.
Conselho de especialistas pressionou governo
‘Mantida a situa��o atual, teremos em um a dois dias o colapso do sistema hospitalar’. Em nota enviada ao governador Eduardo Leite, o conselho de especialistas no combate � COVID-19 do estado cobrou medidas mais dr�sticas para evitar a maior crise sanit�ria j� vista no Rio Grande do Sul.
A nota foi publicada na noite de quarta-feira pelo coordenador-executivo do Centro de Conting�ncia do Coronav�rus, o m�dico pediatra Jo�o Gabbardo dos Reis, no Twitter. O documento foi assinado em conjunto pelos m�dicos membros do conselho, Fernando Torelly, Januario Montone e Lucia Campos Pellanda.
"Mantidos os mesmos n�veis de transmiss�o, al�m de j� termos atingido o limite de ocupa��o em diversas regi�es, chegaremos em poucos dias ao esgotamento da estrutura hospitalar dispon�vel tanto p�blica quanto privada, gerando a redu��o da qualidade da estrutura de atendimento e aumento da mortalidade, sem possibilidade de aumento de leitos que seja capaz de acompanhar o crescimento das necessidades", detalha o texto.
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
- Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
- Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.
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