
A proxalutamida, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para pacientes com COVID-19, tamb�m � utilizada para tratar c�ncer de pr�stata e de mama. No entanto, n�o h� efic�cia comprovada contra o coronav�rus. Mesmo assim, ela foi administrada em uma policial militar que n�o quis se identificar.
De acordo com a mulher, ap�s se internar no hospital, em mar�o, ela foi procurada por dois capit�es-m�dicos que a convidaram a participar do suposto estudo com a proxalutamida, que estava sendo utilizado em pacientes graves com COVID-19 na unidade hospitalar em car�ter de teste. A militar relatou � reportagem que estava "tonta" e que n�o "pensava claramente", por isso acabou aceitando participar do teste, assinando, na sequ�ncia, um termo de consentimento. Ela alegou que n�o recebeu uma c�pia do documento.
A reportagem ouviu dois m�dicos que apontaram o major m�dico Christiano Perin como um dos respons�veis pelo "estudo". Perin foi chefe da UTI no hospital at� 2016. No entanto, ele negou e disse que o endocrinologista Fl�vio Cadegiani e o infectologista Ricardo Zimerman s�o os verdadeiros tutores do experimento. Ainda segundo a mat�ria, al�m de a proxalutamida n�o ter tido autoriza��o da Anvisa para ser importada para o Brasil, n�o houve inscri��o da unidade hospitalar na Comiss�o Nacional de �tica em Pesquisa (Conep) para conduzir os testes com humanos.
Ricardo Zimerman, inclusive, chegou a participar da CPI da COVID, no Senado Federal, a pedido do senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), um dos parlamentares que mais defendem o uso de rem�dios que n�o possuem comprova��o cient�fica contra a COVID-19.
A Brigada Militar n�o se manifestou oficiamente � reportagem do Matinal. O major-m�dico Perin afirmou que houve autoriza��o para os experimentos no hospital, mas o respons�vel pelo Departamento de Sa�de, coronel Igor Wolwacz disse que o Estado-Maior da Brigada Militar � que tinha que responder sobre os questionamentos, que n�o foram esclarecidos.
A Anvisa esclareceu ao Matinal que n�o autorizou a importa��o da proxalutamida no Brasil na �poca do experimento no hospital em Porto Alegre e que, em caso de uso humano para presquisa, precisa aprovar previamente. A primeira solicita��o de importa��o, segundo o �rg�o, foi em agosto, mesmo assim, para dois projetos sem v�nculo com o centro m�dico citado na mat�ria.
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