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Estado de Minas VIOL�NCIA EM EDIF�CIO

S�ndico agredido por personal em academia de pr�dio: 'Quero viver'

Wahby Khalil foi v�tima do professor Henrique Paulo Sampaio Campos, que tem hist�rico de descontrole


23/03/2022 07:53

Síndico Wahby Khalil
S�ndico Wahby Khalil (foto: ED ALVES/CB/D.A.Press)


Nos �ltimos cinco dias, o jornalista Wahby Khalil, 42 anos, viveu uma invers�o de pap�is. O profissional acostumado a lidar com not�cias, acabou, ele, sendo manchetes de notici�rios locais e nacionais. Tudo porque, ao tentar resolver uma discord�ncia no condom�nio onde mora e � s�ndico, em Bras�lia, foi agredido por um morador — o personal Henrique Paulo Sampaio Campos, 49 anos. Ele desferiu um soco em Khalil, que foi ao ch�o e, com o impacto da queda, desenvolveu um quadro de hemorragia cerebral, que o manteve internado at� essa ter�a-feira (22/3), quando, recebeu alta do Hospital Santa L�cia.

Na sa�da da unidade de sa�de, Khalil se emocionou e agradeceu � solidariedade recebida. "A �nica coisa que h� dentro de mim � agradecimento: quero agradecer a Deus por ter me dado uma segunda chance, aos amigos do hospital, � imprensa na qual trabalho h� 20 anos. A princ�pio, tenho que pensar na minha sa�de: tive uma hemorragia cerebral, que ainda precisa de cuidados", afirmou.

A barb�rie sofrida chegou a deix�-lo em estado grave, mas ele prefere focar na felicidade de ter superado o momento mais cr�tico. "Fizeram-me v�rias perguntas ao longo do dia, se eu saberia como seguir�o os processos (em rela��o ao agressor), mas, no primeiro momento, n�o sei sobre nada, o que eu sei � que eu quero viver", falou Khalil �s l�grimas.

Mesmo recebendo alta, ele precisar� passar por tratamentos para se recuperar das sequelas. "Continuo o acompanhamento com os neurologistas, at� porque o sangramento n�o estancou totalmente. Vou precisar de tomografia e ver como est� o andamento da parte neurol�gica. Da parte bucal, eu passei por uma cirurgia, perdi um dente, e na parte superior dos dentes est� com uma amarra��o, ent�o, eu continuo fazendo esse tratamento, para n�o correr algum risco de infec��o. Estou indo para a casa da minha m�e, porque eu preciso dessa recupera��o, ent�o, n�o tenho condi��es f�sicas de estar morando sozinho, ent�o vou precisar da ajuda dos meus familiares", explicou.

Antecedentes

Ao Correio Braziliense, ele lembrou os momentos que antecederam a agress�o. O problema, causado por um saco de pancadas para o condom�nio, n�o era uma novidade. "A gente j� tinha trocado um papo antes sobre isso. Ele disse que o saco estava ruim da maneira que estava instalado. Na verdade, o equipamento pertence ao condom�nio, e na gest�o anterior trocaram o saco de lugar. O Henrique estava insatisfeito com o p� que ca�a do gesso, e ele me cobrava uma solu��o para isso", explicou o s�ndico.

No �ltimo s�bado, Khalil retomou a conversa. "Chamei ele para conversar. Uma das solu��es era a retirada ou que ele ficasse suspenso numa barra de ferro, mas daquela maneira n�o teria condi��es de ficar. Na hora, ele come�a a falar um pouco mais exaltado". O s�ndico conta que ap�s o golpe, ele ficou desorientado e s� retornou a si uns 10 minutos ap�s receber atendimento.

A rela��o com Henrique antes e ap�s o caso era marcada por tens�es no condom�nio. Sobre um �udio, onde o agressor supostamente relata ter sido provocado, o s�ndico rebateu: "Eu me pergunto onde, exatamente, ele teria sido provocado. Mas n�o cabe a mim levantar nenhum tipo de situa��o — � necess�rio deixar a situa��o acontecer e a justi�a chegar a essa conclus�o, se houve provoca��o ou n�o", afirma.

Puni��o

O subs�ndico Marcos Laterza informou que, infelizmente, esperava uma rea��o extremada de Henrique: "N�o � a primeira vez que ele agride algu�m aqui, ano passado fui eu, e fiz quest�o de registrar um boletim de ocorr�ncia. Em breve, vai estar dispon�vel um abaixo-assinado on-line para os s�ndicos e moradores de �guas Claras pedirem a remo��o desse indiv�duo", afirmou.

Na esfera criminal, segundo o delegado Alexandre Grat�o, da 21ª Delegacia de Pol�cia, respons�vel pelo caso, as investiga��es prosseguem. Henrique foi ouvido na segunda-feira e permaneceu em sil�ncio com a presen�a de seu advogado, sendo liberado na sequ�ncia.

O jornalista detalhou a revolta da fam�lia com o caso. "Sei que vou deixar muita gente com raiva, minha fam�lia est� muito indignada: principalmente minha m�e. Mas, do fundo do meu cora��o, embora eu n�o tenha parado para pensar nisso, eu n�o carrego m�goa. N�o carrego nenhuma dor em rela��o a essa situa��o. Pelo contr�rio: carrego, dentro de mim, a esperan�a de algu�m que errou e que pode fazer o bem, que pode corrigir. Eu acredito muito nas pessoas, e aprendi isso a minha vida inteira", declarou.

*Estagi�rio sob a supervis�o de Juliana Oliveira


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