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Estado de Minas BIOGRAFIA

Da viol�ncia � diplomacia, nova biografia retrata Alexandre, O Grande

Genocida aos olhos de hoje, ele foi educado na mitologia grega, que o inspirou a formar o maior imp�rio do mundo


postado em 19/06/2020 04:00 / atualizado em 19/06/2020 08:19

“O objetivo fundamental da vida humana � o conhecimento e, portanto, a mais merit�ria de todas as metas � busc�-lo. Alexandre aprendeu desde cedo que questionar o objetivo ou a utilidade do conhecimento era um absurdo l�gico. O conhecimento � bom em si mesmo.”

Esse foi um dos principais ensinamentos do fil�sofo grego Arist�teles (disc�pulo de Plat�o, o mais influente da Gr�cia Antiga), como mestre em pessoa, ao garoto Alexandre, herdeiro do trono da antiga Maced�nia, em 340 a.C. O velho s�bio ensinava tamb�m que a honra � o maior bem humano. Um homem dotado do que ele chamava de “grande alma” devia  conquistar a honra ao longo de toda a vida, mas ela poderia ser obtida apenas em competi��o com os outros.

O jovem disc�pulo tamb�m entendeu que o �xito numa competi��o era o �nico caminho para a felicidade. A felicidade, entretanto, n�o vinha dos deuses, era somente para as pessoas que buscavam o conhecimento e, acima de tudo, a excel�ncia. Mas a excel�ncia exigia coragem, qualidade que significava viver com perspicaz compreens�o do perigo diante da morte.

A morte, por�m, n�o devia ser temida, pois o mais nobre resultado poss�vel de uma vida de excel�ncia era morrer enfrentando corajosamente o perigo. Entretanto, “a primeira forma de coragem era pol�tica, isto �, a coragem de uma pessoa que operava como parte de uma comunidade social, n�o como indiv�duo isolado”, pregava Arist�teles.

Essa l�gica ancestral, em princ�pio dial�tica, moldou a vida de Alexandre, que desde menino foi instru�do na diversificada literatura grega, nas pe�as tr�gicas, c�micas, ensaios filos�ficos sobre a natureza do mundo e poemas louvando vit�rias na guerra, nos esportes e na pol�tica. E a base de tudo eram as narrativas sobre her�is e deuses, consideradas registros hist�ricos, n�o fic��o. A vida dependia, em �ltima inst�ncia, dos planos dos deuses.

Foi guiado por eles e por Arist�teles que Alexandre, que nunca perdeu uma batalha, formou o mais poderoso e vasto imp�rio at� ent�o conhecido, em 330 a.C., que se estendia da Gr�cia subindo at� a B�ctria (atual Afeganist�o), descia para o Egito e a P�rsia (atual Ir�) e chegava � �ndia, quando o Imp�rio Romano ainda era um embri�o.

POVOS SEMPRE
EM GUERRA

A mitologia e a filosofia gregas e guerras intermin�veis d�o o tom da biografia Alexandre, o Grande – A hist�ria de uma vida antiga (Alexander the Great – The story of an ancient life), dos professores Thomas R. Martin, do Departamento de Letras Cl�ssicas do College of the Holy Cross, em Worcester, Massachusetts (EUA), e Christopher W. Blackwell, do Departamento de Letras Cl�ssicas da Universidade Furman, em Greeville, Carolina do Sul (EUA).

Ambos s�o autores de v�rias outras obras sobre hist�ria greco-romana e basearam a biografia do rei maced�nio nos relatos dos historiadores da Antiguidade Plutarco, Arriano, C�rcio, Diodoro e Justino.

Nesta nova biografia de um dos personagens mais fascinantes e controversos da hist�ria, que acaba de chegar ao mercado brasileiro, os dois professores alertam logo no pref�cio para o anacronismo. Alexandre deve ser visto no seu tempo, h� 2.300 anos, conforme os valores da �poca, e n�o aos olhos de hoje, quando pode ser julgado de forma equivocada apenas como genocida patol�gico.

E � f�cil entender essa l�gica. Alexandre 3º, que viria a ser O Grande, nasceu em 356 a.C., na cidade de Pela, na Maced�nia, regi�o de plan�cies, montanhas e rios entre a Gr�cia e os B�lc�s, numa fam�lia real, filho da nobre Ol�mpia – considerada descendente de Aquiles, o her�i de Troia eternizado por Homero na Il�ada. Ela era uma das mulheres do pai do menino, o poderoso rei Felipe da Maced�nia – por sua vez, tido como descendente de H�racles (H�rcules para os romanos), o ser humano mais famoso do mundo grego por suas vit�rias sobre monstros e deuses, ele mesmo tornado deus.

“No mundo de Alexandre, a guerra era normal para defender o lar, a terra natal, acumular conquistas e riquezas tomadas dos outros. A frequ�ncia da guerra refletia pressupostos fundamentais sobre natureza da exist�ncia humana. Um deles era de que indiv�duos e povos n�o tinham direito igual a status, poder e propriedade. Todos tinham uma posi��o superior, igual ou inferior � dos demais”, lembram os autores.

O poder e as riquezas eram adquiridos por meio de invas�es frequentes. E a amea�a mais pr�xima da Maced�nia era Atenas, ainda uma poderosa cidade-Estado, famosa por suas belas arquitetura e literatura e para quem os vizinhos eram b�rbaros. Felipe, entretanto, transformara a Maced�nia numa pot�ncia maior e logo invadiria e dominaria Atenas e toda a regi�o.

Para manter seu poder, entretanto, precisava continuamente obter apoio de outros chefes que dominavam aquela parte da Europa e que se consideravam socialmente iguais � fam�lia real e dispunham de fortes ex�rcitos para segui-lo nas batalhas.

O MENINO QUE
DOMOU BUC�FALO

Foi no ambiente de divindades e hero�smo que Alexandre cresceu. Para ele, a literatura revelava princ�pios norteadores da vida, normalmente competitivos e violentos. E todas as conquistas precisavam ser cantadas, narradas ou escritas, como os famosos poemas de P�ndaro, escrito em Tebas, outra cidade-Estado, e que conheceu desde cedo.

“Os deuses eram assustadores e perigosos e as pessoas oravam para eles, sacrificavam animais em homenagem a eles. Mas eles tamb�m eram fontes de grandes b�n��os como sa�de, filhos, vit�rias e vinho”, citam os professores.

Conquistas precisavam de armas. Como os outros meninos, Alexandre foi treinado desde cedo para ser guerreiro. Um guerreiro especial, para suceder ao pai, o rei Felipe. Ele come�ou a treinar para guerras com armas mais curtas e leves da infantaria, como facas e espadas. “O filho de um rei estava sob press�o o tempo todo para ser o melhor em tudo”, diz a biografia.

O menino precocemente intelectualizado, educado na cultura de deuses e her�is da literatura, precisava tamb�m provar sua excel�ncia nas lutas. Era bom com a for�a, mas tamb�m em dedu��o e julgamento baseados em estreita observa��o. Plutarco conta uma hist�ria curiosa. Um comerciante da Tess�lia levou um cavalo magn�fico e caro, chamado Buc�falo, para o rei Felipe inspecionar. 

O animal, por�m, se mostrou indom�vel e o rei mandou abat�-lo, mas o adolescente Alexandre chamou o pai e seus homens de velhos amedrontados e se prop�s a dominar e montar Buc�falo. Felipe fez, ent�o, uma aposta. Se Alexandre vencesse, ficaria com o cavalo; se perdesse, teria de pagar 13 talentos de pratas, uma fortuna para a �poca.

“Alexandre observara que o animal selvagem estava agitado porque se esquivava da pr�pria sombra. Virando-o de frente para o sol, com a sombra agora escondida atr�s dele, o rapaz acalmou Buc�falo, montou, cavalgou at� o outro lado do campo e voltou. 

Plutarco conta que, diante da corte at�nita com a proeza do garoto, Felipe chorou de alegria, dizendo ao filho: 'Ter�s de encontrar teu pr�prio reino para reger. A Maced�nia ser� pequena demais para n�s dois”.

PAI E FILHO SE
TORNAM RIVAIS

Foi assim, ainda adolescente, que Alexandre come�ou a rivalizar com Felipe. Eram rivais de honra. Com Arist�teles, ele aprendeu mitologia e literatura, hist�ria pol�tica, filosofia pol�tica, astronomia, metaf�sica, geografia, geometria, matem�tica, zoologia, bot�nica, ret�rica e o significado dos sonhos.

Orientado pelo fil�sofo, Alexandre lia e discutia a Il�ada, de Homero, com os amigos e aprendia: “Para ser o melhor rei no sentido hom�rico, o homem tinha de reinar sobre seus s�ditos de maneira paternal, cuidando deles como um pai cuidava dos seus filhos; a preocupa��o com o bem-estar do seu povo o distinguia do tirano”. Assim, segundo Arist�teles, o rei teria mais excel�ncia do que todos do reino, e seria admirado e respeitado.

Teoria � parte, na pr�tica, Alexandre aprendeu as melhores t�cnicas de luta com os generais e os guerreiros experientes do ex�rcito do pai. A rivalidade, ent�o, era s� uma quest�o de tempo e maturidade. Felipe vivia em guerra permanente conquistando povos diversos e deixava com Alexandre,  com apenas 16 anos, o selo real, autorizando-o a agir como soberano. O jovem chegou a comandar batalhas contra tribos rebeldes na fronteira da Maced�nia. Com seus �xitos, passou a confrontar o pai.

Em 338 a.C., o ex�rcito de Felipe venceu Atenas e Tebas e, pela primeira vez na hist�ria, um forasteiro dominava a Gr�cia continental. N�o satisfeito, Felipe planejou invadir o Imp�rio Persa, de Dario III, o maior e mais poderoso do mundo na �poca. Cento e cinquenta anos antes, Dario, o Grande Rei, tinha arrasado Maced�nia e Atenas, e Felipe queria vingan�a.

Mas Felipe comandava um reino de intrigas e inimigos e antes que sua conviv�ncia com Alexandre se tornasse insuport�vel, acabou misteriosamente morto a facadas por Paus�nias, soldado do seu pr�prio ex�rcito, durante um desfile em homenagem aos deuses gregos. O assassino, que logo foi executado pela guarda real, deixou no ar um mist�rio nunca esclarecido sobre o motivo do ataque. Come�ou assim, portanto, a ascens�o de Alexandre.

A CONQUISTA
DO MUNDO

Novo rei da Maced�nia, Alexandre empreendeu a maior de todas as conquistas do mundo at� ent�o. Depois de v�rias batalhas, dominou o fabuloso Imp�rio Persa e p�s o rei Dario III em fuga. O que o movia era a ambi��o de ir onde nenhum grego jamais havia estado, assim se tornaria o maior de todos. Sua m�xima filos�fica ent�o, segundo Arriano, era: “Nenhuma vit�ria importa se n�o conseguimos a vit�ria sobre n�s mesmos”.

“Os maced�nios eram considerados mendigos comparados ao rei da P�rsia; seus tesouros continham montes de ouro e prata. Apenas o ex�rcito tinha 100 mil soldados de infantaria oriundos de povos conquistados.”  Sem falar na for�a mar�tima.

Alexandre tinha um ex�rcito infinitamente inferior, mas com estrat�gias e ousadas e usando rotas in�spitas por terra e mar e grande log�stica, com milhares de homens, cavalos e camelos, rompeu as longas dist�ncias e conquistou os persas. Foragido, Dario acabou tra�do e assassinado por um chefe de tribo que se rendeu a Alexandre.

Segundo os autores do livro, a fortuna abocanhada por Alexandre seria hoje o equivalente a US$ 1,6 trilh�o. Apenas em ouro e prata eram 7 mil toneladas, que ele transportou da �sia para a Europa no lombo de 20 mil burros e 5 mil camelos.

O principal segredo do sucesso de Alexandre, que depois seria usado contra ele, curiosamente, contrariava Arist�teles (para quem os n�o gregos eram b�rbaros e tinham de ser escravizados) e os her�is gregos por formar um governo multi�tnico. Para garantir a longevidade de suas vit�rias, ele se preocupava com o bem-estar dos que deixava para tr�s. Acreditava que s� seria poss�vel dominar t�o vastas terras concedendo o poder local a reis da terra conquistada, como novos aliados.

Foi assim na P�rsia e em todas as regi�es conquistadas depois no Norte da �frica – inclusive o Egito, onde foi coroado fara� – e parte da �ndia, onde venceu at� ex�rcitos com elefantes de guerra. Entre a viol�ncia e a diplomacia, Alexandre passou a usar trajes locais e a assimilar costumes de povos conquistados, o que desagradou ao seu pr�prio ex�rcito.

Em apenas 10 anos, ele se tornou rei de quase todo o mundo conhecido e, segundo historiadores, queria se tornar um deus, o mais glorioso de todos.

E n�o foi adiante no Oriente porque parte do Ex�rcito se rebelou contra tantas dist�ncias e adversidades. Era amado e odiado. Se um povo invadido se rendia, seu rei era chamado a governar sob a lideran�a complacente de Alexandre. Se resistia, era simplesmente assassinado em massa ou escravizado, inclusive mulheres e crian�as, por ordem do poderoso maced�nio.

AS ESPOSAS 
E OS AMANTES

A vida sexual de Alexandre, segundo Martin e Blackwell, ainda hoje � alvo de debates controversos. Os termos homossexual, heterossexual e bissexual s�o anacr�nicos se usados para descrever antigos gregos e maced�nios. “Um homem ateniense durante o per�odo cl�ssico podia ter relacionamento sexual publicamente aceito com um homem mais jovem, mas tamb�m um casamento e vida familiar com sua esposa.

O termo bissexual n�o descreve bem esse estado de coisas porque esse ateniense maduro evitaria um relacionamento sexual reconhecido com outro homem de sua pr�pria idade e de status livre, mas poderia n�o pensar duas vezes antes de solicitar sexo de uma escrava ou escravo dom�stico”, dizem os autores. Assim sendo, Alexandre teve duas esposas e tamb�m relacionamentos com homens.

Os autores ressaltam, inclusive,  que as fontes antigas n�o relatam o que os estudiosos modernos afirmam: Alexandre e seu grande amigo de inf�ncia Hef�stio eram amantes, o que seria transgress�o.  Isso porque, pelos padr�es gregos, n�o era permitido dois homens da mesma idade serem amantes.

Na Gr�cia antiga, era comum um adolescente ser entregue a um homem adulto para ser educado e se tornar um cidad�o respeitado e influente em sua cidade-Estado. Mas essa rela��o s� durava at� o jovem amadurecer. Aos olhos de hoje, isso seria simplesmente abuso sexual e pedofilia. Outro exemplo vem de Esparta, onde mulheres adultas podiam abertamente ter filhos com outros homens al�m dos seus maridos, e at� casos com meninas adolescentes.

“Nem Alexandre nem ningu�m que ele tenha conhecido teria pensado em formular a quest�o nesses termos, homossexual ou bissexual”, alertam os professores. Al�m do mais, os casamentos serviam mais para produzir herdeiros e fazer alian�as pol�ticas; sexo era outra hist�ria. 

LEGADO DO
HELENISMO

Depois de conquistar o mundo em 10 anos, num reinado de apenas 13 anos, Alexandre planejava ent�o se voltar para o Oeste, conquistar a Pen�nsula Ib�rica, a parte do mundo que faltava dominar, mas n�o teve tempo. Morreu na Babil�nia, ap�s v�rios dias enfermo, em 323 a.C., aos 33 anos. N�o se sabe se por doen�a ou envenenamento. O seu sonho de um mundo multi�tnico n�o sobreviveu � sua morte. Roxana, sua mulher, estava gr�vida de Alexandre IV, que morreu ainda menino, ap�s a morte do pai.

O grande imp�rio foi entregue aos seus generais, que mergulharam em disputas intermin�veis, assim como os seus descendentes. Eles o levaram ao esfacelamento total nos dois s�culos seguintes, at� que a Maced�nia e toda a regi�o ca�ram sobre o dom�nio do novo dono do mundo, o Imp�rio Romano, dois s�culos depois, por volta de 140 a.C.

No fim, ficou um grande legado cultural e cient�fico. A principal heran�a de Alexandre, eleito o maior grego de todos os tempos em pesquisa realizada na Gr�cia em 2010, segundo Martin e Blackwell, � o helenismo, que foi a dissemina��o da cultura grega al�m da Europa, com influ�ncias orientais, entre a morte de Alexandre e a ascens�o do Imp�rio Romano.

Entre as cerca de 20 cidades que fundou, as mais famosas s�o Kandahar (Afeganist�o) e Alexandria (Egito), esta em 331 a.C. que logo teria a sua fabulosa biblioteca destru�da em 48 a.C. por um inc�ndio at� hoje inexplicado. Foi de Alexandre tamb�m o pioneirismo de patrocinar o que hoje chamar�amos de pesquisa cient�fica, contam os autores, em suas pr�prias expedi��es, que deram grandeza ao seu legado.

Esse princ�pio inspirou sua detalhada coleta de informa��es para as expedi��es militares e o insaci�vel desejo de explorar o mundo. Acima de tudo, motivou-o a querer reunir conhecimentos sobre sua pr�pria natureza e a extens�o do que podia realizar”, concluem os professores.

Os romanos eram fascinados por Alexandre e assim tem sido atrav�s dos mil�nios. Muitas academias militares mundo afora ainda tratam de suas t�ticas de guerra. Para uns como fonte de inspira��o pela sua vis�o de governo multi�tnico, para outros como exemplo a evitar por causa da matan�a de advers�rios. O grande guerreiro intelectual grego segue dividindo a opini�o de historiadores e l�deres pol�ticos. Genocida ou her�i culturalista?


Trecho do livro

Disc�pulo de Arist�teles “O rei Felipe conseguiu o mais persuasivo mestre que p�de encontrar para educar Alexandre, fazendo dele o melhor sucessor poss�vel ao trono de uma pot�ncia mundial: o cientista, fil�sofo e te�rico pol�tico Arist�teles. Este era da mesma idade de Felipe, tendo nascido no final dos anos 380 a.C. Embora grego, Arist�teles havia passado a inf�ncia na corte maced�nia, onde seu pai trabalhava como m�dico oficial.

Ele e Filipe muito provavelmente eram amigos de inf�ncia. Quando tinha cerca de 18 anos, Arist�teles deixou a Maced�nia para estudar em Atenas, com Plat�o, o mais importante fil�sofo da �poca e ele pr�prio disc�pulo do reconhecidamente controverso S�crates. O curr�culo de Plat�o enfatizava matem�tica, geometria, teoria pol�tica e �tica. Arist�teles tornou-se a pessoa mais instru�da entre os gregos e, em tempos posteriores, o mais influente pensador da Gr�cia Antiga.

Durante sua longa carreira, ele lecionou uma incr�vel diversidade de mat�rias: bot�nica, geografia, matem�tica, geometria, ret�rica, hist�ria pol�tica, filosofia pol�tica, pol�tica estrat�gica, teoria liter�ria, metaf�sica, astronomia, o significado dos sonhos e filosofia como guia pr�tico para se viver uma vida de excel�ncia.”


Trecho do livro

Funda��o de Alexandria ”Em M�nfis, � sombra das grande pir�mides, um sacerdote eg�pcio coroou Alexandre fara�, um ser humano elevado ao status de deus vivo enquanto estivesse no trono eg�pcio. Alexandre comemorou o sucesso com um grande festival e em seguida, no in�cio de 331 a.C., navegou pelo Rio Nilo abaixo at� o delta ocidental, sobre o Mar Mediterr�neo.

Ali, inspirado por um sonho que citava versos da Odisseia de Homero, ele instruiu seus arquitetos a planejarem o tra�ado de uma nova cidade. Nomeada em sua pr�pria homenagem, essa cidade portu�ria estava destinada a promover o com�rcio mar�timo por toda a bacia do Mediterr�neo. Seus instintos estavam certos. Alexandria logo cresceria, tornando-se uma das maiores e famosas cidades do mundo antigo. A biblioteca e a universidade seriam o palco em que dramas pol�ticos moldariam o mundo durante s�culos.”

Alexandre, o grande
De Thomas R. Martin e Christopher W. Blackwell
Zahar Editora
260 p�ginas
R$ 43,90
R$ 30,74 (e-book)


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