Em pauta, assuntos ligados � infraestrutura da cidade (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
A tr�s dias do primeiro turno, oito candidatos � Prefeitura de Belo Horizonte participaram, nesta quinta-feira (12), de debate promovido pela Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Em pauta, assuntos ligados � infraestrutura da cidade. A constru��o de um Rodoanel e a expans�o do metr� foram temas citados por alguns dos postulantes.
Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Bruno Engler (PRTB) divergiu do comunista Wadson Ribeiro (PCdoB) sobre a viabilidade da atra��o de recursos para ampliar o metr�.
Citando a multa aplicada pela Uni�o � antiga Ferrovia Centro-Atl�ntica (FCA), aposta do governo federal para impulsionar as obras, Engler garantiu di�logo em prol da libera��o da verba. Uma das ideias � construir a segunda linha do trem urbano, ligando a Regi�o do Barreiro e ao Calafate. A libera��o do montante depende do aval do Congresso Nacional.
"Meu governo vai ter contato direto com o presidente da Rep�blica e portas abertas para o governo estadual. Vamos fazer de tudo para receber investimentos e fazer Belo Horizonte prosperar", afirmou.
"N�o vamos construir metr� aqui. Quem fala isso est� mentindo para a popula��o", rebateu Wadson. Em contrapartida, ele defendeu a redu��o da tarifa de �nibus – atualmente fixada em R$ 4,50 – para R$ 3,50.
"O novo Rodoanel vai desviar o tr�nsito de caminh�es e permitir que o atual anel rodovi�rio seja apenas uma avenida", explicou.
O estado quer que a mineradora pague R$ 54 bilh�es como indeniza��o. Parte desse valor seria investido em obras p�blicas.
Para Jo�o V�tor Xavier (Cidadania), o Plano Diretor da capital, mecanismo respons�vel por nortear a ocupa��o do solo, tem bases prejudiciais � popula��o. O documento foi aprovado pela C�mara Municipal no ano passado.
"O Plano Diretor faz muito mal � cidade, expulsando daqui o emprego, o investimento e a oportunidade para as pessoas. Tira do belo-horizontino a chance de ter uma cidade mais moderna".
Regulariza��o fundi�ria em pauta
Representante do Novo na disputa, Rodrigo Paiva cr� que a regulariza��o de im�veis constru�dos nas periferias pode dar f�lego a pequenos empreendedores que esbarram em crit�rios legais para formalizar seus neg�cios.
"H� pessoas que vivem (em um local) h� cinquenta anos, mas n�o t�m a posse do im�vel. Vamos fazer um esfor�o concentrado, e j� estive com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para uma for�a tarefa com as escolas de direito em busca da regulariza��o fundi�ria", prometeu.
Questionado sobre as ocupa��es urbanas espalhadas cidade afora, Marcelo Souza e Silva (Patriota) sustentou que o tema deve ser tratado com cautela.
"H� pessoas na fila, por muitos anos, para buscar suas moradias. Quando h� invas�es, a tend�ncia � que a prefeitura d� prefer�ncia aos que est�o invadindo", falou, embora tenha reconhecido a vulnerabilidade que assola os moradores das ocupa��es.
Marcelo voltou a encampar a ideia de, mediante contrapartidas, construir moradias de BH em munic�pios vizinhos.
Chuvas e guarda municipal
Wanderson Rocha, do PSTU, criticou a postura da prefeitura ante as chuvas que assolaram a cidade no in�cio do ano.
"Vamos fazer um levantamento das �reas de risco da cidade. H� pessoas atingidas pelas chuvas deste ano que est�o sem suas moradias", declarou, sugerindo a cria��o de conselhos populares para descentralizar a gest�o.
Professor Wendel Mesquita (Solidariedade) cobrou valoriza��o dos profissionais que integram a Guarda Municipal. A inten��o � incorporar, ao sal�rio formal, as quantias pagas em forma de gratifica��o.
"Hoje, metade do sal�rio da Guarda � pago por meio de gratifica��o. Quando o profissional se aposentar, ele perde esse benef�cio".
Aus�ncias
Rec�m-sa�do do hospital por conta do novo coronav�rus, Fabiano Cazeca (Pros) n�o compareceu. Ap�s um assessor ter contra�do a doen�a, �urea Carolina, do Psol, embora tenha testado negativo, aguarda contraprova do exame para retomar atividades presenciais.
O candidato Cabo Xavier (PMB) tamb�m n�o compareceu ao debate. Ele passou mal por volta das 18h em seu comit� de campanha, sentindo dores no peito, tontura e falta de ar. Xavier foi encaminhado ao hospital da Pol�cia Militar, no Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Leste da capital, para a realiza��o de exames.
A princ�pio, suspeita-se de um princ�pio de infarto. Segundo a assessoria de Cabo Xavier, ele teve um problema semelhante em julho deste ano e, desde ent�o, vem se tratando.
Por compromissos previamente assumidos, Lafayette Andrada (Republicanos) e Nilmario Miranda (PT) n�o participaram. Ausentes, tamb�m, Alexandre Kalil (PSD) e Mar�lia Domingues (PCO).
Primeiro turno de vota��o nas elei��es 2020 ser� em 15 novembro. Confira nosso guia
Elei��es 2020: como votar, datas e hor�rios
O primeiro turno das elei��es 2020 ser� em 15 de novembro e, caso seja necess�rio no seu munic�pio, o segundo turno ser� realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas elei��es, o hor�rio de vota��o � das 7h �s 17h. O hor�rio entre 7h e 10h � preferencial para maiores de 60 anos.
Muitas mudan�as foram feitas pela Justi�a Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o per�odo eleitoral de 2020. Al�m disso, os eleitores tamb�m ter�o de se adaptar �s novas normas para os dias de vota��o, como a abertura antecipada das se��es eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como justificar o voto nas elei��es 2020?
Os eleitores poder�o optar por justificar o voto de tr�s formas:
No dia das elei��es: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a aus�ncia em qualquer local de vota��o, das 7h �s 17h. O eleitor dever� ter o n�mero do t�tulo, um documento oficial de identifica��o e o formul�rio de justificativa preenchido.
Depois das elei��es: preenchendo o formul�rio de justificativa em qualquer cart�rio eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em at� 60 dias ap�s a vota��o.