
At� o momento, sabe-se que os casos mais severos ocorrem com mais frequ�ncia em crian�as, dependendo do estado de sa�de e da exposi��o ao v�rus.
O pediatra, epidemiologista, mestre em medicina tropical e professor em�rito da Faculdade de Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais (FCMMG) Jos� Geraldo Leite Ribeiro explica que "o que conhecemos da monkeypox � basicamente da sua forma end�mica na �frica"
"A dissemina��o global da doen�a que estamos vendo agora � bastante recente. Na �frica, a explica��o maior para que as crian�as tenham formas mais graves � que, provavelmente, os adultos tiveram infe��es naturais por outros monkeypox v�rus, que podem dar uma prote��o cruzada, e aqueles de uma faixa et�ria maior ainda devem ter sido vacinados contra var�ola no passado, que tamb�m d� uma prote��o cruzada contra monkeypox", afirma.
"A dissemina��o global da doen�a que estamos vendo agora � bastante recente. Na �frica, a explica��o maior para que as crian�as tenham formas mais graves � que, provavelmente, os adultos tiveram infe��es naturais por outros monkeypox v�rus, que podem dar uma prote��o cruzada, e aqueles de uma faixa et�ria maior ainda devem ter sido vacinados contra var�ola no passado, que tamb�m d� uma prote��o cruzada contra monkeypox", afirma.
O pediatra e epidemiologista enfatiza que "as formas mais graves de monkeypox ocorrem nas crian�as, nas gestantes, inclusive, com risco de atingir o feto, e nas pessoas que t�m imunodefici�ncia". "Claro que esse conhecimento � baseado na epidemiologia da forma end�mica na �frica. Mas � bastante prov�vel que se reproduza entre n�s", diz.
Preven��o
Para Jos� Geraldo Leite Ribeiro, a vacina � a forma mais adequada de preven��o. No entanto, ele destaca que "no momento, como a epidemiologia da doen�a est� mais restrita a homens adultos, talvez n�o indicasse a vacina��o de toda uma popula��o. Al�m disso, os estoques internacionais de vacinas s�o muito pequenos. N�o seria poss�vel uma vacina��o em termos globais".

Ele alerta sobre os cuidados com a preven��o: "Primeiro, a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) est� recomendado a redu��o do n�mero de parceiros sexuais, ou seja, que se evite atividade sexual incomum, com pessoas n�o conhecidas. � muito importante. E que procurem assist�ncia m�dica, quando do aparecimento de uma ves�cula, uma bolinha d'�gua pelo corpo. E uma vez isso tendo sido diagn�sticado, que se fa�a o isolamento do paciente e a quarentena adequada de seus contatos", ressalta.
"A transmiss�o � basicamente pele a pele, mas tamb�m � importante indiretamente, por meio de len�ois e roupas que possam ser contaminados. Essas medidas adotadas s�o capazes de restringir a dissemina��o da monkeypox", completa.
"A transmiss�o � basicamente pele a pele, mas tamb�m � importante indiretamente, por meio de len�ois e roupas que possam ser contaminados. Essas medidas adotadas s�o capazes de restringir a dissemina��o da monkeypox", completa.
Jos� Geraldo Leite Ribeiro diz que "no caso da doen�a na crian�a, as gestantes podem sim, como tem contato �ntimo com seus beb�s, transmitir para eles. Al�m disso, h� descri��o na epidemioliogia africana do acometimento fetal quando a gestante est� doente".
Casos de crian�as infectadas em S�o Paulo
A Prefeitura de S�o Paulo confirmou o registro at� o momento de tr�s casos de var�ola dos macacos (monkeypox) em crian�as no munic�pio. S�o as primeiras notifica��es no p�blico infantil. Conforme informou a Secretaria Municipal da Sa�de, todas est�o em monitoramento, sem sinais de agravamento.
Vacina � a principal forma de preven��o
As vacinas s�o a principal forma de preven��o. De acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), o imunizante que protege contra a var�ola tem uma efetividade de 85% contra a var�ola dos macacos.
A var�ola dos macacos � transmitida quando algu�m tem contato pr�ximo com as les�es de pele, as secre��es respirat�rias ou os objetos usados por uma pessoa que est� infectada. E tamb�m nas rela��es sexuais.
No Brasil, o Minist�rio da Sa�de anunciou que est� negociando a compra de vacinas contra a var�ola. O Instituto Butantan e a Funda��o Oswaldo Cruz tamb�m est�o estudando a possibilidade de fabricar doses no pr�prio pa�s.
O Brasil registrou um crescimento de 65% nas notifica��es de var�ola dos macacos. Na quarta-feira (27/7), os registros chegaram a 978 casos confirmados, conforme dados do Minist�rio da Sa�de. H� uma semana, eram 592. Os estados com maior n�mero de casos at� o momento s�o: S�o Paulo (744), Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44).
