O uso excessivo de dispositivos eletr�nicos � uma das grandes preocupa��es do mundo moderno. Existem pesquisas que apontam para a perda de habilidades cognitivas e a chamada "dem�ncia digital", no entanto, um novo estudo mostra que os smartphones podem ajudar na mem�ria.
O texto de pesquisadores da University College London, no Reino Unido, foi publicado na revista cient�fica Journal of Experimental Psychology: General na segunda-feira (1º/8) e mostra que o uso de aparelhos digitais como uma ferramenta para lembrar das coisas, amplia a capacidade de memoriza��o.
Os dispositivos se mostraram capazes de mudar a maneira como as pessoas usam a mem�ria para armazenar informa��es importantes do cotidiano.
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Para comprovar as premissas, os pesquisadores realizaram testes com 158 volunt�rios entre 18 e 71 anos. Cada participante assistia at� 12 c�rculos numerados em uma tela e precisavam se lembrar de arrastar eles ou para a direita ou para a esquerda.
O n�mero de c�rculos arrastados corretamente determinava o valor do pagamento que os volunt�rios receberiam no final. Um lado foi designado como de "valor alto" - ou seja, lembrar de levar o c�rculo para aquele lugar valia 10 vezes mais do que lembrar de arrastar o c�rculo para o lado de "valor baixo".
Resultados intrigantes
Os participantes usaram os dispositivos celulares, em sua maioria, para lembr�-los de arrastar os c�rculos para o lado de "valor alto". E quando fizeram isso, a mem�ria foi aprimorada em 18%, segundo os pesquisadores.
Al�m disso, a mem�ria para os c�rculos de "valor baixo" tamb�m foi aprimorada em 27%, mesmo para as pessoas que n�o usaram alertas para se lembrar deles. No entanto, os pesquisadores identificaram um risco potencial ao usar alertas para se lembrar.
Quando os alertas foram retirados, os volunt�rios lembraram mais dos c�rculos de "valor baixo" do que dos de "valor alto". Isso, segundo dados da pesquisa, mostra como os volunt�rios haviam confiado as tarefas de "valor alto" nos dispositivos celulares e acabaram se esquecendo deles.
"Quando as pessoas tinham que lembrar por si mesmas, elas usavam sua capacidade de mem�ria para lembrar as informa��es mais importantes. Mas quando eles podiam usar o dispositivo, eles salvavam informa��es de alta import�ncia no dispositivo e usavam sua pr�pria mem�ria para informa��es menos importantes", explica Sam Gilbert, um dos autores da pesquisa.
Gilbert ressalta ainda que os dados acendem um alerta para os riscos potenciais de fazer o "backup" de informa��es importantes. "Se uma ferramenta de mem�ria falhar, podemos ficar com nada al�m de informa��es de menor import�ncia em nossa pr�pria mem�ria", pontua.