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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Celular pode afetar o desempenho da mem�ria e desinteresse pelo estudo

Pesquisador explica que pessoas acostumadas a uma verdadeira enxurrada de est�mulos, por conta do celular, desenvolvem c�rebros mais pregui�osos


06/07/2022 14:09 - atualizado 06/07/2022 17:46

mão segura um smartphone mostrando seus ícones
O uso excessivo pode ser nocivo, inclusive para os estudos (foto: Imagem de Pexels/Pixabay )
O celular que facilita a vida em diversos aspectos, como fazer chamadas, enviar mensagens, usar o GPS, compras, transa��es banc�rias, entre outras a��es, necessita que a sua utiliza��o seja feita com intelig�ncia, para n�o afetar negativamente algumas fun��es necess�rias do c�rebro. O uso excessivo pode ser nocivo, inclusive para os estudos.

O professor Renato Alves, escritor, pesquisador, palestrante internacional, CEO da Memory Academy e dono do t�tulo de "Melhor Mem�ria do Brasil" (certificado pelo livro dos recordes., mostra que a neuroci�ncia coletou dados importantes e que chamam aten��o para esses danos. E os exemplos aparecem em costumes aparentemente inofensivos.

“A calculadora do celular, por exemplo, � uma aliada para confirmar os resultados de uma conta complexa do trabalho ou da faculdade, mas a partir do momento em que ela come�a a substituir a capacidade l�gico-matem�tica, isso se torna um problema”, alerta Renato Alves.
O motivo, segundo o pesquisador, � que quanto mais se usa a calculadora, mais lento o c�rebro fica. “E quando as pessoas precisam fazer uma conta e n�o tiverem nenhuma calculadora por perto, o c�rebro vai demorar mais para raciocinar”, avisa.

Memoriza��o � afetada


Renato Alves explica que, nesse mesmo contexto, a memoriza��o pode ser afetada. “At� poucos anos atr�s era preciso estimular a pr�pria mem�ria para encontrar um n�mero de telefone e conseguir ligar para algu�m. Agora, isso ocorre com um �nico clique, ou dando um comando de voz. Ou seja, estamos perdendo a habilidade de guardar n�meros na mem�ria".
O pesquisador mostra, ainda, que o celular se tornou um “sequestrador de aten��o”. “Quantas vezes algu�m estava fazendo algo importante e bastou chegar uma notifica��o para perder o foco e come�ar a vagar sem rumo pelas redes sociais? Esses alertas que chegam de forma constante no celular funcionam como um gatilho neurol�gico”, adverte.


Cortisol e dopamina


Renato Alves
Professor e pesquisador, Renato Alves alerta que interagir muito com o celular prejudica a crian�a que pode sofrer dificuldades na linguagem (foto: Arquivo Pessoal)


O problema, segundo Renato, � que esse gatilho n�o tem hora para disparar. “E cada vez que chegar uma notifica��o ou uma mensagem, o usu�rio vai receber uma descarga de  horm�nios como o cortisol, quando reconhece que o conte�do da mensagem � algo estressante ou de dopamina, quando o assunto for causa de prazer e bem-estar”.

A dopamina, assim como o efeito das drogas no c�rebro, provoca uma vontade maior de utilizar o celular, funcionando como um verdadeiro est�mulo. “Ou seja, antes, 15 minutos no celular eram suficientes para provocar satisfa��o e agora s�o necess�rias horas para conseguir atingir essa sensa��o”, analisa.

Circular pela casa com o celular nas m�os, checando-o todo o tempo, provoca uma perda de 40% do tempo produtivo do c�rebro. H�, tamb�m o risco de entrar em estado de pregui�a mental. “Alguns pesquisadores descobriram que pessoas acostumadas com essa enxurrada de est�mulos por conta do celular desenvolvem c�rebros mais pregui�osos”.


Danos aos c�rebros em forma��o


Outro dado que tamb�m chama a aten��o s�o os danos do celular em c�rebros que ainda est�o em forma��o, ou seja, de crian�as e adolescentes, que precisam receber est�mulos do ambiente, ter contato com a natureza e com experi�ncias diferentes. “Por�m, ao interagir muito com o celular, esse contato fica prejudicado e a crian�a pode sofrer dificuldades na linguagem, em lidar com as pr�prias emo��es e com outras pessoas”, alerta Renato Alves.
E o que fazer para evitar esses efeitos negativos? “Na verdade, a resposta � bem simples: assumir o controle, ou seja, equilibrar a vida com o uso da tecnologia. Uma forma de atingir esse objetivo � deletar os aplicativos que 'drenam' sua energia e tamb�m restringir o uso do celular em momentos em que a aten��o � crucial, como, por exemplo, durante os estudos. Para fazer isso, � poss�vel colocar o celular em outro c�modo ou deslig�-lo enquanto estiver lendo ou estudando”, recomenda o pesquisador.


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