(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas SIL�NCIO

Misofonia: sons que perturbam e afetam o emocional

A sensibilidade seletiva do som ocorre a qualquer momento e gera mais que um simples inc�modo. Sintomas podem aparecer na inf�ncia e se agravar na vida adulta


12/08/2022 10:01 - atualizado 12/08/2022 10:03

moça tampa os ouvidos com fisionomia incomodada
A hipersensibilidade a determinados tipos de barulhos � incontrol�vel e ocorre a qualquer momento, independentemente do humor, gerando mais que um simples inc�modo (foto: Elyas Pasban/Unsplash)
Voc� sabe o que � misofonia? Todo mundo, em algum momento da vida, j� se irritou com alguns sons espec�ficos, como: clique de caneta, som de teclado, barulho de mastiga��o, buzinas de carros, m�sicas, respira��o alta, barulhos de beijos, som de ingest�o de �gua, ronco, salto alto no assoalho, latido de cachorro, mascar de chicletes, torneira pingando, som repetitivo de algu�m balan�ando as pernas, entre outros. Quem nunca? Principalmente quando vive um momento de estresse ou cansa�o excessivo. Mas algumas pessoas t�m sensibilidade seletiva do som, � o que se de misofonia.

Para alguns, a hipersensibilidade a determinados tipos de barulhos � incontrol�vel e ocorre a qualquer momento, independentemente do humor, gerando mais que um simples inc�modo. Desencadeando diversas sensa��es perturbadoras. 

A psicanalista Andr�a Ladislau explica que misofonia � "uma s�ndrome neuro-comportamental que gera a intoler�ncia patol�gica aos barulhos, de forma cr�nica e intensa e causando rea��es emocionais desagrad�veis."
Ela destaca que as causas ainda n�o s�o totalmente esclarecidas. Entretanto, a misofonia pode ocorrer devido a uma hipersensibilidade entre a parte do c�rebro que processa os sons e a que os identificam. "E, normalmente, quem sofre com esse caos sonoro � classificado como uma pessoa louca, intolerante, antip�tica, estressada ou mal-humorada por n�o ter o controle absoluto das suas rea��es quando exposta a determinados tipos de sons".

Irrita��o, raiva e ansiedade

Andr�a Ladislau conta que, tamb�m entendido como um dist�rbio neurol�gico, audiol�gico ou psiqui�trico, o sofrimento ps�quico presente na intoler�ncia ou na avers�o aos sons espec�ficos, geram gatilhos e uma reatividade emocional negativa: irrita��o, raiva e ansiedade. "Diante destes sintomas, o misof�nico (pessoa que sofre com o problema) fica t�o irritado que chega a se isolar, ter problemas profissionais e at� agredir os outros por tamanha c�lera. Por estar sempre em busca da diminui��o de seu desconforto auditivo."
 
A psicanalista afirma que os sintomas costumam aparecer na inf�ncia e podem se agravar na vida adulta. "Desta forma, se faz necess�rio um diagn�stico precoce com uma equipe multidisciplinar composta por um otorrinolaringologista, um psic�logo, um neurologista ou um psiquiatra para que possam controlar essa exposi��o e acompanhar a melhora da doen�a em todos os seus aspectos cl�nicos."

N�o tem cura, mas tem tratamento

Andr�a Ladislau alerta que, sem o tratamento adequado, a piora � gradativa e a pessoa fica propensa a acumular sons irritantes. "Apesar da misofonia n�o ter cura, existe tratamento conservador para amenizar os sintomas. Um deles � a terapia cognitiva condicional que auxilia no controle e na aceita��o desta condi��o, sem que afete os relacionamentos e a rela��o do indiv�duo com o ambiente".

A psicanalista lembra que s� quem convive com a misofonia sabe o qu�o dif�cil � essa condi��o: "� complicado ser julgado ou incompreendido pelo outro e carregar uma culpa por ser o �nico a n�o tolerar algo que para os outros � t�o comum e, muitas vezes, at� percept�vel. Diante disso, o �nico ref�gio que o misof�nico encontra � se isolar, se afastar das pessoas por n�o se sentir acolhido, exatamente para n�o incomodar com suas reclama��es constantes. J� que, para a maioria, tudo n�o passa de chatice, rabugice, frescura ou mimimi".

Andr�a Ladislau pontua que a falta de conhecimento pode vir a gerar incompreens�o e julgamentos desnecess�rios. "Esse dist�rbio � uma condi��o especial de sa�de mais comum do que se imagina. Se sente algo parecido ou conhece algu�m que sofre com esses sintomas recorrentes e intensos, fique atento. � hora de procurar ajuda."





receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)