(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas SA�DE DO CORA��O

Sociedade m�dica dos EUA revisa sintomas das principais doen�as do cora��o

As doen�as cardiovasculares est�o em primeiro lugar no ranking mundial de mortalidade. Manifesta��es costumam ser diferentes entre homens e mulheres


19/08/2022 10:55

Médico
(foto: Pixabay)

As doen�as cardiovasculares (DCVs) s�o a principal causa de morte do mundo e compreender os sintomas tem importantes implica��es para o tratamento, a qualidade de vida e a longevidade das pessoas afetadas. Embora alguns sinais, como dor no peito, batimentos acelerados e paralisia facial, sejam f�ceis de reconhecer, a Associa��o Norte-Americana do Cora��o (AHA) alerta que muitas outras manifesta��es podem estar associadas. Al�m disso, mulheres e homens costumam experimentar sensa��es diferentes. Em um artigo publicado nesta quinta-feira (18/8) na revista Circulation, a sociedade m�dica revisou pesquisas atuais sobre as seis DCVs mais incidentes, para que pacientes e m�dicos tenham um quadro mais preciso desses males.

"Algumas pessoas podem n�o considerar sintomas como fadiga, dist�rbios do sono, ganho de peso e depress�o como importantes ou relacionados a doen�as cardiovasculares", alega, em nota, a presidente do comit� de reda��o da declara��o cient�fica da AHA, Corrine Y. Jurgens. "No entanto, pesquisas indicam que sintomas sutis como esses podem prever eventos agudos e a necessidade de hospitaliza��o", esclarece. Na revis�o cient�fica, foram inclu�das as manifesta��es cl�nicas de ataque card�aco, insufici�ncia card�aca, doen�a valvular, acidente vascular cerebral, arritmias e doen�a arterial e venosa perif�rica.

Leia tamb�m: Estudo identifica mais de 70 genes associados ao autismo

No artigo, os m�dicos destacam como os sintomas se manifestam ao longo do tempo, que pode ser meses ou anos, dependendo da condi��o. Uma das observa��es do grupo � que, al�m de variar no decorrer da doen�a, os sinais tamb�m s�o diversos de acordo com o sexo. Isso � verdadeiro nas seis DVCs descritas no artigo.

Por exemplo, no caso de infarto, quando o fluxo sangu�neo para o cora��o � interrompido subitamente, homens costumam relatar, mais frequentemente, uma forte press�o no peito, com irradia��o da dor para mand�bula, ombro, bra�o ou parte superior das costas. Mulheres tamb�m experimentam essas sensa��es, mas, no caso delas, a dor � reportada como mais aguda ou intensa. Pessoas do sexo feminino tamb�m t�m mais propens�o a apresentar um n�mero maior de sintomas associados, como n�usea e palpita��es.

Insufici�ncia


Na insufici�ncia card�aca, os estudos recentes tamb�m demonstram uma discrep�ncia entre sintomas vivenciados por homens e mulheres. Elas relatam uma variedade maior de sinais, s�o mais propensas a ter depress�o e ansiedade e reportam uma qualidade de vida inferior, em compara��o aos pacientes do sexo masculino. Assim como no infarto, n�useas, palpita��es e altera��es digestivas, al�m de n�veis mais intensos de dor (em outras �reas do corpo, n�o apenas no peito), incha�o e sudorese s�o reclama��es mais comuns no sexo feminino.

Segundo Nanette K. Wenger, professora de cardiologia da Escola de Medicina da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, as mulheres s�o sub-representadas em estudos sobre doen�as cardiovasculares, fazendo com que os sintomas relatados por elas sejam, frequentemente, considerados at�picos. "Devemos abordar urgentemente as lacunas generalizadas no conhecimento e na presta��o de cuidados de sa�de para reduzir as disparidades de g�nero e alcan�ar a equidade. N�o h� como melhorar a sa�de cardiovascular sem alcan�ar a equidade em sa�de", defende Wenger, que n�o participou do artigo atual.

Tanto mulheres como homens precisam ficar atentos aos sintomas que costumam ser menos relatados, adverte o artigo da Circulation. Especialmente no caso de emerg�ncias, como acidente vascular cerebral, nenhum alerta deve ser ignorado. "Quanto antes forem identificados, maiores as chances de que a pessoa n�o venha a falecer ou que tenha sequelas menores. O paciente que apresenta qualquer um dos sintomas de AVC deve ser levado imediatamente ao atendimento m�dico", destaca Marcelo Valadares, neurocirurgi�o da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo. Entre as manifesta��es, incluindo cl�ssicas e n�o cl�ssicas, est�o fortes dores de cabe�a repentinas, acompanhadas por v�mito, fraqueza ou dorm�ncia em pernas, bra�os ou face; dificuldade para enxergar ou perda de vis�o, problemas na fala e paralisia.

Outro alerta da AHA � que pacientes e m�dicos n�o devem ignorar a forte associa��o entre doen�as cardiovasculares e depress�o. Um estudo citado no artigo mostra que o problema psiqui�trico � duas vezes mais comum em pessoas que sofrem algum tipo de DCV. Segundo a publica��o, pacientes com dor tor�cica persistente, insufici�ncia card�aca, doen�a arterial perif�rica e sobreviventes de AVC comumente t�m quadros depressivos e/ou de ansiedade. Tanto mulheres como homens precisam ficar atentos aos sintomas que costumam ser menos relatados, adverte o artigo da Circulation. Especialmente no caso de emerg�ncias, como acidente vascular cerebral, nenhum alerta deve ser ignorado. "Quanto antes forem identificados, maiores as chances de que a pessoa n�o venha a falecer ou que tenha sequelas menores. O paciente que apresenta qualquer um dos sintomas de AVC deve ser levado imediatamente ao atendimento m�dico", destaca Marcelo Valadares, neurocirurgi�o da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo.

Entre as manifesta��es, incluindo cl�ssicas e n�o cl�ssicas, est�o fortes dores de cabe�a repentinas, acompanhadas por v�mito, fraqueza ou dorm�ncia em pernas, bra�os ou face; dificuldade para enxergar ou perda de vis�o, problemas na fala e paralisia. Outro alerta da AHA � que pacientes e m�dicos n�o devem ignorar a forte associa��o entre doen�as cardiovasculares e depress�o. Um estudo citado no artigo mostra que o problema psiqui�trico � duas vezes mais comum em pessoas que sofrem algum tipo de DCV. Segundo a publica��o, pacientes com dor tor�cica persistente, insufici�ncia card�aca, doen�a arterial perif�rica e sobreviventes de AVC comumente t�m quadros depressivos e/ou de ansiedade.

Sinais de alerta

- Ataque card�aco: dor no peito (como press�o ou desconforto) que pode irradiar para mand�bula, ombro, bra�o ou parte superior das costas. Falta de ar, sudorese ou suor frio; fadiga incomum, n�usea e tontura podem ocorrer tamb�m. Mulheres s�o mais propensas do que os homens a relatar mais sintomas al�m da dor no peito.

- Insufici�ncia card�aca: falta de ar � o sintoma cl�ssico. Mas h� sinais precoces e mais sutis que devem ser informados ao m�dico, como dor de est�mago, n�useas, v�mitos e perda de apetite; fadiga; intoler�ncia ao exerc�cio f�sico, ins�nia; dor (no peito e outras), dist�rbios do humor (principalmente depress�o e ansiedade), e disfun��o cognitiva (n�voa cerebral, problemas de mem�ria). Mulheres declaram uma maior variedade de sintomas, s�o mais propensas a ter depress�o e ansiedade e relatam uma qualidade de vida inferior em compara��o com homens.

- Doen�a da v�lvula card�aca:
em casos leves, pode ser assintom�tica por anos e, progressivamente, surgirem mais sintomas semelhantes aos associados � insufici�ncia card�aca. Mulheres com estenose a�rtica, que ocorre quando a v�lvula a�rtica se estreita e restringe o fluxo sangu�neo do cora��o, mencionam mais frequentemente falta de ar, intoler�ncia ao exerc�cio e fragilidade f�sica do que os homens.

- Acidente vascular cerebral:
paralisia e/ou fraqueza na face, dificuldade para falar, tontura, perda de coordena��o ou equil�brio e altera��es visuais. As mulheres s�o mais propensas do que os homens a ter outros sintomas menos familiares, como dor de cabe�a, estado mental alterado, coma ou estupor.

- Arritimias: sensa��o de batimentos card�acos anormais ou palpita��es que podem ser irregulares, r�pidas, agitadas ou interrompidas. Outros sintomas incluem fadiga, falta de ar e tontura. Mulheres e adultos s�o mais propensos a sentir palpita��es, enquanto os homens costumam ser assintom�ticos.

- Doen�a arterial perif�rica: pessoas com a enfermidade podem n�o apresentar sintomas ou desenvolver o sinal cl�ssico de claudica��o, que � a dor em um ou ambos os m�sculos da panturrilha durante a caminhada. Dor em outras partes das pernas e nos p�s e nos dedos dos p�s s�o os sintomas mais comuns, em vez da dor na panturrilha.

Fonte: Associa��o Norte-Americana do Cora��o


Antônio Carlos Pereira Barretto
(foto: Arquivo Pessoal)
Tr�s perguntas para...

Ant�nio Carlos Pereira Barretto, m�dico do Servi�o de Preven��o e Reabilita��o no InCor de SP


Para os pacientes, qual a import�ncia da atualiza��o de sintomas publicada pela Associa��o Norte-Americana do Cora��o (AHA)?

A coisa mais importante � conversar com o paciente e conhecer a hist�ria dele. Interpretar corretamente os sintomas � fundamental para o diagn�stico e para a orienta��o. Agora, ter um artigo destacando os principais � sempre relevante, porque leva os m�dicos a formularem as perguntas e faz com que os pacientes fiquem mais interessados em identificar e passar os sintomas para eles.

O documento da Associa��o Norte-Americana do Cora��o enfatiza a import�ncia do monitoramento p�s-derrame. Como isso � feito?

O AVC � bastante limitante, a pessoa perde movimento, perde mem�ria... Ent�o, � muito importante que a pessoa fa�a o diagn�stico, para tentar prevenir o derrame, mas quem j� teve est� sujeito a ter um novo; da� a import�ncia do monitoramento p�s ocorr�ncia. Como a les�o est� l�, presente, o paciente corre o risco de ter um novo AVC. Temos de valorizar muito os sintomas que os pacientes relatam depois de um derrame, para tentar iniciar um tratamento mais precoce e mudar o desfecho. A AHA chama muito a aten��o para a depress�o que surge p�s-derrame, ent�o, mais uma vez, � preciso monitorar os pacientes e trat�-los, para que tenham uma qualidade de vida melhor. A insufici�ncia card�aca � a primeira causa de interna��o hospitalar em pessoas acima de 60 anos.

Os sintomas dessa condi��o s�o f�ceis de serem identificados precocemente?

� importante lembrar que, na insufici�ncia card�aca, o diagn�stico � feito fundamentalmente baseado nos sintomas. Ent�o � muito importante valorizar os sinais, como cansa�o, falta de ar, dispneia (falta de ar ao deitar). A intensidade dos sintomas tamb�m mostra a intensidade da doen�a. � interessante que o artigo chama aten��o para o fato, tamb�m, de que a pessoa pode ter a doen�a, ela ser grave e ser assintom�tica. A grande mensagem que a gente pode tirar da� � que, na d�vida, n�o deixe de fazer uma consulta com o m�dico.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)