células cancerigenas

c�lulas cancerigenas

National Cancer Institute/Unsplash
Estudo do Observat�rio da Oncologia sobre diagn�stico de linfomas e mortalidade em pacientes atendidos pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) identificou mais de 90 mil casos da doen�a entre 2010 e 2020, prevalecendo o linfoma n�o-Hodgkin (74%), e um aumento de 26,8% de �bitos entre 2010 e 2019. O levantamento observou que o n�mero de casos de linfoma n�o-Hodgkin duplicou nos �ltimos 25 anos, especialmente no grupo et�rio acima de 60 anos.

O hematologista do Grupo Oncocl�nicas Belo Horizonte, Wellington Azevedo, acredita que o crescimento da ocorr�ncia de linfomas n�o-Hodgkin pode estar associado a m�ltiplos fatores, como infec��es virais e envelhecimento da popula��o.

J� o%u200Bs linfomas de Hodgkin s�o mais comuns entre os 15 e 35 anos, com um segundo pico de incid�ncia em pessoas com idade superior a 55 anos. “Al�m disso, ambos podem estar relacionados a doen�as gen�ticas heredit�rias que comprometem o sistema imunol�gico, infec��es cr�nicas, exposi��o a produtos qu�micos, uso de drogas imunossupressoras e hist�rico familiar da doen�a”, informa Wellington Azevedo. 

O diagn�stico precoce e o acesso a tratamentos avan�ados s�o as principais armas para mudar as estat�sticas. A neoplasia atinge as c�lulas de defesa do sangue e tem mais de 60 tipos diferentes, classificados de acordo com a c�lula da qual se originam e o grau de agressividade. Os sintomas s�o vari�veis e podem ser confundidos com algumas infec��es, da� a necessidade de n�o subestimar nenhum inc�modo, como salienta o  hematologista.

Surge em qualquer �rg�o

“Os linfomas podem surgir em qualquer �rg�o do corpo, por�m s�o mais frequentes no sistema linf�tico, quando os linf�citos (gl�bulos brancos – respons�veis por produzir anticorpos e atacar as c�lulas infectadas por v�rus, bact�rias e outros perigos) se proliferam de maneira descontrolada. Ao perceber presen�a de �nguas %u200Bpersistentes (aumento dos g�nglios linf�ticos ou linfonodos) no pesco�o, axilas ou virilha, acompanhadas de febre e suores noturnos, fadiga, perda de peso e coceira na pele busque um m�dico”, orienta Wellington Azevedo.  

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A terap�utica depender� do tipo%u200B de linfoma, estadiamento e %u200Bidade do paciente: “Para os portadores de linfomas que sofrem recidiva ou que n�o respondem ao tratamento inicial, %u200B o transplante de medula �ssea pode ser empregado. J� a terapia celular CAR-T Cell, rec�m-chegada ao pa�s, � indicada para alguns tipos de linfoma n�o-Hodgkin que n�o respondem ao tratamento com o transplante de medula �ssea ou que n�o podem ser submetidos a ele”, descreve o hematologista

CAR-T Cell revoluciona tratamento contra o c�ncer hematol�gico 

Recentemente, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) aprovou os dois primeiros registros sanit�rios no pa�s de um tratamento medicamentoso avan�ado para c�ncer hematol�gico. Os produtos representam uma terapia g�nica baseada em c�lulas T de receptores de ant�genos quim�ricos (CAR), as chamadas “c�lulas CAR-T”, feitos pelas empresas farmac�uticas Novartis e Janssen-Cilag Farmac�utica, respectivamente. 

O primeiro deles, aprovado em 23 de fevereiro, foi batizado de Kymriah@ e � fruto de uma combina��o de terapia g�nica, imunoterapia e terapia celular indicado para o tratamento de pacientes pedi�tricos e adultos jovens (at� 25 anos de idade) com Leucemia Linfobl�stica Aguda (LLA) de c�lulas B refrat�ria ou a partir da segunda recidiva. Al�m disso, tamb�m pode ser recomendado para pacientes adultos com Linfoma Difuso de Grandes C�lulas B (LDGCB), recidivado ou refrat�rio, ap�s duas ou mais linhas de terapias sist�micas.

J� em abril, a reguladora deu seu aval para o uso no pa�s do Carvykt@, recomendado como alternativa para o tratamento de pacientes adultos com mieloma m�ltiplo, tipo de tumor que atinge os plasm�citos, c�lulas da medula �ssea. 
O Grupo Oncocl�nicas � um dos centros de sa�de preparados e autorizados para oferecer esta modalidade de terapia g�nica no Brasil. Em Belo Horizonte, o procedimento � feito pela equipe da unidade N�cleo de Hematologia e Oncologia.

Como funciona a CAR-T Cell

Os linf�citos T s�o produzidos na medula �ssea e t�m in�meras fun��es, tais como eliminar infec��es, destruir c�lulas anormais e infectadas por v�rus ou bact�rias.

A tecnologia CAR-T Cell consiste em usar c�lulas do pr�prio paciente e geneticamente modific�-las em laborat�rio para combater o c�ncer. A estrat�gia consiste, de forma simplificada, em habilitar c�lulas de defesa do corpo (linf�citos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor e atac�-lo de forma cont�nua e espec�fica.