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Estado de Minas CARDIOLOGIA

Morte de mulheres por doen�a card�aca precisa cair 30% at� 2030, dizem m�dicos

Devem ser implementadas com urg�ncia medidas de preven��o de fatores de risco, bem como campanhas de conscientiza��o para o p�blico leigo


13/10/2022 15:17 - atualizado 13/10/2022 15:30

Um coração ilustrado
A expectativa � que com esse novo documento sejam definidas diretrizes para preven��o e tratamento de doen�as card�acas nas mulheres nas redes p�blica e privada de sa�de no pa�s (foto: Pixabay)


RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A mortalidade feminina por doen�as card�acas precisa ser reduzida em um ter�o at� 2030 no Brasil, segundo entidade m�dica. Para isso, medidas de preven��o de fatores de risco, bem como campanhas de conscientiza��o para o p�blico leigo e treinamento de profissionais de sa�de, especialmente de aten��o prim�ria, devem ser implementadas com urg�ncia.

 

Essas s�o as principais conclus�es de um posicionamento publicado nesta quinta-feira (13) pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) sobre a sa�de cardiovascular nas mulheres. A carta e as posi��es da diretoria da SBC foram apresentadas no Congresso Brasileiro de Cardiologia, no Rio de Janeiro.


O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, ex-presidente da SBC, vai participar da solenidade de abertura, quando ser� oficialmente apresentado o posicionamento ao ministro.

 

 


A expectativa � que com esse novo documento sejam definidas diretrizes para preven��o e tratamento de doen�as card�acas nas mulheres nas redes p�blica e privada de sa�de no pa�s.

 

As doen�as cardiovasculares s�o a principal causa de morte em homens e mulheres por enfermidade no Brasil, segundo dados do DataSUS. No caso das mulheres, as doen�as card�acas possuem maior mortalidade do que todos os tipos de c�ncer.


Entre os principais tipos de doen�as cardiovasculares nas mulheres est�o a doen�a isqu�mica do cora��o (infarto) e o acidente vascular cerebral (AVC), cuja mortalidade � maior em mulheres do que em homens.


Apesar de a preval�ncia de doen�as card�acas ter aumentado nos �ltimos anos tanto em homens quanto mulheres, at� 2011 ela era maior nas mulheres do que nos homens. Por�m, nos �ltimos anos, aumentou o n�mero de infartos em mulheres jovens, de 35 a 54 anos, com crescimento de fatores de risco tamb�m nessa popula��o, como obesidade, hipertens�o e diabetes.


Ainda de acordo com a SBC, h� fatores espec�ficos do sexo feminino, como a menopausa e as doen�as relacionadas � gesta��o, especialmente da gravidez na adolesc�ncia, com aumento dos riscos de complica��es maternas e do beb�.


Segundo Celi Santos Marques, uma das organizadoras do texto e membro do Departamento de Cardiologia da Mulher da sociedade, os riscos de morte nas mulheres s�o mais elevados do que nos homens quando apresentam doen�a cardiovascular.


"A mulher n�o deve adoecer. Se ela adoece, a literatura cient�fica nos diz que ela vai ter uma doen�a com maior risco de morbimortalidade [agravamento das condi��es com risco � morte], por isso � preciso tratar e prevenir os fatores de risco", diz.


Al�m disso, um fator adicional que foi inclu�do nesta edi��o do guia diz respeito � s�ndrome do burnout (esgotamento), que teve maior incid�ncia nas mulheres durante a pandemia do que nos homens.


De acordo com a nota, as mulheres se sentem mais sobrecarregadas com a jornada dupla de trabalho, o que contribui para as altas taxas de burnout nesta popula��o. Uma das medidas para preven��o seria melhorar a assist�ncia � sa�de mental das mulheres, com a identifica��o dos sintomas de ansiedade e depress�o, que podem melhorar a qualidade de vida e diminuir os riscos de doen�as cardiovasculares.


Fatores hormonais, como a maior presen�a nas mulheres da chamada s�ndrome de Takotsubo, causada pela defici�ncia de estrog�nio e que pode levar a infartos p�s-menopausa, tamb�m geram uma maior preocupa��o de doen�as card�acas nesta faixa et�ria, embora n�o haja evid�ncias que a reposi��o hormonal tenha impacto na redu��o desse risco.


O diabetes gestacional, pr�-ecl�mpsia, o excesso de sobrepeso e a maior taxa de hipertens�o nas mulheres, especialmente nas mulheres negras e mais vulner�veis socialmente, mostra ainda a desigualdade social da doen�a card�aca no Brasil.


No novo documento apresentado pela SBC, os especialistas recomendam como principal forma de preven��o melhorar a aten��o prim�ria � sa�de, com orienta��o para os agentes comunit�rios de sa�de para abordar os aspectos da sa�de da mulher que podem levar ao risco elevado de doen�a cardiovascular, como pr�-natal, controle de colesterol, obesidade e diabetes e hipertens�o.


Regina Coeli Marques de Carvalho, cardiologista membro, a sa�de da mulher deve ser entendida na singularidade do sexo feminino. "� preciso levar em considera��o os fatores que s�o de qualidade de vida, sobrecarga e de psicologia da mulher para diminuir o risco de doen�a cardiovascular", disse.


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